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Sul

Deputado que havia denunciado ameaça ajudou a cassar Cunha

Deputado federal Aliel Machado (REDE-PR) relatou sua participação no processo de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ); “Quando entramos com a representação, há oito meses, Cunha ainda era muito temido e respeitado pelos pares. Mas nunca por mim”, escreve o parlamentar, que é pré-candidato a prefeito no município de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, a 110 km de Curitiba; o parlamentar tinha revelado, em abril deste ano, articulações pesadas de bastidores e até ameaças em busca de votos para aprovar o afastamento da presidente Dilma Rousseff

Deputado federal Aliel Machado (REDE-PR) relatou sua participação no processo de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ); “Quando entramos com a representação, há oito meses, Cunha ainda era muito temido e respeitado pelos pares. Mas nunca por mim”, escreve o parlamentar, que é pré-candidato a prefeito no município de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, a 110 km de Curitiba; o parlamentar tinha revelado, em abril deste ano, articulações pesadas de bastidores e até ameaças em busca de votos para aprovar o afastamento da presidente Dilma Rousseff (Foto: Leonardo Lucena)
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247, com Blog do Esmael - O Blog do Esmael convidou o deputado federal Aliel Machado (REDE-PR) para relatar, em artigo especial, sua participação no processo de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Quando entramos com a representação, há oito meses, Cunha ainda era muito temido e respeitado pelos pares. Mas nunca por mim”, escreve o parlamentar, que é pré-candidato a prefeito no município de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, a 110 km de Curitiba.

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Integrante da comissão do impeachment, que votou contra o relatório do deputado Jovair Arantes, o deputado federal da Rede Aliel Machado (PR) revela em entrevista ao jornal Gazeta do Povo articulações pesadas de bastidores e até ameaças em busca de votos para aprovar o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Ele diz ter sido procurado por pessoas ligadas ao vice-presidente, Michel Temer, que perguntaram "o que ele queria, do que precisava". "O Cunha falou: 'Você não vai mais andar em Ponta Grossa. O Temer vai ser presidente, você vai ver'", contou Machado. "Os caras que estão a favor do impeachment estão montando o governo com o Temer, eles vão assumir o comando de tudo. DEM, PSDB, todos esses caras. É o jogo aqui".

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Abaixo, o Blog do Esmael separou trechos em vídeo de intervenções de Aliel em vários momentos da discussão da cassação de Cunha. O deputado da REDE se destaca nisso tudo em virtude de o Paraná ter o maior número de “soldados” do presidente da Câmara afastado. 

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“Logo após a cassação no Conselho de Ética, eu lancei a campanha #DelataCunha nas redes sociais”, conta Aliel. “Cunha fez o serviço sujo. Mas não o fez sozinho. Ele era o cabeça de uma organização, hoje no poder, decidida a barrar a Lava jato e proporcionar ao país uma aparente volta da normalidade política”, denuncia.

Abaixo, leia a íntegra do texto:

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Cunha sofre derrota no Conselho de Ética e precisa delatar

Aliel Machado*

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Foi dado ontem no Conselho de Ética um importante passo no mais longo processo de cassação da história da Câmara. Representação que foi feita por nós da Rede e pelo PSOL, que não nos acovardamos diante das ameaças e manobras feitas pelo Sr. Eduardo Cunha (PMDB-RJ) enquanto presidente. Quando entramos com a representação, há oito meses, Cunha ainda era muito temido e respeitado pelos pares. Mas nunca por mim.

Cunha merece a cassação que tanto tenta evitar e que agora parece iminente. Até o seu afastamento do cargo, no mês passado, articulou como pôde para não deixar que o processo chegasse a esse ponto. Isso porque está atolado até o pescoço na lama em que se envolveu a cúpula do PMDB na Lava jato. Logo após seu afastamento lancei a campanha “Delata Cunha”. Possibilidade cada vez mais real, tendo em vista que, com a provável perda do mandato, tentará salvar sua pele, revelando assim outros envolvidos.

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Venho dizendo há meses que o Sr. Eduardo Cunha não tem condições morais para presidir a Câmara dos Deputados. O presidente afastado desequilibrou além do limite a harmonia entre os poderes. Além de colocar em votação pautas-bomba, que prejudicavam o país e travavam o legislativo, abriu o processo de impeachment como vingança pela não entrega dos votos que ele precisava para se livrar da cassação no Conselho de Ética.

Cunha fez o serviço sujo. Mas não o fez sozinho. Ele era o cabeça de uma organização, hoje no poder, decidida a barrar a Lava jato e proporcionar ao país uma aparente volta da normalidade política. Uma organização que usou indevidamente o discurso do combate à corrupção – em evidência pelo valoroso trabalho do juiz federal Sérgio Moro – para tentar se livrar de punições por terem praticado atos ilícitos. Acredito que essas evidências, somadas a delação de Sérgio Machado – que já jogou parte da cúpula “Temer” na fogueira -, possa fazer com que a população entenda cada dia com mais clareza quais interesses estavam por trás do processo de impeachment.

Paralelo a isso a Lava jato tem que continuar, sem distinção de partidos e sem seletividade. A operação se tornou uma instituição da sociedade e precisa seguir sem interferências de quem quer que seja. Muito menos do réu Eduardo Cunha.

*Aliel Machado é deputado federal pela REDE do Paraná.

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