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Sudeste

Petroleiros saem em defesa da imagem da estatal

Federação Única dos Petroleiros faz nesta manhã protesto em frente à sede da Petrobras, no Rio, para tentar impedir instalação de CPI que investigue a empresa; "Isso pode prejudicar a Petrobras e o Brasil, porque paralisar a Petrobras não vai ser bom para o País. Somos a favor da investigação, mas já há órgãos apropriados para isso", avalia o coordenador-geral da FUP, João Antônio de Moraes; ex-presidente da ANP, Haroldo Lima avalia que "desmoralizar a Petrobras é jogar contra o Brasil, independente do pretexto"

Federação Única dos Petroleiros faz nesta manhã protesto em frente à sede da Petrobras, no Rio, para tentar impedir instalação de CPI que investigue a empresa; "Isso pode prejudicar a Petrobras e o Brasil, porque paralisar a Petrobras não vai ser bom para o País. Somos a favor da investigação, mas já há órgãos apropriados para isso", avalia o coordenador-geral da FUP, João Antônio de Moraes; ex-presidente da ANP, Haroldo Lima avalia que "desmoralizar a Petrobras é jogar contra o Brasil, independente do pretexto" (Foto: Gisele Federicce)
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247, com Agência Brasil

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) faz na manhã desta segunda-feira 14 um protesto em frente à sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro. Segundo o coordenador-geral da FUP, João Antônio de Moraes, um dos objetivos da manifestação é impedir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional, para investigar casos de corrupção na empresa.

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"Somos a favor da investigação, mas já há órgãos apropriados para isso, como a Procuradoria-Geral da República, a Polícia Federal e o Tribunal de Contas da União (TCU) que, inclusive, é um órgão do Legislativo. A CPI tende a virar um palco da disputa política presidencial. A disputa eleitoral é legítima, mas não deve envolver o principal agente da economia brasileira [a Petrobras]", disse Moraes.

Segundo ele, a ideia do protesto é mostrar à população e aos trabalhadores da estatal que a CPI pode ser nociva à imagem da empresa. "Isso pode prejudicar a Petrobras e o Brasil, porque paralisar a Petrobras não vai ser bom para o Brasil. A Petrobras é responsável hoje por 11% do PIB [Produto Interno Bruto, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país]", afirmou o sindicalista.

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A entidade esclarece, em texto publicado no site, que "a FUP e seus sindicatos não compactuam de forma alguma com desvios na gestão da Petrobrás, seja na atual administração ou em períodos passados. Os petroleiros exigem uma investigação rigorosa de todas as denúncias contra a empresa e se forem comprovados erros e irregularidades, que os culpados sejam devidamente punidos. Mas a nossa categoria não pode permitir que disputas eleitoreiras joguem no lixo as lutas e conquistas do povo brasileiro para fazer da Petrobrás essa empresa estratégica que tem sido a principal alavanca do desenvolvimento do país".

Nota publicada pela Federação no dia 25 de março foi na mesma linha ao afirmar que os petroleiros não deixariam "sangrar a Petrobras no ringue das disputas eleitorais". Leia abaixo os dois textos e aqui artigo do ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, que avalia que "desmoralizar a Petrobras é jogar contra o Brasil, independente do pretexto":

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FUP e movimentos sociais realizam manifestação em defesa da Petrobrás e da soberania, nesta segunda

Nesta segunda-feira, 14, a FUP e seus sindicatos convocam os trabalhadores para o ato público em defesa da soberania e por uma Petrobrás pública e estatal, comprometida com os interesses nacionais. A manifestação é uma resposta aos ataques dos setores conservadores, que tentam desmoralizar a gestão estatal da empresa, com fins eleitoreiros e privatistas.

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A concentração para o ato está prevista para as 11 horas, em frente ao edifício sede da Petrobrás (Edise), no Rio de Janeiro, com participação de outras categorias, da CUT, da CTB e dos movimentos sociais. Além das disputas eleitorais que movem a oposição, sabemos que o arsenal de ataques contra a Petrobrás tem por trás interesses muito maiores: acabar com o regime de partilha que fez da estatal a operadora única do maior campo de petróleo da atualidade.

