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Saúde

Jejum intermitente: os benefícios da dieta das celebridades

A restrição alimentar pode ajudar mesmo a reduzir o peso e no controle dos níveis de açúcar no sangue. Mas ela não deve ser feita sem acompanhamento de um especialista

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Por Nicola Ferreira, da Agência Einstein - Popularizado por famosas como Sabrina Sato, Deborah Secco e Glória Maria, o jejum intermitente vem ganhando cada vez mais adeptos. O método, que intercala períodos de jejum com os de alimentação regrada, é investigado por diversos estudiosos que defendem ou criticam a dieta. Agora, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, realizaram uma investigação mais extensa sobre os benefícios desse tipo de regime.

A pesquisa consistiu na análise de tudo que já foi estudado sobre o tema nos últimos anos. Foram encontrados indícios de melhora no funcionamento das células, já que elas, por conta do jejum, não encontram açúcar circulando no organismo e, dessa forma, começam a converter gordura em energia. Essa conversão contribui para o emagrecimento e a auxilia a regular os níveis de glicose no sangue.

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“A dieta intermitente é uma metodologia de restrição calórica”, afirma o nutrólogo Celso Cukier, do Hospital Israelita Albert Einstein. “Isso faz com que o corpo se defenda, resultando em uma perda de peso e no número de células de gordura.” Ela pode ser feita segundo diversos protocolos, com mais tempo de abstinência alimentar ou menos. O mais conhecido é o jejum de 12 horas, ou seja, durante metade do dia você não come e no restante, tirando as oito horas recomendadas de sono, a alimentação é feita de forma controlada - no máximo 600 calorias - em duas ou três refeições.

Outra pesquisa que comprova os benefícios da dieta intermitente mostrou que pessoas que optam por comer no início do dia e jejuar à noite tiveram melhoras significativas no seu metabolismo. O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, recrutou 130 homens obesos com pré-diabetes para conduzir a análise. Os participantes foram divididos em dois grupos. Um deles foi orientado a comer em um período de 8 horas, entre 7h às 15h. O outro forrava o estômago em um intervalo de 12 horas, das 7h às 19h.

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Nenhum dos voluntários apresentou redução ou ganho de peso. Contudo, nas cinco semanas que decorreram da pesquisa, os integrantes do primeiro grupo apresentaram uma baixa drástica nas taxas de insulina e queda nos valores da pressão arterial. Somado a essas benesses, os homens que faziam o jejum mais cedo durante o dia tiveram uma diminuição significativa do apetite.

Nem tudo são flores

Por ser uma dieta de restrição, as pessoas não conseguem seguir por muito tempo e acabam por voltar a comer mais”, ressalta Cukier. Além disso, por geralmente serem temporários, os bons resultados da dieta intermitente não duram muito, fazendo com que o indivíduo volte rapidamente para essa forma de privação, o que, a longo prazo, pode ser prejudicial para o organismo.

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Devido ao jejum, principalmente em pessoas que não estão habituadas a seguir um cardápio restritivo, é comum o aparecimento de sintomas como dores de cabeça, tontura e problemas para se concentrar. Um dos fatores por trás desse mal-estar é que, apesar de recorrer à gordura como fonte de energia, o corpo acaba sentindo a falta de açúcar no sangue, o que leva a um estado de esmorecimento. 

Mesmo com alguns ganhos comprovados e não sendo tão impeditiva como outras dietas, o jejum intermitente não é recomendado para quem tem diabetes avançado ou usa de medicação para controlá-lo. Pessoas com quadros de anorexia e bulimia, além de mulheres grávidas ou que estejam amamentando também não devem adotá-lo. Se você não está dentro desses grupos, antes de fazer o jejum intermitente ou qualquer outra dieta restritiva, é importante se aconselhar com um nutricionista e fazer um acompanhamento.

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Ao ver corpos magérrimos de algumas celebridades como modelos, atores e astros da música, muitos enxergam as dietas restritivas como uma solução milagrosa para a perda de peso e o controle da glicose na circulação. Além de não trazerem resultados prolongados, elas podem causar problemas secundários, como transtornos alimentares. “Para ter uma vida com mais saúde é importante comer de forma saudável, praticar atividade física e sempre manter a higiene,” finaliza Celso Cukier. O equilíbrio é a saída. 

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