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Sul

Justiça diz que amigos de servidoras ganhavam bolsas ilegais da UFPR

De acordo com as investigações da PF sobre desvio de verba da UFPR, os beneficiários do esquema faziam parte do "círculo de amizades" da secretária da Pró-Reitoria de Planejamento e Orçamento, Tânia Márcia Catapan, e da chefe do setor de Orçamento e Finanças do mesmo setor, Conceição Abadia de Abreu Mendonça; ambas foram presas e são as principais suspeitas de desviar R$ 7,3 milhões para as 27 pessoas; segundo o delegado Felipe Hayashi, quase todos os beneficiários das bolsas de estudos irregulares não têm curso superior e nenhuma ligação com a universidade

De acordo com as investigações da PF sobre desvio de verba da UFPR, os beneficiários do esquema faziam parte do "círculo de amizades" da secretária da Pró-Reitoria de Planejamento e Orçamento, Tânia Márcia Catapan, e da chefe do setor de Orçamento e Finanças do mesmo setor, Conceição Abadia de Abreu Mendonça; ambas foram presas e são as principais suspeitas de desviar R$ 7,3 milhões para as 27 pessoas; segundo o delegado Felipe Hayashi, quase todos os beneficiários das bolsas de estudos irregulares não têm curso superior e nenhuma ligação com a universidade (Foto: Leonardo Lucena)
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Paraná 247 - A Polícia Federal prendeu 27 pessoas acusados participação em um esquema de desvio de dinheiro público da Universidade Federal do Paraná (UFPR). De acordo com as investigações, os beneficiários do esquema faziam parte do "círculo de amizades" da secretária da Pró-Reitoria de Planejamento e Orçamento, Tânia Márcia Catapan, e da chefe do setor de Orçamento e Finanças do mesmo setor, Conceição Abadia de Abreu Mendonça. Ambas foram presas e são as principais suspeitas de desviar R$ 7,3 milhões para as 27 pessoas. As fraudes ocorreram entre 2013 e 2016.

Foram expedidos 29 mandados de prisão temporária, e 28 pessoas foram presas. A pedido da PF, um dos presos foi solto depois de ser interrogado. Trata-se de um homem, de 72 anos, que apresenta dificuldade de dicção e de locomoção em consequência de um acidente vascular cerebral. "O resultado de pesquisas realizadas em redes sociais demonstrou a existência de vínculo de amizade ou de parentesco entre uma parte dos beneficiários dos pagamentos irregulares e as servidoras”, explicou o juiz federal Marcos Josegrei da Silva.

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Segundo as investigações, o dinheiro que foi desviado pelas funcionárias públicas deveria ser destinado ao pagamento de bolsas de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). "A partir dos elementos existentes até agora nos autos, Conceição e Tânia atuam de forma  coordenada e estão associadas aos beneficiários diretos dos pagamentos indevidos para o desvio e apropriação de verbas públicas destinadas à educação", afirmou Josegrei.

De acordo com o delegado da Polícia Federal (PF), Felipe Hayashi quase todos os beneficiários das bolsas de estudos irregulares não têm curso superior e nenhuma ligação com a universidade. As investigações também apontaram que a maioria dos beneficiários é autônoma. "Eles têm profissões como taxista, artesão, cozinheiro, auxiliar administrativo, dono de salão de beleza, motorista de furgão, entre outros", complementou o delegado. "Nem os professores mais titulados recebiam esses valores".

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Em comunicado, a UFPR disse ter encaminhado o caso de desvio de pagamentos à PF no ano passado.

Veja na matéria da Agência Brasil:

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Daniel Isaia

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (15), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) informa que tomou conhecimento da suspeita de desvios em pagamento de bolsas e auxílios em dezembro do ano passado,  quando encaminhou o caso à Polícia Federal (PF). Para investigar o caso, a PF deflagou nesta quarta-feira a Operação Research.

Segundo a universidade, a administração anterior da instituição abriu sindicância no ano passado para apurar as responsabilidades. “O procedimento é conduzido por uma comissão formada por dois professores e uma servidora técnico-administrativa e, por força de lei, corre em sigilo”, acrescenta o comunicado. A previsão é que a sindicância seja concluída em abril deste ano.

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A universidade informa ainda que as duas funcionárias da instituição suspeitas de participação no esquema foram suspensas das atividades pelo atual reitor, Ricardo Marcelo Fonseca, que assumiu o cargo no fim do ano passado. Fonseca determinou a criação de um comitê para aperfeiçoar os mecanismos de controle sobre os pagamentos de bolsas e auxílios, além de uma comissão para trabalhar no Plano de Transparência e de Dados Abertos da universidade — instrumento para garantir o acesso da sociedade a todas as informações de caráter público da UFPR.

A Operação Research envolve cerca de 180 policiais federais, seis servidores da Controladoria-Geral da União e quatro do Tribunal de Contas da União. Eles cumprem 73 ordens judiciais, sendo 29 mandados de prisão temporária, oito conduções coercitivas e 36 mandados de busca e apreensão nos estados do Paraná, de Mato Grosso do Sul e do Rio de Janeiro.

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