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Saúde

Pesquisa brasileira integra plano da OMS para enfrentamento da Síndrome Pós-Covid

Estudo da Coalizão Covid-19 Brasil avalia, em mais de mil pessoas, os impactos a longo prazo da doença

Pessoas usando máscaras caminham em distrito comercial de Roma durante pandemia de Covid-19 (Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane)
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Mariana Nakajuni, da Agência Einstein - As sequelas decorrentes da Covid-19 atingem grande parte dos pacientes e podem persistir por até seis meses após a infecção pelo vírus. Com o objetivo de definir e ampliar os conhecimentos sobre a chamada Síndrome Pós-Covid, ou Long Covid; alinhar métodos de estudos; e planejar estratégias globais de atendimento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou um simpósio virtual na última terça-feira (09). O evento contou com representantes da OMS, médicos e pesquisadores; entre eles, integrantes da Coalizão Covid-19 Brasil, que apresentou a pesquisa Coalizão VII.

O estudo — único de origem brasileira entre os cinco trabalhos expostos — está monitorando mais de mil pessoas que tiveram a doença, analisando sua qualidade de vida e os impactos de longo prazo após a alta hospitalar. “A apresentação no encontro da OMS ressalta mais uma vez o grande trabalho colaborativo da Coalizão Covid-19 Brasil. São mais de 50 centros envolvidos em pesquisa de um tópico globalmente prioritário: o impacto da Covid-19 em qualidade de vida e em desfechos de longo prazo”, afirma o médico intensivista Regis Goulart Rosa, pesquisador do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre-RS.

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O Coalizão VII é uma das nove pesquisas desenvolvidas pela aliança formada pelo Hospital Israelita Albert Einstein, HCor, Hospital Sírio-Libanês, Hospital Moinhos de Vento, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet). As pesquisas avaliam a eficácia e a segurança de potenciais terapias para pacientes com Covid-19 no Brasil. 

Para o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, os esforços de enfrentamento da Síndrome Pós-Covid estão apenas no começo, e devem se estender pelos próximos anos. Ele também reforçou a importância da democratização dos conhecimentos acerca dessa nova enfermidade. “Desde a Atenção Básica, todos precisam conhecer os efeitos da infecção nas crianças, nos grupos de risco e em todos os grupos, e entender os impactos sociais e econômicos desta enfermidade”, diz. “É necessário garantir a reabilitação dos pacientes. Temos 800 centros de colaboração em diversas regiões e vamos pedir que incluam a Long Covid entre as prioridades”.

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Estudos conduzidos no Reino Unido, Estados Unidos, China, Índia e Itália também auxiliarão no desenvolvimento de estratégias de enfrentamento, com foco no reconhecimento, pesquisa e reabilitação dos pacientes. No simpósio, os pesquisadores convidados se dividiram em grupos de trabalho para o aprofundamento, a discussão e a elaboração de quadros clínicos. Janet Diaz, pesquisadora da OMS responsável pela equipe clínica de enfrentamento à Síndrome Pós-Covid, apresentou um formulário que está disponível na Plataforma Global de Dados Clínicos da OMS. Nele, os profissionais podem registrar casos a serem monitorados a partir das diretrizes de acompanhamento, como intervalos entre consultas e relatos de sintomas e sequelas.

“Para muitos pacientes, sobreviver a uma hospitalização por Covid-19 pode representar apenas o começo de uma jornada de recuperação. São esperadas sequelas físicas, cognitivas e emocionais em uma grande parcela de sobreviventes de formas graves da Covid-19, o que poderá demandar uma grande intensidade de ações de reabilitação e de prevenção de deterioração da saúde no longo prazo”, diz Regis.

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