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América Latina

Greve geral na Argentina vai afetar 7 milhões de pessoas; Milei ameaça cortar salários de grevistas

Greve protestará contra reformas econômicas impulsionadas por Milei, em meio aos sinais de recessão e em um contexto em que os salários perderam o poder de compra devido à inflação

Manifestação popular na Argentina (Foto: Prensa Latina )
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Sputnik Brasil - Quase 7 milhões de pessoas serão impedidas de se movimentar devido à greve geral convocada para esta quinta-feira (9) pela principal central sindical do país, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), na Argentina, de acordo com o governo.

"A decisão da CGT afeta aproximadamente 6.953.000 pessoas", precisou o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, em sua habitual coletiva de imprensa na Casa Rosada, sede do Executivo.

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As projeções do governo presidido por Javier Milei antecipam ainda que 4 milhões de pessoas não poderão viajar de ônibus na zona metropolitana de Buenos Aires, que abrange a capital e 40 municípios adjacentes na província de Buenos Aires.

A greve visa protestar contra as reformas econômicas impulsionadas por Milei, em meio aos primeiros sinais de recessão e em um contexto em que os salários perderam o poder de compra devido à inflação. A medida de força da central sindical é uma rejeição às reformas que o atual governo tenta implementar, enquanto os sindicatos pressionam os senadores para que votem contra o capítulo trabalhista incorporado na Lei de Bases. Ambas as medidas receberam aprovação preliminar na Câmara dos Deputados na semana passada.

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Além disso, 1,5 milhão de pessoas terão dificuldade de locomoção no interior do país e a mesma quantidade de habitantes ficará impossibilitada de se deslocar de trem, afirma o governo.

Em um clima crescente de conflito social, os sindicatos dos transportes realizaram protestos na segunda-feira (6) com a paralisação das atividades que afetam os serviços aéreo, ferroviário, metroviário e de carga, e na terça-feira (7) houve atos de movimentos sociais por todo o país.

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VOOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS CANCELADOS - A estatal Aerolíneas Argentinas anunciou a suspensão de 191 voos devido à greve geral e deve afetar 24 mil passageiros — dos quais 18 mil planejavam viajar dentro do país, outros 3 mil planejavam uma viagem regional e o mesmo número planejava voar para o exterior —, além de causar um prejuízo de US$ 2 milhões (quase R$ 10,2 milhões).

Dos voos cancelados, 162 são voos domésticos, 27 regionais e 2 internacionais de longa distância.

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CORTES DE SALÁRIOS DE FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS GREVISTAS - O governo de Javier Milei anunciou que descontará o dia dos funcionários públicos que aderirem à greve e pediu que sejam denunciadas extorsões, caso ocorram.

"A greve não tem razão aparente. A linha 134 continua aberta para denunciar extorsões. Aos funcionários públicos que fizerem greve, será descontado o pagamento do dia. As organizações que participarem da marcha deverão arcar com os gastos decorrentes da situação", afirmou Adorni a jornalistas.

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A primeira greve geral na gestão de Milei ocorreu em janeiro, quando milhares de pessoas tomaram as ruas de Buenos Aires contra as medidas tomadas pelo Executivo, que impactam principalmente o setor econômico.

As principais medidas que motivaram os atos da primeira greve foram a chamada Lei Omnibus e o megadecreto promulgado por Milei que resultou, entre outras coisas, em cortes no quadro de funcionários do governo e na limitação do direito à greve.

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PRODUÇÃO INDUSTRIAL REGISTRA PIOR QUEDA EM 4 ANOS - Às vésperas da paralisação nacional, o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC) informou, nesta quarta-feira (8), que a produção industrial argentina caiu 21,2% em março em comparação com o mesmo mês de 2023, representando o maior colapso no setor desde maio de 2020, quando o país foi impactado pela pandemia.

O acumulado do primeiro trimestre de 2024 apresenta diminuição de 14,8% em relação ao mesmo período de 2023. Em março de 2024, o índice da série dessazonalizada mostrou uma variação negativa de 6,3% em relação ao mês anterior, e o índice da série tendência-ciclo registrou uma variação negativa de 1,4% em relação ao mês anterior.

As principais diminuições por ordem de incidência registraram-se nas divisões de alimentação e bebidas (14,2%); máquinas e equipamentos (37,9%); indústrias metalúrgicas básicas (34%) e produtos minerais não metálicos (35,8%).

O setor industrial fechou 2023 com uma contração de 1,8%, depois de ter registrado um aumento acumulado de 4,3% em 2022, abaixo dos 15,8% alcançados em 2021.

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