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Sul

Moro diz que Lava Jato atua sem submissão porque opinião pública está ao seu lado

Em passagem pela Universidade Católica de Buenos Aires, o juiz Sergio Moro disse que a chave para o sucesso da Lava Jato foi dar publicidade às ações da força-tarefa e contar com o apoio de "milhões que foram às ruas" protestar contra a corrupção; isso, segundo Moro, permite que os procuradores, a Polícia Federal e a Justiça atuem com total independência, sem se submeterem a pressões, segundo reportagem do jornal El País; ele defendeu a delação premiada e se orgulhou de "prender os mais importantes do país", além de fazer com que "as empresas pedissem perdão aos brasileiros em anúncios nos jornais"

Em passagem pela Universidade Católica de Buenos Aires, o juiz Sergio Moro disse que a chave para o sucesso da Lava Jato foi dar publicidade às ações da força-tarefa e contar com o apoio de "milhões que foram às ruas" protestar contra a corrupção; isso, segundo Moro, permite que os procuradores, a Polícia Federal e a Justiça atuem com total independência, sem se submeterem a pressões, segundo reportagem do jornal El País; ele defendeu a delação premiada e se orgulhou de "prender os mais importantes do país", além de fazer com que "as empresas pedissem perdão aos brasileiros em anúncios nos jornais" (Foto: Gisele Federicce)
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Jornal GGN - Em passagem pela Universidade Católica de Buenos Aires, Argentina, o juiz Sergio Moro disse que a chave para o sucesso da Lava Jato foi dar publicidade às ações da força-tarefa e contar com o apoio de "milhões que foram às ruas" protestar contra a corrupção. Isso, segundo Moro, permite que os procuradores, a Polícia Federal e a Justiça atuem com total independência, sem se submeterem a pressões.

Segundo reportagem do El País, Moro disse que uma das melhores coisas foi permitir que as audiências dos processos fossem gravadas e disponibilizadas ao público. Em geral, quem tem acesso privilegiado aos depoimentos colhidos pela Lava Jato é o Estadão.

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"Segundo a Constituição brasileira, todos os processos têm de ser públicos. Na prática isso é excepcional. A maioria desses processos complexos costuma ser encaminhada de forma secreta. Nós decidimos tratar esses casos com o máximo de transparência e publicidade. É importante que a opinião pública possa controlar o que está acontecendo, saber o que a Justiça está fazendo. Isso permitiu que houvesse um grande apoio da opinião pública e serviu como proteção da Justiça porque, quando pessoas poderosas estão envolvidas, há grande risco de obstrução, há pressões. Milhões saíram às ruas, protestaram contra a corrupção e apoiaram as investigações", disse Moro.

O juiz ainda rebateu críticas sobre a Lava Jato ser uma operação política, feita para atingir PT e aliados do governo Dilma Rousseff. Segundo Moro, vários partidos e empresários poderosos foram envolvidos nas investigações, com repercussão internacional.

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"Esses fatos são uma vergonha, mas nenhum país deve sentir vergonha pela aplicação da lei. O Brasil está dando passos importantes para enfrentar a corrupção sistêmica. Acima de tudo, a Lava Jato serve para reforçar a democracia do Brasil", insistiu.

O magistrado ainda saiu em defesa de delação premiada, afirmando que em casos de lavagem di dinheiro, os delitos de corrupção só podem ser julgados com base nas palavras dos criminosos confessos.

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"Nesses delitos de corrupção as únicas testemunhas são os próprios corruptos, o que paga e o que recebe. Usamos um criminoso como testemunha contra seus pares. Eles não agem por arrependimento, mas por benefícios. Isso tem um preço. Um criminoso confesso receberá uma punição menor do que lhe caberia. Mas, se nos apresenta provas relevantes para incriminar outros, compensa. Costumamos fazer com o criminoso de menor nível que delata o chefe. Essa colaboração sempre tem um preço, mas também seria injusto ir somente contra a base e não a cúpula da organização. É preciso pagar o preço. Na Lava Jato também foi importante a utilização da prisão preventiva, que sempre é uma exceção, mas foi muito útil."
mento de chapa fica indefinido

Ainda de acordo com o El País, Moro "conta com orgulho que, além de prender os mais importantes do país, conseguiu que as empresas pedissem perdão aos brasileiros em anúncios nos jornais. Mas, acima de tudo, acredita que a única maneira é conseguir que os juízes façam o correto a todo momento. 'Só há algo pior que um padre ateu: é um juiz que não acredita na Justiça', conclui."

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