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Sudeste

Obras do metrô da Linha 4 subiram de R$ 880 mi para R$ 9,6 bi, diz juiz

Na decisão que determinou a prisão do ex-subsecretário de Transportes do Rio e atual subsecretário de Turismo, Luiz Carlos Velloso, e do diretor de engenharia da estatal Riotrilhos, Heitor Lopes de Sousa Júnior, o juiz Marcelo Bretas destacou o aumento exorbitante do custo das obras do Metrô da Linha 4 do Rio; reajuste "por, si só, dá conta do enorme volume de dinheiro público que, em tese, teria sido desviado pelos agentes públicos investigados a partir da referida obra"; magistrado determinou bloqueio de R$ 220 milhões de sete pessoas e três empresas envolvidas

Na decisão que determinou a prisão do ex-subsecretário de Transportes do Rio e atual subsecretário de Turismo, Luiz Carlos Velloso, e do diretor de engenharia da estatal Riotrilhos, Heitor Lopes de Sousa Júnior, o juiz Marcelo Bretas destacou o aumento exorbitante do custo das obras do Metrô da Linha 4 do Rio; reajuste "por, si só, dá conta do enorme volume de dinheiro público que, em tese, teria sido desviado pelos agentes públicos investigados a partir da referida obra"; magistrado determinou bloqueio de R$ 220 milhões de sete pessoas e três empresas envolvidas (Foto: Aquiles Lins)
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Do Jornal do Brasil - Em sua decisão que determinou a prisão, nesta terça-feira (14), do ex-subsecretário de Transportes do Rio e atual subsecretário de Turismo, Luiz Carlos Velloso, e do diretor de engenharia da estatal Riotrilhos, Heitor Lopes de Sousa Júnior, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, destacou que as obras do Metrô da Linha 4 do Rio, orçadas em R$ 880, 079 milhões, foram reajustadas para R$ 9,643 bilhões.

Segundo Bretas, o reajuste "por, si só, dá conta do enorme volume de dinheiro público que, em tese, teria sido desviado pelos agentes públicos investigados a partir da referida obra".

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A operação realizada nesta manhã, batizada de Tolypeutes, é um desdobramento da Lava Jato no Rio, e investiga suposta corrupção e pagamento de propina em contratos da linha 4 do Metrô.

Executivos da Carioca Engenharia relataram, em acordo de leniência, que o esquema na Secretaria de Transporte seria semelhante ao da Secretaria Estadual de Obras do Rio, com a cobrança de propina das empreiteiras contratadas para obras. Relatos dão conta de que Heitor Lopes recebia a propina no canteiro de obras e em dinheiro vivo. A combinação de pagamento de propina à Riotrilhos era baseada no percentual dos recebimentos da Carioca, e seria de 0,25% ou 0,125%.

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Heitor Lopes era sócio de duas empresas que prestavam serviço para a construção da Linha 4 do Metrô. O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal, determinou ainda o bloqueio de R$ 220 milhões de sete pessoas e três empresas.

Sete mandados de condução coercitiva são cumpridos. Um desses foi contra a companheira de Luiz Carlos Velloso, Renata Loureiro Borges Monteiro. Promotores apontam ainda que a prisão preventiva do diretor da Rio Trilhos foi pedida para evitar uma possível fuga, já que Heitor e a mulher estavam dando entrada em um pedido de cidadania portuguesa. Os procuradores também estão pedindo o bloqueio de bens de R$ 36 milhões de Heitor e de R$ 12 milhões de Velloso.

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A investigação aponta que, de 2010 a 2013, Heitor recebeu propina no valor de R$ 5,4 milhões de duas empresas. Ao todo, foram 31 transferências de recursos. Uma das empresas que pagou foi a MClink Engenharia, que atuou no trecho oeste da linha 4 do Metrô.

A operação foi batizada como Tolypeutes (nome científico do tatu), uma referência ao "Tatuzão", equipamento utilizado nas escavações das obras do metrô.

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Mandados de condução coercitiva são contra Luciana Cavalcante Gonçalves Maia (companheira de Heitor e socia da empresa Arquimetro Arquitetura e Consultoria); Jean Louis de Billy (sócio da Arqline Arquitetura e consultoria e da Arqmetro arquitetura e consultoria), Manoel José Salino Cortes (sócio-administrador da MC Link Engenharia Ltda.), Patrícia Gomes Cavalcante (gerente do banco Santander), Renata Loureiro Borges Monteiro (companheira de Luiz Carlos Velloso, sócia da Zillion assessoria e consultoria empresarial), Juscelino Gil Velloso (irmão de Luiz Carlos Velloso), Patricia Franco de Moraes Rego (ex-mulher de Luiz Carlos Velloso)

Mandados de busca e apreensão nas empresas MC Link Engenharia Ltda, Arqline Arquitetura e Consultoria, Arqmetro Arquitetura e Consultoria, Zillion Assessoria e Consultoria Empresarial Ltda.

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Interceptação

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), uma a interceptação telefônica com a autorização da Justiça revelou uma tentativa do diretor da Rio Trilhos de esconder dinheiro obtido através de pagamentos de propina. Segundo o MPF, parte da propina era repassada de uma empresa ligada à Odebrecht a CBPO, que era da mulher de Heitor, Luciana Maia. Por sua vez, ela transferia o dinheiro para o marido.

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A quebra do sigilo bancário fez com que investigadores identificassem a transferência de R$ 10 milhões de Luciana para Heitor. Uma ligação telefônica entre Heitor Lopes e a gerente de um banco, Patrícia Cavalcante, foi interceptada com o seguinte diálogo:

Patrícia: Porque o meu receio é exatamente, por exemplo, o meu receio é quando na hora, já que eles tão focalizando muito na conta de vocês, diretor, eles olharem que você mudou pra conta da Luciana R$ 1 milhão depois achar né... que tipo assim... você está querendo esconder alguma coisa. Porque no Imposto de Renda aparece a renda de R$ 21 mil, só que sua renda não é só essa. Sua renda é muito maior né?

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