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Sudeste

Uneafro vai à Justiça contra Russomanno por fala considerada racista

Para o candidato Celso Russomanno, a representação é infundada e um factoide. Ele disse não ser racista, justificando que foi criado por uma “mãe de leite negra” e que tem “grandes amigos que são negros”

Celso Russomanno (Foto: Kelly Fuzaro/Band)
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247 - A Uneafro Brasil, entidade importante do movimento negro, entrou com uma representação criminal na Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público de São Paulo contra o candidato a prefeito de São Paulo Celso Russomanno (Republicanos) por racismo, nesta sexta-feira, 6.

O candidato havia chamado de “vandalismo” uma ação da prefeitura paulistana que, homenageando o Dia da Consciência Negra (20 de novembro), colocou em semáforos da capital paulista imagens de punhos cerrados - símbolo da luta do povo negro.

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Para Russomanno, a representação é infundada e um factoide. Ele disse em sabatina à Folha de S.Paulo que não havia entendido que era uma homenagem à Consciência Negra e negou ser racista. Ele justificou que foi criado por uma “mãe de leite negra” e que tem “grandes amigos que são negros”.

"Eu não vou polarizar essa questão. Eu fui criado por uma mãe de leite negra. Eu sou uma pessoa que não vejo diferença entre os negros e os brancos. Os meus melhores, tenho grandes amigos que são negros. E tive namorada, inclusive. Eu não tenho problema nenhum com isso. Agora, a prefeitura é que não pode fazer uma campanha e não dizer para população o que é que ela está fazendo e colocar o punho cerrado nos semáforos, o que contraria inclusive a legislação de trânsito, eles vão responder inclusive por crime de improbidade”, disse o candidato.

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A representação afirma que “na tentativa de se livrar na prática racista realizada, Russomano reafirma o seu racismo reforçando a estigma social do ‘lugar dos negros’ na sociedade brasileira, ou seja, como ‘mãe de leite’, serviçal. Externa, portanto, o racismo da sua conduta”.

“Em um país de grande desigualdade, fundada no racismo estrutural, não há como negar o racismo praticado por não haver diferenças entre negros e brancos. A diferença existe em especial quando se analisa os dados das desigualdades vigentes na sociedade brasileira. E o ato de negar o racismo na sociedade não reduz o racismo praticado por sua conduta individual”, continua.

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A peça diz que Russomanno incita a prática do racismo, “dada a influência do mesmo por ser figura pública com cerca de 143.000 mil seguidores apenas na rede social Twitter, por ter quadro televisivo e por ser deputado federal.”

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