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Saúde

Covid-19 já interrompeu mais de 20,5 milhões de anos de vida no mundo

Doença pode ter tirado até nove vezes mais anos do que as gripes sazonais, e oito vezes em relação aos acidentes de trânsito

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Frederico Cursino, da Agência Einstein - Mais de 20,5 milhões de anos de vida podem ter sido perdidos devido à Covid-19. A constatação vem de um estudo organizado por pesquisadores de cinco universidades da Europa e dos Estados Unidos. Isso significa que cada morte pela doença do mundo interrompeu, em média, 16 anos que ainda poderiam ser vividos pelas vítimas, considerando a expectativa global. O dado ressalta o tamanho do impacto do novo coronavírus também entre os mais jovens, ainda que a maioria dos óbitos ocorram em pessoas acima dos 75 anos.

O estudo calculou os anos de vida perdidos (YLL, sigla em inglês), comparando a idade de óbito das mais de 1,2 milhão de vítimas da doença até janeiro deste ano, e as suas expectativas de vida. Pouco mais de 30% dos anos destruídos pela Covid-19 foram de indivíduos mortos antes dos 55 anos; enquanto quase 45% vieram de óbitos ocorridos entre 55 e 75 anos.  Se somados todos os anos de vida perdidos até então, o resultado mostraria que mais de 270 mil “vidas inteiras” (ou seja, desde o nascimento até a expectativa de vida média) foram arrematadas pela Covid-19. 

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Comparada a outros eventos, a Covid-19 pode ter tirado até nove vezes mais anos de vida do que as gripes sazonais, e oito vezes em relação aos acidentes de trânsito. 

“Em países de renda mais alta, uma proporção maior do YLL é suportada pelo grupo mais velho em comparação com os grupos de idade mais jovem. O padrão oposto aparece em países de baixa e média renda, onde uma grande fração do YLL vem de indivíduos que morrem com 55 anos ou menos”, observam os autores do estudo, publicado pela Scientific Reports.

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A pesquisa mostrou também que os anos perdidos pela Covid-19 foram 44% maiores em homens. Segundo os autores, duas causas explicariam essa disparidade: média de idade de morte mais alta das mulheres (75,9 contra 71,3 anos), e mais óbitos entre pacientes do gênero masculino (razão de 1,39 de homens para mulheres).

“Nossos resultados confirmam que o impacto da Covid-19 na mortalidade é grande, não apenas em termos de número de mortes, mas também em termos de anos de vida perdidos. Embora a maioria das mortes ocorra em idades acima de 75 anos, o que justifica respostas políticas destinadas a proteger essas idades vulneráveis, nossos resultados sobre o padrão de idade exigem maior conscientização sobre a formulação de políticas que protejam também os jovens”, reforçam os pesquisadores.

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Os autores ressaltam que a análise se limitou à mortalidade prematura. E uma avaliação completa do impacto na saúde deverá considerar também o impacto das sequelas causadas pela doença.

O estudo foi conduzido pelos pesquisadores das universidades Pompeu Fabra, na Espanha; Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos; Oxford, na Inglaterra; Helsinki, na Finlândia; e do Instituto de Pesquisas Demográficas de Rostock, na Alemanha.

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