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Sudeste

Pezão afirma que vai cortar R$ 1,5 bi este ano

Governador do Rio, Luiz Fernando Pezão cortou R$ 1,6 bilhão em gastos, mas para fechar o caixa de 2015, precisa cortar R$ 2,8 bilhões; ele já decidiu aumentar o ICMS, e, pretende cortar mais R$ 1,5 bilhão entre custeio e pessoal terceirizado, fatia maior do que o orçamento da Polícia Civil em 2015 (R$ 1,4 bilhão); nos próximos dias, o governo deve anunciar medidas para conter mais despesas, como a extinção de 20 empresas e autarquias, corte de carros e celulares de seus secretários e assessores, e a redução de contratos com Organizações Sociais (OS); "O estado tem de caber dentro de sua arrecadação"

O governador do estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão participa do 25º Encontro Nacional de Comércio Exterior - ENAEX, no Rio de Janeiro (Tomaz Silva/Agência Brasil) (Foto: Leonardo Lucena)
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Rio 247 - O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, cortou R$ 1,6 bilhão em gastos, e, para fechar o caixa de 2015, precisa cortar mais R$ 2,8 bilhões. O chefe do executivo fluminense já decidiu aumentar o ICMS, e pretende cortar mais R$ 1,5 bilhão entre custeio e pessoal terceirizado, fatia maior do que o orçamento da Polícia Civil em 2015), que foi R$ 1,4 bilhão.

Nos próximos dias, o governo deve anunciar medidas para apertar conter mais despesas, como a extinção de 20 empresas e autarquias, a redução de contratos com Organizações Sociais (OS) e o corte de carros e celulares de seus secretários e assessores. Ao Globo, no Palácio Guanabara, Pezão falou sobre suas estratégias para enfrentar a crise econômica, que chegou a paralisar o funcionamento de hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no Rio.

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Questionado se o corte de gastos prevê a extinção de secretarias, Pezão afirma que algumas serão extintas já neste mês. "Vamos começar pelos terceirizados, contratos de serviços, gratificações especiais. Vou mexer nas terceirizadas, nas OS, diminuir bem o corpo de serviços. Tem que cortar, não tem jeito. O estado tem de caber dentro de sua arrecadação".

"A gente gasta hoje cerca de R$ 70 milhões por ano de aluguel. Eu quero ver se centralizo isso tudo e racionalizo. Estou vendo um grande prédio, um centro administrativo do estado, com todas as secretarias, racionalizando assim os serviços de segurança e limpeza. Também estou cortando os carros dos secretários, celulares, serviços de telefonia. Estamos vendendo aquele antigo helicóptero do Brizola, e passamos alguns (helicópteros) para as polícias Civil e Militar", observou.

Segundo ele, ficarão três helicópteros "à disposição do governo do estado". "Vou ver se vou vender dois ou três. Tem um banco de imóveis no Rio Previdência e tem mais os (imóveis) do metrô que a gente está vendo como liberar, porque eles estão garantindo hoje passivos ainda da época da privatização. Mas há cerca de 300 terrenos que eu quero vender, ou usá-los como garantia para fazer a Linha 2 (Estácio-Carioca-Praça Quinze) ou como forma para reforçar o caixa" acrescentou.

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Razões da crise

Questionado sobre os motivos da crise econômica no Rio, Pezão falou sobre o preço do petróleo. "Nós mandamos o orçamento com o barril (de petróleo) a US$ 115 e estamos recebendo repasses com o barril a US$ 36. As pessoas falam que o Rio tem que tirar essa dependência do petróleo, fazer biomassa. E como é que se tira? Não é num estalar de dedos. A gente fez o dever de casa. A gente atraiu a indústria siderúrgica, a Votorantim, a CSA. A automobilística, com a Nissan, a Volvo, a Land Rover, a Jaguar, a Peugeot-Citröen. E ainda teve vinte e poucas empresas que se instalaram ao longo do Arco Metropolitano", disse.

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"Não estou jogando a culpa só no petróleo. Esta é uma das causas. A outra é a Petrobras. Porque se ela puxa o Brasil para baixo, imagina o Rio. Os royalties representam R$ 2 bi, mas a atividade petróleo, esta representa uns R$ 6,5 bi. Nós somos muito dependentes do petróleo, e tirar essa dependência não é fácil. O setor responde por 33% do PIB do estado. Isso é mortal para o Rio e é mortal para o País", complementou.

Dando continuidade aos seus argumentos sobre a necessidade de racionalizar gastos, o chefe do executivo afirmou que "Rio Grande do Sul, com diversos problemas, tem um nível de inadimplência de 4% a 5%". "Eu tenho mais de 25%. Então, eu tenho um dever de casa a fazer. Vou vender a dívida ativa nos primeiros 60 dias, vou fazer uma licitação de ônibus intermunicipais que não é feita há anos, vou correr atrás de receita e fazer o dever de casa na gestão, cobrar melhor na saúde, ver essa conta como fecha", explicou.

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"E também quero discutir os repasses da saúde. Não dá para o estado receber só R$ 45 milhões e a cidade do Rio, R$ 190 milhões. Não tenho nada contra o Eduardo (Paes) receber isso, mas eu quero ter pelo menos os mesmos R$ 190 milhões. Eu quero uma saúde extraordinária aqui complementou.

Questionado sobre o que planeja mudar na Saúde, Pezão foi taxativo. "Vou discutir com o Ministério da Saúde e o prefeito. Eu tenho que discutir com eles o Samu. O Rio de Janeiro é o único estado que faz Samu. No restante do País, isso é atribuição das prefeituras. O que for do estado eu vou fazer, e quero saber o tamanho que eu posso ter. E o que for serviço da prefeitura, que ela assuma".

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