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Sudeste

Violência entre estudantes no Rio preocupa Unicef

Dos 105 dias de aula no período letivo na cidade do Rio, apenas oito transcorreram normalmente em todas as escolas da cidade, sem ser interrompidos pela violência; em comunicado, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirma que “crescer em um ambiente com frequentes episódios de violência armada também pode fazer com que as crianças percebam a violência como o procedimento normal na resolução de conflitos”

Dos 105 dias de aula no período letivo na cidade do Rio, apenas oito transcorreram normalmente em todas as escolas da cidade, sem ser interrompidos pela violência; em comunicado, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirma que “crescer em um ambiente com frequentes episódios de violência armada também pode fazer com que as crianças percebam a violência como o procedimento normal na resolução de conflitos” (Foto: Leonardo Lucena)
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Flavia Villela - Repórter da Agência Brasil

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou, nesta semana, comunicado em que demonstra preocupação com o impacto da violência no desenvolvimento das crianças no Rio de Janeiro. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, somente neste ano, uma em cada quatro escolas teve que fechar durante determinados períodos ou foi forçada a interromper as aulas por causa dos tiroteios ou outros tipos de confrontos.

Dos 105 dias de aula no período letivo, apenas oito transcorreram normalmente em todas as escolas da cidade, sem ser interrompidos pela violência. A rede pública da capital fluminense tem 1.537 escolas da rede, onde estudam mais de 650 mil alunos.

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Em abril, a secretaria informou que cerca de 70 mil alunos tinham ficado sem aula pelo menos um dia desde o início do ano letivo de 2017, em 2 de fevereiro.

O Unicef citou estudos que mostram que interrupções repetidas em ambientes de violência afetam negativamente a habilidade das crianças de se concentrar e aprender sem medo. “Buscar abrigo e esconderijo e até testemunhar episódios de violência têm grande impacto psicossocial nas crianças, e várias relatam sofrer de síndromes de estresse, como pesadelos e crises de ansiedade”, diz o comunicado.

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“Crescer em um ambiente com frequentes episódios de violência armada também pode fazer com que as crianças percebam a violência como o procedimento normal na resolução de conflitos. Crianças do Rio de Janeiro estão sob grande risco de não poderem desenvolver seu total potencial”, acrescenta o documento.

O Unicef lamentou que o problema ocorra em outras regiões. “De acordo com uma pesquisa nacional sobre saúde na escola, quase 10% dos adolescentes das regiões Sudeste e Nordeste do país já passaram pela experiência de ter a escola fechada por causa da violência, enquanto, na Região Sul, apenas 2% viveram algo parecido.”

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A violência também tirou a vida de estudantes, inclusive dentro das escolas, como Maria Eduarda Alves Ferreira, de 13 anos, morta a tiros enquanto fazia educação física no pátio da Escola Municipal Jornalista Daniel Piza, em Acari, zona norte, em 30 de março.

O documento do Unicef ressalta também que o Brasil tem uma das maiores taxas de homicídio de adolescentes do mundo. Apenas em 2015, mais de 10 mil adolescentes entre 10 e 19 anos foram assassinados no país.

Por fim, o Unicef informou que está trabalhando com as autoridades das áreas de educação e segurança pública no Rio de Janeiro para buscar uma solução coordenada para a crise de violência em alguns bairros e reduzir o impacto negativo na vida das crianças.

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