A FUP e seus sindicatos não compactuam de forma alguma com desvios na gestão da Petrobrás, seja na atual administração ou em períodos passados. Os petroleiros exigem uma investigação rigorosa de todas as denúncias contra a empresa e se forem comprovados erros e irregularidades, que os culpados sejam devidamente punidos. Mas a nossa categoria não pode permitir que disputas eleitoreiras joguem no lixo as lutas e conquistas do povo brasileiro para fazer da Petrobrás essa empresa estratégica que tem sido a principal alavanca do desenvolvimento do país.

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No próximo dia 23, a FUP e seus sindicatos reúnem-se em Brasília para discutir no Conselho Deliberativo questões que estão na ordem dos petroleiros, inclusive a crise política que atinge a Petrobrás e suas consequências para o país. Junto com os movimentos sociais organizados, a FUP realizará nesse mesmo dia um novo ato público na capital federal, em defesa da soberania e contra a agenda privatista da direita.

A manifestação desta segunda-feira, 14, é para alertar a sociedade e o povo brasileiro sobre as reais intenções dos que atacam a maior estatal da América Latina. A Petrobrás é e continuará sendo estratégica para o desenvolvimento do país. Não podemos permitir que sangrem um dos maiores patrimônios do povo brasileiro. Defender a Petrobrás é defender o Brasil! Todos ao ato desta segunda,14, às 11 horas, em frente ao Edise.

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É o pré-sal, estúpido!

A cerrada campanha com que a mídia partidarizada vem sangrando a Petrobrás nas últimas semanas segue incólume, sem as devidas reações por parte dos gestores da empresa. Além das disputas eleitorais que movem a oposição, sabemos que o arsenal de ataques contra a Petrobrás tem por trás interesses muito maiores: acabar com o regime de partilha que fez da estatal a operadora única do maior campo de petróleo da atualidade. "É o pré-sal, estúpido!", como diria o marqueteiro de Bill Clinton, que nas eleições norte-americanas de 1992, resumiu a vitória dos democratas com uma frase ácida que tornou-se célebre em todo o mundo: "É a economia, estúpido!".

A última edição da revista Veja não deixa dúvidas sobre as reais intenções da campanha que tenta desmoralizar a gestão estatal da Petrobrás, visando sua privatização. "Como o PT está afundando a Petrobras" é a matéria de capa da revista, cuja linha editorial é claramente tucana. Detalhe: o presidente da editora Abril, Fábio Barbosa, foi conselheiro da Petrobrás entre 2003 e 2011 e um dos que mais defendeu na época a compra da refinaria de Pasadena.

O senador Aécio Neves (PSDB/MG), o principal articulador da campanha contra a Petrobrás, também reafirmou aos empresários paulistanos suas intenções em relação à empresa: "Acredito que as concessões são a melhor forma de atrair investimentos", declarou no dia 31 de março durante um almoço no Grupo de Líderes Empresariais. Provável candidato tucano à Presidência da República, Aécio já havia defendido o regime de concessão para o pré-sal em outubro do ano passado, após o leilão de Libra. "A Petrobras não terá condições, sei lá, sequer de participar com os 40% devidos desse leilão de agora, como poderá pensar em participar daqui a dois anos, se fosse necessário, estratégico para o Brasil fazer outros leilões?", discursou na época no Plenário do Senado.

FHC é outro tucano que voltou a defender publicamente as privatizações do seu governo. Em artigo recente, ele conclama a oposição a "tomar à unha o pião dos escândalos da Petrobras", "reafirmando a urgência de mudar os critérios de governança das estatais".

É por essas e outras que precisamos alertar a sociedade e o povo brasileiro para as reais intenções dos setores conservadores que atacam a Petrobrás, inclusive por dentro da empresa, tentando retomar a agenda neoliberal que nos anos 90 sucateou e privatizou parte considerável da estatal. A Petrobrás é e continuará sendo estratégica para o desenvolvimento do país. Não podemos permitir que sangrem um dos maiores patrimônios do povo brasileiro. Defender a Petrobrás é defender o Brasil!

