Rosângela e Sérgio Moro devem ser cassados por traição ao eleitorado

Arma-se um caso de continuidade delitiva familiar e é hora de dar cabo ao menos desta sucessão de crimes eleitorais

Ao menos em um detalhe a deputada Rosângela Moro e seu marido senador Sergio Moro revelam ser de fato um casal completo: o crime contra o eleitor. Ambos torturam as leis eleitorais para benefício próprio.

Passado apenas pouco mais de um ano de seu mandato como deputada federal por São Paulo, cargo para o qual foi eleita após transferir seu domicílio ao Estado nas vésperas do pleito de 2022, Rosângela Moro pretende agora transferir de volta sua residência eleitoral para o Paraná. Um recorde.

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A mudança de domicílio de Rosângela foi aceita inicialmente pelo cartório eleitoral curitibano, mas os diretórios do PT de São Paulo e do Paraná recorreram pedindo a recusa da transferência por descumprir a Constituição e o código eleitoral ao atentar contra a soberania do mandato conferido pelo eleitor de São Paulo. A deputada deveria cumprir seu mandato pelo Estado em que foi eleita, não evadir-se a meio caminho da tarefa que os cidadãos paulistanos em confiança depositaram nela. Vai levar seu mandato paulista, e exercê-lo pelo Paraná surrupiando uma vaga da bancada paulista?

Como diz o recurso contra a transferência interposto pelo PT, o domicílio eleitoral implica vivência, além de residência, sendo requisito obrigatório para a preservação do mandato.

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A maracutaia se agrava por estar sendo engendrada para remendar uma outra. Rosângela quer bandear-se ao Paraná antecipando-se à  cassação do mandato do marido, cujo julgamento pelo Tribunal Regional do Paraná inicia-se em 1⁰ de abril. 

Moro será julgado e deverá perder a vaga por crime decorrente, ele próprio, de transferência de domicílio estadual e de candidatura: tentou disputar a Presidência da República, depois um mandato na Câmara em São Paulo e por último pleiteou o Senado no Paraná, traficando ao arrepio da lei recursos de uma postulação para outra, o que é crime. 

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O ex-juiz, julgado parcial pelo Supremo Tribunal Federal nos processos da Lava-Jato, agora é acusado de caixa 2, abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e celebrar contratos irregulares.

Trata-se de acusações para as quais o Ministério Público Eleitoral pediu a condenação à perda de mandato. Neste caso, haveria eleição ainda neste ano para preencher a vaga de Moro. Rosângela tenta assim se lançar para a vaga do marido.

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Com a cumplicidade da mídia golpista, Sergio Moro comandou uma quadrilha judicial a partir da 13ª Vara Federal de Curitiba.  Manipulou foros, provas, depoimentos, torturou, expôs, extorquiu investigados. Impediu a eleição de Lula em 2018, permitindo a ascensão de Bolsonaro e da extrema-direita. A serviço dos Estados Unidos, destruiu a indústria de construção pesada brasileira. Nada disso foi suficientemente investigado pela Justiça e punido.

Agora, arma-se um caso de continuidade delitiva familiar.  É hora de dar cabo ao menos desta sucessão de crimes eleitorais. Impõe-se a condenação de Moro e de sua cônjuge. Ao oscilar para o Paraná mais uma vez, que Rosângela seja destituída de seu mandato, que pertence ao eleitor de São Paulo, onde a rigor ela nunca viveu.