No Rio, herdeiros entram em cena de olho em 2014

RJ24Horas - A medida que os partidos vão definindo seus quadros para a disputa das eleições de 2014, o cenário político vai ganhando contornos que prometem esquentar ainda mais o pleito. A confirmação de que Wladimir Matheus, filho do deputado federal Anthony Garotinho e da prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, vai disputar uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio, desenha uma "competição" paralela entre herdeiros políticos. Além de Wladimir, Clarissa Garotinho será outra representante da família no pleito. Já a família Cabral deve apostar fichas em Marco Antônio, filho do governador Sergio Cabral Filho.

Durante o anúncio da pré-candidatura de Wladimir, na última segunda-feira, em Campos, no Norte Fluminense, o filho dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho disse que pensou muito antes de tomar a decisão de concorrer a deputado estadual. Para ele, porém, a unidade do PR continua sendo a prioridade.

"Confesso que pensei muito antes de decidir sobre essa posição, porque algumas pessoas diziam até que eu poderia atropelar o processo político em nosso grupo. Ora, eu não quero atropelar nada. Quero apenas é buscar uma oportunidade. Meu pai (o deputado federal Anthony Garotinho) sempre me disse: 'ou você se casa com a oportunidade ou com o arrependimento'. O fato é que não tem nada ainda decidido, como é também fato que conquistei o meu espaço até aqui com trabalho e sinto-me preparado para desafios maiores. As pessoas que convivem comigo sabem disso", declarou o jovem.

Com a decisão de Wladimir, para evitar uma concorrência doméstica, é possível que a deputada estadual Clarissa Garotinho troque a Alerj pela Câmara dos Deputados, em Brasília. Eleita deputada estadual com 118.863 votos, Clarissa é vista no PR como "herdeira natural" dos quase 700 mil votos que o ex-governador Anthony Garotinho obteve para deputado federal em 2010.

Já Marco Antônio Cabral, filho do governador Sergio Cabral Filho, se quiser mesmo se candidatar terá que negociar com o pai. Segundo a Legislação Eleitoral, para que Marco Antônio dispute uma vaga na Alerj, ou na Câmara dos Deputados, é preciso que Cabral se desincompatibilize do cargo até abril. Porém, a decisão de deixar ou não o Governo do Estado influi diretamente na candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão.

Por outro lado, especula-se que caso deixe o Palácio Guanabara em abril, Sergio Cabral Filho poderia disputar uma vaga no Senado, fazendo dobradinha com o filho Marco Antônio. Porém, existe também a preocupação de que a alta rejeição do governador possa acabar atrapalhando o desempenho de Marco Antônio.