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Fernando Lavieri

Jornalista, com passagens pela IstoÉ e revista Caros Amigos

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Alianças e golpes baixos da direita

Final de campanha eletrizante no México, mas tudo indica que Claudia Sheimbaum sairá vitoriosa das urnas

Claudia Sheinbaum (Foto: Reuters/Raquel Cunha)
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Quando estiver em dúvida a respeito de qual o melhor candidato apoiar para presidência da República, observe o que cada postulante defende como prioridade nas relações internacionais. Logo após essa análise, a resposta será fácil. O México é o caso em questão.

O pleito presidencial acontecerá em 2 de junho e concorrem Claudia Sheimbaum, ex-prefeita da Cidade do México, de 61 anos de idade, apoiada por Andrés Manuel Lopez Obrador, atual presidente, e Bertha Xóchitl Galvéz Ruiz, ex-senadora, que é um ano mais jovem que Claudia. Ambas as candidatas fazem questão de enaltecer os avanços sociais promovidos por Obrador após seis anos de mandato, mas a conservadora Bertha preferiu dobrar a aposta e passou verniz progressista em sua candidatura. Ela tem ascendência indígena e, veja só, tem defendido melhores condições sociais a essa comunidade e aos afro-mexicanos. Claudia, por sua vez, em política, atua como Obrador, esculpida em carrara.

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Muito bem. Então, o que as diferencia como defensoras autênticas de melhores condições gerais para o México e seu povo? Bertha, quando questionada sobre como funcionará o seu governo nas áreas de segurança, imigração e combate ao tráfico de drogas, afirmou categoricamente que irá recorrer ao grande Irmão do Norte, os Estados Unidos. Segundo ela, os estadunidenses entendem tudo sobre esses assuntos e, portanto, podem contribuir. Bertha viajou aos Estados Unidos e uniu forças com Marco Rubio, senador da Flórida e um dos representantes da extrema direita no país. Em retribuição ao aceno, Rubio prometeu ir ao México em caso de vitória de Bertha.

Não é possível conceber a ideia que os EUA possam ajudar país algum no que quer que seja. A Casa Branca somente atua em âmbito internacional para atender os seus próprios interesses. E tal conduta é histórica. Outra coisa, não é possível que a candidata não saiba dessa condição. Ela vai, isso sim, fazer o jogo do imperialismo, pois trata-se, de fato, da representante da direita no México.

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Bertha tentou usar cortinas de fumaça, problemas comuns de campanha, para minar a figura de Claudia. Ela fracassou. No segundo debate presidencial realizado na semana passada, a população mexicana observou o baixo nível de Bertha, algo que lembra o bolsonarismo. “O Morena (partido político de Obrador e Claudia) é o partido do narcotráfico”, disse ela em tom histérico. Claudia, por sua vez, manteve a elegância durante o confronto e realçou os avanços democráticos do período. Claudia Sheimbaum está cada vez mais próxima de se tornar a primeira presidenta do México. Ou seja, a Quarta Transformação promovida por Obrador será mantida e ampliada.

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