“Vou ser um dos favelados que vai conquistar o mundo”, disse Dennys Guilherme, um dos assassinados em Paraisópolis
Uma das nove vítimas que morreram pisoteadas em um baile funk na favela de Paraisópolis (SP), o jovem Dennys Guilherme, de 16 anos, compartilhou nas redes sociais um de seus sonhos para o futuro: "vou ser um dos favelados que vai conquistar o mundo. Vou ser pra minha mãe o motivo de tanto orgulho"
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247 - Uma das nove vítimas que morreram pisoteadas em um baile funk na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, no último domingo (1), o jovem Dennys Guilherme, de 16 anos, compartilhou em abril nas redes sociais um de seus sonhos para o futuro: "vou ser um dos favelados que vai conquistar o mundo. Vou ser pra minha mãe o motivo de tanto orgulho". Ele foi alvo de uma "ação de controle de distúrbios civis", para dispersão do baile, feita pela Polícia Militar usando "munições químicas".
Nascido em Maracás, na Bahia, o adolescente se mudou para Carapicuíba, na Região Metropolitana de São Paulo, para tentar uma vida melhor. A mãe é cadeirante e tem histórico de infartos. Familiares comentam que Dennys reclamava da violência policial na dispersão dos bailes que frequentava.
"Não vai ficar impune, nem no esquecimento. Ele era trabalhador, morava sozinho, tinha sonhos, tinha planos. Tem que ter uma lógica, tem que ter uma explicação. E ninguém deu explicação", afirmou a cunhada do adolescente, em entrevista ao UOL. "Em Carapicuíba, a gente não tem nada. Minhas filhas gostam de ir no Tatuapé, eles gostam de ir na DZ7. Sei que faz barulho, os vizinhos reclamam, mas não dá o direito de fazer isso. É impunidade", complementou.
Deputados afirmaram que o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) tratará o caso Paraisópolis como homicídio (confira aqui).
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