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Sudeste

Tiroteio na Rocinha assusta moradores

Após os moradores da Rocinha terem vivido tenso, com um intenso tiroteio entre bandidos e policiais, a história se repetiu, mostrando que a comunidade está longe de ter encontrado a pacificação, apesar de ter uma UPP instalada desde 2012; o suspeito Josiel Rafael Silva Nascimento teria chegado morto à unidade médica, com um tiro nas costas; ele seria irmão do traficante Joca, que está preso; segundo informações, PMs faziam patrulhamento na comunidade quando se depararam com um grupo armado dando início a uma troca de tiros

SONY DSC (Foto: Leonardo Lucena)
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Jornal do Brasil - Após os moradores da Rocinha terem vivido um sábado tenso, com um intenso tiroteio entre bandidos e policiais, neste domingo (1) a história se repetiu, mostrando que a comunidade está longe de ter encontrado a pacificação, apesar de ter uma UPP instalada desde 2012.

Neste domingo, pelas redes sociais moradores da Rocinha relatavam ouvir barulho de tiros. Na tarde de sábado (31), um intenso tiroteio já havia assustado moradores da Rocinha, na Zona Sul do Rio. Segundo informações, policiais militares faziam patrulhamento na comunidade quando se depararam com um grupo armado, na localidade conhecida como Beco 99, dando início a uma troca de tiros.

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Um suspeito morreu e dois moradores ficaram feridos no confronto. Jeffersson de Oliveira, de 20 anos e Iolanda Soares Ferreira da Silva, de 42, foram atingidos e encaminhados para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, na Zona Sul. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, os feridos estão estáveis.

O suspeito Josiel Rafael Silva Nascimento, conhecido como Mica, de 43 anos, teria chegado morto à unidade médica, com um tiro nas costas. Ele seria irmão do traficante Joca, que está preso.

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A Coordenadoria de Polícia Pacificadora informou que uma submetralhadora calibre 9mm foi encontrada com o suspeito. Uma mulher foi detida ao tentar retirar a arma apreendida das mãos dos militares. O caso foi registrado na 14ª DP (Leblon).

A troca de tiros foi intensa, e seguida de disparos em outros pontos da comunidade. Estudantes da PUC, na Gávea, também relataram o tiroteio nas redes sociais.

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Rotina de tiroteios

A comunidade vem convivendo com frequentes tiroteios nos últimos meses. No dia 1º deste mês, uma pessoa morreu e outra ficou ferida gravemente. Em abril, um PM foi baleado na perna enquanto percorria a comunidade. Em março, um carro da PM foi atacado. Também no início do ano, um confronto entre policiais e traficantes deixou quatro policiais feridos, entre eles o comandante das UPPs, coronel Frederico Caldas, e a comandante da UPP da Rocinha, Major Priscilla Azevedo. Na ocasião, o tráfego no túnel Zuzu Angel chegou a ser fechado. Um suspeito morreu e outro ficou ferido.

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A Rocinha ganhou repercussão internacional com o caso Amarildo, um ajudante de pedreiro que desapareceu em julho de 2013 após ter sido abordado por policiais da UPP local. Após investigações, foram identificados quatro policiais militares que participaram de uma sessão de tortura a que Amarildo teria sido submetido ao lado do contêiner da UPP da Rocinha. Após seis meses de buscas pelo corpo do pedreiro, a Justiça decretou a morte presumida de Amarildo.

O colunista do Jornal do Brasil, Davison Coutinho, que mora na comunidade, relata o drama de quem convive com tiros e violência:

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Tiroteio intenso na Rocinha, #VaiTerCopaSim copa sim!

O mundo está focado no Brasil e na copa do mundo que irá receber milhares de turistas para farrear no nosso país. Enquanto isso, os moradores da Rocinha estão correndo para se proteger das rajadas de tiro na favela.

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Ao levar minha filha pra um passeio de sábado sou surpreendido com muito tiro nas ruas, e no desespero de pai, procuro um lugar para protegê-la. Em meio ao desespero vejo crianças, idosos e pais de famílias correndo com seus filhos.

Eis um país injusto e desigual. Onde se prepara tudo de bom e melhor para os turistas e para os mega eventos. E para nós, moradores de favela? Tiro, descaso e desrespeito.

Tá certo! #VaiTerCopaSim

Por Davison Coutinho

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