Presidente do tribunal de contas do Rio também está na lista das mesadas
Delações de executivos da Andrade Gutierrez indicam o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Jonas Lopes de Carvalho, como um dos favorecidos pelo esquema de pagamentos paralelos nas grandes obras do governo fluminense; para não serem incomodadas pelo TCE, órgão encarregado da fiscalizar os gastos do governo fluminense, as empreiteiras pagavam uma caixinha de 1% do valor dos contratos, supostamente repartida entre conselheiros
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Rio 247 - Delações de executivos da Andrade Gutierrez indicam o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Jonas Lopes de Carvalho, como um dos favorecidos pelo esquema de pagamentos paralelos nas grandes obras do governo fluminense. Um dos operadores investigados seria Jorge Luiz Mendes Pereira da Silva, o Doda, que teria a função de fazer a ligação do órgão com as empreiteiras. As informações são de O Globo.
"Para não serem incomodadas pelo TCE, órgão encarregado da fiscalizar os gastos do governo fluminense, as empreiteiras pagavam uma caixinha de 1% do valor dos contratos, supostamente repartida entre conselheiros, afirmam os delatores da investigação. Um dos delatores, Ricardo Pernambuco Júnior, acionista da Carioca Engenharia, cujo conteúdo ainda não foi compartilhado com a força-tarefa da Lava-Jato no Rio, citou nominalmente o presidente do TCE como negociador direto do pagamento da propina. Jonas Lopes Carvalho teria cobrado cinco parcelas de R$ 200 mil da empreiteira.
Em nota, o TCE afirmou repudiar “as calúnias relativas à sua atuação, feitas por executivos em delações premiadas no âmbito da Operação Lava-Jato”. Segundo o tribunal, a Corte vem sendo alvo de “maldosas especulações, que foram repelidas administrativa e judicialmente”. E diz que “as empresas envolvidas na Operação Lava-Jato vêm sendo duramente incomodadas e penalizadas pelas decisões do plenário deste tribunal”.
As investigações sobre o envolvimento de conselheiros do TCE começaram após o executivo da Andrade Gutierrez Clóvis Renato Primo, em depoimento, revelar que houve um pedido de Wilson Carlos, então secretário de Governo da gestão Sérgio Cabral, para que a empreiteira pagasse, a título de propina, 1% do valor da obra de reforma do Complexo do Maracanã. Outros delatores confirmam essa informação.
O TCE mantinha parados no Gabinete da presidência, até a divulgação da delação, 22 dos 23 processos relativos à reforma do estádio, instaurados desde 2010. Após a divulgação feita pelo GLOBO, o tribunal decidiu dar andamento ao caso, unificando todos os processos e decidindo reter créditos de quase R$ 200 milhões que seriam repassados pelo governo para outras obras da Odebrecht e da Andrade Gutierrez."
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: