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Jornalistas processados por juízes no Paraná recebem prêmio da ANJ

A equipe do jornal "Gazeta do Povo", de Curitiba, que é alvo de dezenas de processos movidos por juízes, foi escolhida para receber o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa de 2016; depois de publicarem uma reportagem sobre supersalários de juízes e promotores do Paraná, repórteres do veículo estão sendo processados em várias de cidades pelo Estado por magistrados que pedem indenização por danos morais; os pedidos somam R$ 1,3 milhão em indenizações; em nota, Associação Nacional de Jornais (ANJ), que organiza a premiação, afirmou que os profissionais são vítimas de "assédio judicial"

A equipe do jornal "Gazeta do Povo", de Curitiba, que é alvo de dezenas de processos movidos por juízes, foi escolhida para receber o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa de 2016; depois de publicarem uma reportagem sobre supersalários de juízes e promotores do Paraná, repórteres do veículo estão sendo processados em várias de cidades pelo Estado por magistrados que pedem indenização por danos morais; os pedidos somam R$ 1,3 milhão em indenizações; em nota, Associação Nacional de Jornais (ANJ), que organiza a premiação, afirmou que os profissionais são vítimas de "assédio judicial" (Foto: Leonardo Lucena)
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Paraná 247 - A equipe do jornal "Gazeta do Povo", de Curitiba, que é alvo de dezenas de processos movidos por juízes, foi escolhida nesta terça-­feira (14) para receber o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa de 2016. Depois de publicarem uma reportagem sobre supersalários de juízes e promotores do Paraná, repórteres do veículo estão sendo processados em várias de cidades pelo Estado por magistrados que pedem indenização por danos morais. As ações, em pelo menos 15 municípios, têm obrigado os cinco jornalistas que assinaram o material a viajarem por dias seguidos às audiências. Os pedidos somam R$ 1,3 milhão em indenizações.

A reportagem, publicada em fevereiro com o título TJ e MP pagam supersalários que superam em 20% o teto previsto em lei, foi assinada pelos repórteres Chico Marés, Euclides Lucas Garcia, Rogerio Waldrigues Galindo, Evandro Balmant e Guilherme Storck.

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Em nota divulgada nesta terça-feira (14) a, Associação Nacional de Jornais (ANJ), que organiza a premiação, afirmou que os profissionais são vítimas de "assédio judicial". De acordo com o texto, "a escolha [dos premiados] representa o apoio ao jornalismo de qualidade e à coragem da Gazeta do Povo ao abordar os privilégios injustificáveis autoconcedidos pelos magistrados e membros do ministério público paranaense".

"A despeito do rigor, da objetividade e da sobriedade com que o assunto foi tratado, o jornal, os jornalistas Chico Marés, Euclides Lucas Garcia e Rogerio Waldrigues Galindo, o analista de sistemas Evandro Balmant e o infografista Guilherme Storck respondem a 40 processos".

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Os juízes e dois promotores de justiça entraram com 36 ações individuais até o momento, segundo a Folha. Eles reclamam de terem sido "ridicularizados" após o jornal ter afirmado que eles recebem supersalários. Como consequência, os jornalistas já sofreram uma primeira condenação, de R$ 20 mil. O juiz acusou a "Gazeta do Povo" de "agir de maneira descuidada" e "pejorativa".

A defesa do jornal afirmou que as petições iniciais são praticamente idênticas e fala em "ação coordenada". A defesa recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), argumentando que nenhum magistrado no Paraná é isento para julgar a causa, mas o pedido de suspender as ações foi negado.

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