NOTA DA FUP: Não deixaremos sangrar a Petrobrás no ringue das disputas eleitorais

TER, 25 DE MARÇO DE 2014

Posicionamento da Direção Colegiada da FUP sobre tentativa da oposição de instalar uma CPI para fazer disputa eleitoral através da Petrobrás:

Mais uma vez, a Petrobrás volta a ser palanque de disputas políticas em ano eleitoral. Foi assim no governo Lula, foi assim em 2010 e não seria diferente esse ano, quando as pesquisas eleitorais refletem o apoio popular ao governo Dilma. Tensionada, a oposição, em conluio com a velha mídia, mira na Petrobrás para tentar desmoralizar a gestão pública da maior empresa brasileira.

Os mesmos PSDB e DEM, que quando governaram o país fizeram de tudo para privatizar a Petrobrás, trazem de volta à cena política antigas denúncias sobre refinarias adquiridas pela empresa no exterior e tornam a atacar as que estão em fase final de construção no Brasil. Quem acompanha a nossa indústria de petróleo sabe da urgência de reestruturação do parque de refino da Petrobrás, que, durante o governo do PSDB/DEM, foi sucateado e estagnado, assim como os demais setores da empresa.

Quando exercia o papel de governista (dos anos 90 até 2002), a oposição demo-tucana quebrou o monopólio estatal da Petrobrás, escancarou a terceirização, privatizou alguns setores e unidades da empresa, reduziu drasticamente os efetivos próprios, estagnou investimentos em exploração, produção e refino e ainda tentou mudar o nome da Petrobrás para Petrobrax. Foi nessa época que a empresa protagonizou alguns dos maiores acidentes ambientais do país e o afundamento da P-36.

São os mesmos neoliberais que insistem em atacar a gestão estatal que desde 2003 iniciou o processo que fará da Petrobrás uma empresa verdadeiramente pública e voltada para os interesses nacionais.

Vamos aos fatos: em 2002, a Petrobrás valia R$ 30 bilhões, sua receita era de R$ 69,2 bilhões, o lucro líquido de R$ 8,1 bilhões e os investimentos não passavam de R$ 18,9 bilhões. Uma década depois, em 2012, o valor de mercado da Petrobrás passou a ser de R$ 260 bilhões, a receita subiu para R$ 281,3 bilhões, o lucro líquido para R$ 21,1 bilhão e os investimentos foram multiplicados para R$ 84,1 bilhão.

Antes do governo Lula, a Petrobrás contava em 2002 com um efetivo de 36 mil trabalhadores próprios, produzia 1 milhão e 500 mil barris de petróleo por dia e tinha uma reserva provada de 11 milhões de barris de óleo. Após o governo Lula, em 2012, a Petrobrás quase que dobrou o seu efetivo para 85 mil trabalhadores, passou a produzir 2 milhões de barris de óleo por dia e aumentou a reserva provada para 15,7 bilhões de barris de petróleo.

Apesar da crise econômica internacional e da metralhadora giratória da mídia partidária da oposição, a Petrobrás descobriu uma nova fronteira petrolífera, passou a produzir no pré-sal e caminha a passos largos para se tornar uma das maiores gigantes de energia do planeta. Não aceitamos, portanto, que esse processo seja estancado por grupos políticos que no passado tentaram privatizar a empresa e hoje, fortalecidos por novos aliados, continuam com o mesmo propósito.

Se confirmados erros e irregularidades na gestão da Petrobrás, exigiremos que sejam devidamente apurados pelos órgãos de controle do Estado e pela Justiça. A FUP e seus sindicatos acompanharão de perto esse processo, cobrando transparência na investigação e responsabilização de qualquer desvio que possa ter ocorrido. No entanto, não permitiremos que sangrem a Petrobrás em um ringue de disputas políticas partidárias eleitorais, como querem os defensores da CPI. Reagiremos à altura contra qualquer retrocesso que possa ser imposto à maior empresa brasileira, alavanca do desenvolvimento do país.

Rio de Janeiro, 25 de março de 2014

DIREÇÃO COLEGIADA DA FUP

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