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Eduardo Guimarães

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Bolsonaro tem pressa de ser preso

Bolsonaro estica a corda e desafia o Supremo na esperança de ser preso já, enquanto o apoio a si é forte, escreve Eduardo Guimarães

Jair Bolsonaro e presídio federal de segurança máxima (Foto: Reuters | Agência Brasil )
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Por Eduardo Guimarães - "Ah, isso já está ficando chato, não prendem nunca. Só fica na promessa, isso não vai dar em nada". 

Acima, o comentário padrão que você vê nas redes toda vez que sai uma notícia sobre o próximo passo da persecução penal do Sistema de Justiça contra Jair Bolsonaro pelos seguintes crimes: 

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1 - organização criminosa (art. 1º, § 1º, da Lei 12.850/13); lavagem de dinheiro (art. 1º, da

Lei 9.613/98); 

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2 - abolição violenta do Estado Democrático de Direito (art.

359-L do Código Penal); 

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3 - golpe de Estado (artigo 359-M do Código Penal);

4 - associação criminosa (art. 288 do Código Penal); 

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5 - falsidade ideológica (art.299 do Código Penal) e inserção de dados falsos em sistema de

informações (art. 313-A do Código Penal). 

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A internet exacerbou ao impensável e vulgarizou ao lamentável a ocorrência de um fenômeno que só ocorria muito raramente: o nefasto "efeito manada". 

O efeito manada é um fenômeno da psicologia social que descreve a tendência das pessoas a seguirem o comportamento e as opiniões da maioria. Os afetados por esse efeito recitam frases feitas com variações mínimas e com entonação e contextualização idênticos. 

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Costumo contar - e às vezes até acerto - a quantidade de reações que uma reportagem ou artigo de minha lavra irá provocar e que reproduzirá alguma ideia pronta sobre aquele tema. 

Sobre a punição de Bolsonaro pela enormidade de crimes que cometeu, a grande maioria dos comentários do público ignora o devido processo legal. Falam da demora, mas esquecem que o país tinha um cargo-chave, vital em processos de responsabilização penal, ocupado por um bolsonarista

A Procuradoria Geral da República é o ponto crucial de julgamentos de pessoas com foro privilegiado. Nesse contexto, o novo PGR assumiu o cargo em dezembro e encontrou um oceano de ações engavetadas pelo antecessor bolsonarista. No quinto mês do ano, porém, já está pronto o cronograma da primeira  denúncia contra o ex-presidente.

Assim como o público, Bolsonaro estica a corda e desafia o Supremo na esperança de ser preso já, enquanto o apoio a si é forte, o que resultaria em óbices à manutenção dessa prisão. E ele tem pressa porque a tendência é a de esvaziamento desse apoio. 

O processo está começando pelo Rio de Janeiro. A recente manifestação em seu benefício foi bem menor do que esperava. Não foi despresível, 30 mil pessoas não é pouco, mas deveria ser muito maior se comparada com a de São Paulo, que foi grande porque o tema é o risco que o conservadorismo de extrema-direita corre de sofrer no Brasil um golpe mortal da Justiça. 

Outra evidência do esvaziamento do bolsonarismo no seu nascedouro é a candidatura natimorta de Alexandre Ramagem, o grampeador-geral da República de Bolsonaro, a prefeito do Rio. Está 30 pontos atrás de Eduardo Paes...

O diligente Alexandre de Moraes não tem pressa. Quer um processo penal inatacável e irrecorrível. E, na última sexta-feira, a soltura de Mauro Cid, cheia de simbolismo, inaugurou o início do fim da impunidade do Jair. 

Aleluia, irmãos!

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