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Sul

“As balas não irão nos calar”, diz coordenadora do acampamento pró-Lula

Edna Dantas, coordenadora do acampamento Marisa Letícia, alvo de tiros, disse criticou a omissão da segurança pública do Paraná; "A segurança pública está sendo omissa, ela está protegendo os nossos agressores", disse; "Estamos sendo perseguidos por defendermos uma ideia, porém as balas não irão nos calar"

Edna Dantas, coordenadora do acampamento Marisa Letícia, alvo de tiros, disse criticou a omissão da segurança pública do Paraná; "A segurança pública está sendo omissa, ela está protegendo os nossos agressores", disse; "Estamos sendo perseguidos por defendermos uma ideia, porém as balas não irão nos calar" (Foto: Leonardo Lucena)
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247 - Após o ataque ao acampamento Marisa Letícia, em Curitiba, que deixou duas pessoas feridas na madrugada deste sábado (28), os organizadores da vigília Lula Livre denunciaram a omissão dos órgãos de segurança pública do Estado e o descumprimento do acordo firmado junto às autoridades para o deslocamento do acampamento ao terreno que fica a cerca de 800 metros da sede da Polícia Federal.

Edna Dantas, coordenadora do acampamento Marisa Letícia, criticou a omissão da segurança pública do Paraná. “Sofremos ataques todos os dias no acampamento. Sejam eles verbas ou físicos. Atiram pedras, soltam rojões. E muitas vezes quando procuramos os policias eles fazem descaso da nossa militância que está pacificamente se manifestando. A segurança pública está sendo omissa, ela está protegendo os nossos agressores”, apontou.

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Emocionada, Edna afirmou que os militantes sofrem perseguição por defenderem a democracia. “Estamos sendo perseguidos por defendermos uma ideia, porém as balas não irão nos calar”, ressaltou.

O atentado aconteceu por volta das 4 horas quando a maioria das pessoas estavam dormindo. O local abriga cerca de 60 pessoas, entre elas idosos e idosas, crianças e gestantes. Segundo relato dos acampados, foram oito disparos feitos por homens em um carro. A Secretaria da Segurança Pública do Paraná, por sua vez, informou que os disparos partiram de um indivíduo a pé.

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Duas pessoas foram feridas. Uma mulher foi atingida de raspão no ombro e um jovem levou um tiro no pescoço. O rapaz está hospitalizado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), porém não corre risco de morte. Peritos da Polícia Cientifica do Paraná, policiais militares e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, estiveram no local. Foram recolhidas cápsulas de pistola 9 mm. Foi aberto um inquérito para apurar o caso.

Regina Cruz, coordenadora estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), cobrou o cumprimento do acordo firmado com os organizadores da vigília Lula Livre. “Desde que o acampamento mudou-se para o outro local, nunca tivemos segurança pública por lá. A segurança toda está sendo organizada pela própria militância”, relatou. A líder sindical afirmou que o ataque não irá desmobilizar os apoiadores do ex-presidente Lula. “Não sera um tiro que irá nos estremecer, continuaremos na luta”, disse Regina.

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O deputado federal Enio Verri (PT-PR) também esteve neste sábado acompanhando as diligências e a perícia no acampamento. Ele entrou em contato com contato com a comandante da Polícia Militar do Paraná, Audilene Rocha. “A comandante assumiu o compromisso de colocar mais policiamento no local. Tentei ligar para o secretário de Segurança [Julio Reis], porém ele estavam em reunião”, disse o parlamentar, que classificou o atentado como um “ataque fascista”.

Tragédia anunciada

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Por meio de nota divulgada na manhã deste sábado (28), as diversas organizações e movimentos sociais que integram a vigília Lula Livre repudiaram de forma veemente o ataque. “A sorte de não ter havido vítimas fatais não diminui o fato da tentativa de homicídio, motivada pelo ódio e provocação de quem não aceita que a vigília é pacífica, alcança três semanas e vai receber um Primeiro de Maio com presença massiva em Curitiba. Não nos intimidarão!”, diz trecho da nota.

Para os organizadores, o atentado foi uma crônica anunciada. “Nós desmanchamos o acampamento cumprindo ordem oficial. Fizemos a opção de ir para um terreno e seria garantida a segurança. Agora o que cobramos da Secretaria de Segurança Pública é investigação, que identifique o atirador”, enfatizou Dr. Rosinha, presidente do PT estadual e integrante da coordenação da vigília.

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Na noite do dia 17 de abril, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)  foram atacados em um trecho da Avenida Paraná, no caminho entre a unidade da Polícia Federal e o terreno onde estão montadas as barracas do acampamento. O ataque partiu de integrantes de uma torcida organizada do Coritiba.

*Com informações da CUT

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