Rio vai desmontar três hospitais de campanha que nem abriram as portas na pandemia da Covid-19
As três unidades foram anunciadas como parte de uma promessa do governo fluminense de ampliar a oferta de leitos hospitalares durante a pandemia, mas não chegaram a entrar em operação em meio a atrasos e investigações sobre irregularidades
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RIO DE JANEIRO (Reuters) - Três hospitais de campanha voltados a tratar pacientes com Covid-19 no Rio de Janeiro que sequer foram efetivamente abertos ao público devem ser desmontados nos próximos dias, afirmou o secretário de Saúde do Estado, Alex Bousquet, nesta segunda-feira.
As três unidades foram anunciadas como parte de uma promessa do governo fluminense de ampliar a oferta de leitos hospitalares durante a pandemia, mas não chegaram a entrar em operação em meio a atrasos e investigações sobre irregularidades.
“Há uma forte tendência de, nos próximos dias, anunciarmos o fechamento dessas unidades. O planejamento já previa o início, meio e fim da necessidade dessas unidades de apoio”, afirmou o secretário estadual a jornalistas.
“Acompanhamos as curvas de controle diário e entendemos que a epidemia está estabilizada ou em queda. Caso haja uma segunda onda de contaminação, as redes municipais e estaduais estão preparadas. Também poderemos fazer convênios com a rede particular”, acrescentou.
O governo do Rio havia prometido erguer sete hospitais de campanha durante a pandemia, ao custo de 770 milhões de reais, mas apenas dois foram abertos ao público. Enquanto isso, o governador Wilson Witzel virou alvo de uma investigação sobre corrupção em contratos de saúde durante a pandemia e um ex-secretário de Saúde do Estado foi preso.
Witzel, que nega ter cometido irregularidades, também virou alvo de um processo de impeachment na Assembleia Legislativa do Estado.
O Rio de Janeiro é o terceiro Estado com maior número casos de Covid-19 no país, com mais de 156 mil infecções, e aparece em segundo no número de óbitos, com 12.835. São Paulo é Estado mais atingido pela Covid-19 no país.
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