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Governo Biden pode perder o prazo para relatório sobre uso de armas israelenses

O Departamento de Estado precisa informar o Congresso até esta quarta (8) se aceita as supostas garantias de Israel de que o uso de armas americanas não fere leis internacionais

Joe Biden (Foto: Evelyn Hockstein/Reuters)
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Por Patricia Zengerle e Humeyra Pamuk e Jonathan Landay

WASHINGTON (Reuters) - O governo Biden irá perder o prazo para informar o Congresso, até a quarta-feira, se Israel está violando leis humanitárias internacionais em Gaza, disseram quatro fontes nesta terça-feira, conclusões que poderiam alimentar preocupações com o uso de armas fornecidas pelos EUA contra o enclave palestino. 

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Um Memorando de Segurança Nacional, conhecido como NSM-20, emitido por Biden em fevereiro, exige que o Departamento de Estado informe o Congresso até 8 de maio se considera críveis as garantias de Israel de que o uso de armas norte-americanas não viola leis dos EUA ou internacionais. 

Quatro fontes disseram nesta terça-feira que o governo avisou aos comitês do Congresso que não cumprirá o prazo, mas espera apresentar suas conclusões em alguns dias. Dois assessores do Congresso disseram não ter indicações de que o atraso está relacionado a preocupações políticas. 

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A Reuters publicou no mês passado que algumas autoridades seniores dos EUA não consideram as garantias de Israel críveis. A reportagem da Reuters e investigações de organizações externas, como a Anistia Internacional, levaram alguns parlamentares a cobrar que o governo Biden não direcionasse o relatório a favor de Israel. 

"Eu tive muitas conversas… com pessoas do governo, realmente pedindo que eles garantam que este relatório é crível, que seja visto como baseado em fatos e lei, e não baseado no que eles gostariam que fosse", disse a jornalistas o senador democrata, Chris Van Hollen. 

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O fornecimento de assistência militar de Washington ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu provocou protestos nos EUA exigindo que universidades e Biden retirem o apoio a Israel, incluindo o envio de armas. 

"NÃO CRÍVEL"

Em Washington, muitos dos colegas democratas de Biden pediram uma mudança na política de longa data dos EUA de apoio militar incondicional ao Estado judeu.

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As garantias de Israel de conformidade com a lei dos EUA "não são confiáveis", disse o deputado Jason Crow, que na semana passada organizou uma carta endereçada a Biden com mais de 80 parlamentares democratas sustentando haver evidências suficientes de que Israel violou a lei internacional e obstruiu entregas de ajuda dos EUA para Gaza.

Nesta terça-feira, fontes disseram à Reuters que o governo de Biden está retendo certas remessas de armas para Israel, no que duas das fontes disseram ser uma aparente mensagem política para o aliado dos EUA.

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O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse em uma coletiva de imprensa nesta terça que o relatório NSM-20 ainda não estava concluído, mas que o departamento estava trabalhando "arduamente" para concluí-lo.

"É possível que ele se atrase um pouco, mas ainda estamos, neste momento, tentando concluí-lo até amanhã", disse ele.

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O memorando proíbe qualquer beneficiário da assistência militar dos EUA de restringir a entrega de ajuda humanitária.

O prazo limite do relatório vence em meio à preocupação com a fome em Gaza e aos apelos dos Estados Unidos, de outros governos e de órgãos internacionais para que Israel evite uma grande ofensiva contra Rafah, cidade em Gaza que Israel considera o último reduto dos combatentes do Hamas, mas que também é o refúgio de mais de um milhão de civis palestinos deslocados.

(Reportagem de Patricia Zengerle, Humeyra Pamuk, Jonathan Landay e Simon Lewis) 

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