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Alencar Santana Braga

Deputado federal pelo PT de São Paulo

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A esperança voltou e o inimigo agora é o fascismo

Em 2022 teremos, enquanto nação, a chance de dizer “NÃO” à exploração e à indignidade à qual tentam nos submeter desde o Golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff

Gleisi Hoffmann e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)
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Por Alencar Santana Braga

Desde a tarde da última segunda-feira (8) o Brasil vive uma catarse coletiva que há muito não ocorria. Tão logo foi noticiada – com direito a plantão da Globo – a decisão que devolveu os direitos políticos do ex-presidente Lula, milhões de pessoas, de coração acelerado, olhos encharcados e pálpebras logo inchadas, lembraram quais são as sensações que causam no corpo o sentimento da esperança se renovando.

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Num momento triste em que muitas pessoas estão perdendo a vida por falta de oxigênio, a volta de Luiz Inácio ao tabuleiro político, independentemente de eleições, enche os nossos pulmões com ar fresco diante da esperança de termos de volta um país que cuida da sua gente.

Eu, que tinha 13 anos quando vi a primeira campanha do Lula para presidente, em 1989, me incluo entre estas tantas pessoas que foram às lágrimas e viram um filme passar pela cabeça.

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A frustração da derrota para Collor, com a ajuda decisiva da Rede Globo. Os governos FHC repletos de escândalos de corrupção e entrega do patrimônio do povo para os amigos do poder. A vitória em 2002 sobre a campanha do medo de Serra. O país entrando nos trilhos e entrando numa era cujo melhor retrato veio da revista de direita The Economist (“Brazil takes off” – “O Brasil decola”). A eleição da primeira mulher para presidir o país que era já a sexta maior economia do planeta. E todas as dores e monstros que emergiram a partir da derrota de Aécio Neves em 2014... culminando na eleição de um chefe do crime organizado do Rio de Janeiro para governar uma nação em franca decadência econômica e social.

Há pouco mais de 48 horas estamos vivendo um sentimento novo. O desalento subitamente tem dado lugar à confiança na virada, na retomada do rumo que trilhamos até bem pouco tempo atrás. A tristeza tem dado lugar ao ânimo pela recuperação de uma nação que inspirou o e invejou o mundo da melhor maneira possível: todos os países queriam imitar o Brasil, todos queriam vir morar nas nossas cidades, que esbanjavam felicidade e otimismo que iam muito além do estereótipo da alegria inata do povo brasileiro.

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Aliás, o ex-presidente Lula falou hoje não apenas à sociedade brasileira. Como todo grande líder universal, ele falou para o mundo. Citou expressamente o Papa Francisco, o ex-presidente uruguaio José Mujica e atual mandatário argentino, Alberto Fernández.

Lula deu um recado ao mundo: o Brasil voltará a ser o país do diálogo, do respeito às diferenças, da democracia, da ciência, do desenvolvimento e da inclusão social.

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Ele também falou muito de solidariedade, um sentimento igualmente universal e que se faz tão presente nesses tempos de pandemia. Homenageou os profissionais de saúde, especialmente do Sistema Único de Saúde (SUS), os maiores guerreiros na batalha contra o Covid-19. Pediu à população um voto de confiança na ciência e não no obscurantismo negacionista que Jair Bolsonaro representa e propaga diariamente.

Vítima de uma injustiça sem precedentes na história do Brasil, Lula foi capaz de dizer que não guarda ressentimento dos seus algozes porque, afinal, o sofrimento que o povo brasileiro vive é infinitamente maior do que as suas dores individuais, por mais amargas que elas sejam.

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E ele ainda contou a parábola do escravo que não aceitou ser humilhado, não aceitou perder a sua dignidade diante da brutal violência do opressor. Essa história talvez seja a metáfora para a continuação do filme que passou pela minha cabeça.

Podia me alongar falando da aula de política, de relações internacionais, do seu conhecimento do Brasil e dos nossos problemas enquanto sociedade, das aflições do povo, dos militares e suas missões constitucionais, da gratidão que teve com seus amigos e aliados nos momentos mais difíceis, de democracia e de direitos, mas o que basta mesmo é que a esperança voltou e a alegria transbordou os nossos corações.

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Em 2022 teremos, enquanto nação, a chance de dizer “NÃO” à exploração e à indignidade à qual tentam nos submeter desde o Golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff.

Como sugeriu o carismático Omar Monteiro, do Bar do Omar, agora é hora de procurar “o endereço pra gente pegar o material de campanha”. A campanha para recuperar o Brasil que Lula representa, o Brasil que os brasileiros e brasileiras lembram quando pensam no nome desse retirante nordestino que conquistou o mundo.

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