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Sudeste

Paes diz que Chacina do Jacarezinho não é normal, mas critica limites impostos por STF

Segundo o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), a decisão do STF que proíbe operações policiais em favelas durante a pandemia é ‘absolutamente radical’, assim como achar que “dar um tiro na cabecinha é algo absolutamente normal”

(Foto: Reprodução)
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247 - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), criticou nesta sexta-feira, 7, a chacina promovida pela Polícia Civil na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, que deixou 27 mortos, mas também criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impôs limites para a realização de operações policiais em favelas do estado.

“De um lado a população elege um sujeito que diz que dar um tiro na cabecinha é algo absolutamente normal”, afirmou Paes sobre o governador afastado Wilson Witzel. “De outro lado há decisões da corte mais alta do país que proíbe o estado de exercer o monopólio da força em determinadas áreas da cidade. São duas visões absolutamente radicais”, completou.

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Segundo Paes, o resultado da chacina “é fruto de políticas de segurança pública inexistentes e equivocadas que colocam os policiais permanente em risco e permitem que setores marginais tomem conta de uma parte da cidade”.

“Se a reação à operação de ontem for tão radical quanto à operação de ontem, nós vamos viver esse pêndulo terrível que vitimam essas pessoas que moram nas comunidades. Um dia o estado entra de maneira violenta, e em outra os criminosos dominam aquele território de maneira muito violenta também”, afirmou.

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“Faço política nessa cidade há 30 anos. Nunca vi nada parecido, sob ponto de vista de domínio territorial do poder paralelo, o que eu vi na campanha eleitoral em 2020 e agora como prefeito”, afirmou.

O prefeito aproveitou a chacina para fazer sua defesa da volta às aulas presenciais. “Por que a escola tem que abrir? Porque as crianças do Jacarezinho estão há um ano e meio sem ter aulas. Tem presença mais importante do estado do que dar aula? Do que alimentar numa escola municipal? Não tem. Quando a gente força a mão, estica a corda para voltar às aulas, é por isso”, disse.

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Chacina do Jacarezinho

Nesta sexta-feira, moradores do Jacarezinho realizaram protestos contra o massacre em frente à Cidade da Polícia, no Rio. Durante a operação na quinta-feira, 6, a polícia realizou execuções sumárias

A Polícia Civil desrespeitou ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) e realizou operação na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro.

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O governo do Rio de Janeiro descumpriu a liminar deferida pelo ministro Edson Fachin e referendada pelo plenário da corte que proibiu operações policiais nas comunidades durante a pandemia da Covid-19, a partir da ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) nº 635, conhecida como “ADPF das Favelas”.

A Chacina do Jacarezinho é a maior da história da cidade do Rio de Janeiro e a segunda maior da história do estado. Mas as entidades de direitos humanos dizem que o número de mortos pode subir ainda mais.

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