Venezuela realiza encontro por uma Alternativa Social Mundial

247 - Com a ´presença de representantes de 60m países, inclusive o Brasil, realiza-se desde a quinta-feira (18) em Caracas o Encontro para uma Alternativa Social Mundial, convocado pela Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) e pelo Instituto Simón Bolívar, com o objetivo de estabelecer laços de união e elaborar "uma agenda para enfrentar a ofensiva imperialista na região e no mundo", informa a agência Prensa Latina.

O secretário-executivo da Alba-TCP, Jorge Arreaza afirmou no  início do evento, que o capitalismo em sua fase imperialista "está perdendo o controle de seus pilares" produtivo e financeiro, e só lhe resta o pilar militar, o tecnológico e comunicacional.

Ele ressaltou que aí reside a gravidade da situação, ao se tratar de um imperialismo em declínio que, como uma fera ferida, dá golpes para tentar prolongar o que está destinado a morrer.

O programa do encontro inclui um apelo à solidariedade com o povo da Palestina, Cuba, Haiti e ao ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que foi retirado à força da embaixada do México em Quito, Equador, onde recebia asilo do governo mexicano.

Arreaza considerou que este é o momento de nos unirmos e defendeu a construção de uma alternativa para os povos em meio a tanta dificuldade e complexidade.

"Apenas nós poderemos fazer isso", afirmou, referindo-se às organizações e movimentos sociais, partidos políticos e intelectuais presentes, entre outros.

Ele enfatizou que "apenas nós, os povos nas ruas, com os governos revolucionários, poderemos conter esses monstros" e oferecer ao mundo um caminho alternativo.

A vice-presidente executiva venezuelana, Delcy Rodríguez, ao intervir na abertura do encontro, celebrou a presença dos dezenas de participantes de várias partes do mundo, e alertou sobre as pretensões dos Estados Unidos de gerar um conflito armado entre a Venezuela e a Guiana pelo Essequibo.

"Nesta rede está a esperança da humanidade, assim como está em Cuba com sua resistência de 65 anos, no povo palestino que nunca se rendeu e também no povo da Venezuela, que permanece de pé", afirmou também a ministra da Economia, Finanças e Comércio Internacional.

A brasileira Socorro Gomes, diretora internacional do Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz) disse à nossa reportagem que leva do Brasil ao encontro de Caracas a mensagem de que “a esperança de libertação dos povos está na unidade, na resistência e na luta contra o imperialismo”.