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Bendine tentou aliviar Odebrecht no Jurídico da Petrobrás, aponta Lava Jato

O ex-presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, tentou proteger a Odebrecht junto ao Departamento Jurídico da Petrobrás, segundo denúncia da Procuradoria da República em ação contra Bendine e outros cinco investigados pela Operação Lava Jato; o executivo tentou que a empreiteira pudesse participar de licitações da estatal petrolífera como pagamento de vantagem indevida recebida da Odebrecht

O ex-presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, tentou proteger a Odebrecht junto ao Departamento Jurídico da Petrobrás, segundo denúncia da Procuradoria da República em ação contra Bendine e outros cinco investigados pela Operação Lava Jato; o executivo tentou que a empreiteira pudesse participar de licitações da estatal petrolífera como pagamento de vantagem indevida recebida da Odebrecht (Foto: Charles Nisz)
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Paraná 247 - O ex-presidente da Petrobrás Aldemir Bendine tentou interceder pela Odebrecht junto ao Departamento Jurídico da estatal petrolífera. O objetivo era desbloquear a empreiteira para novas contratações. Bendine, no entanto, foi alertado pelo setor sobre ‘os riscos’ do alívio à Odebrecht. A informação faz parte da denúncia da Procuradoria da República contra Bendine e outros cinco investigados na Operação Lava Jato por corrupção, lavagem de dinheiro, embaraço à investigação e organização criminosa. 

Preso em 27 de julho na Operação Cobra, 42.ª fase da Lava Jato, o executivo também presidiu o Banco do Brasil entre 17 de abril de 2009 e 6 de fevereiro de 2015. Esta é a primeira denúncia  da Lava Jato com base na delação da Odebrecht. Bendine se reuniu com o empresário Marcelo Odebrecht no dia 18 de maio de 2015.

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“O e-mail é de 21 de maio de 2015, poucos dias após reunião Bendine e Marcelo Odebrecht. O e-mail revela que Bendine, em razão de todo o ajuste, fez um movimento arriscado porque o Departamento Jurídico o alertou sobre a ação cautelar. Com o avanço da Lava Jato demonstrou-se muito arriscada essa atuação de Bendine, motivo pelo qual ele recuou nesses atos de ofício. O Jurídico o alertou dos riscos que a operação trazia”, disse Athayde.

Na denúncia, a Lava Jato afirma que o socorro à Odebrecht era ‘contrapartida’ às negociações e promessa de pagamento da vantagem indevida a Bendine. O ex-presidente da estatal, acusa a Procuradoria, ‘buscou junto ao departamento jurídico da Petrobrás informações específicas visando (1) ao desbloqueio da cautelar que impedia novas contratações da Odebrecht Óleo e Gás, e (2) a contratação direta do Estaleiro Paraguaçu ou a constituição de sociedade de propósito específico (SPE) para viabilizar o contrato e atender aos interesses de Marcelo Odebrecht’.

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“A Petrobrás contratar diretamente o Estaleiro Paraguaçú traz, além do risco de imagem, a possibilidade de questionamentos pelos Órgãos de Controle, especialmente SEC e DoJ, sobre a sua real situação de vítima da Companhia em relação aos fatos desvendados na Operação Lava Jato e sobre seu engajamento no combate à corrupção em linha com a legislação”, afirmava o Jurídico.

“Essa situação fica mais agravada se a contratação for desacompanhada dos procedimentos de compliance adequados (avaliação de riscos, auditoria contábil, emissão de declarações, análise dos programas da Contratada para combate à corrupção, etc.). Ainda que se constitua uma SPE nova, tal SPE também poderá ser responsabilizada por atos de corrupção se se utilizar de ativos do Estaleiro Paraguaçú (teoricamente beneficiados com o pagamento indevido).”

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“Esse risco de responsabilidade da SPE fica mais alto se sócios implicados na Operação Lava Jato se mantiverem na nova SPE (risco de questionamento por simulação). Dessa forma, há a possibilidade de a nova SPE sofrer as mesmas consequências do Estaleiro Paraguaçú, e, por conseguinte, a Petrobrás continuar exposta aos riscos”, informou o e-mail.

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