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Paulo Moreira Leite

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Caso Marielle avançou porque Lula mostrou vontade política de apurar e punir responsabilidades

'Crimes políticos se resolvem quando há vontade política, que precisa se manifestar nos gabinetes de poder do Estado', escreve o colunista Paulo Moreira Leite

Luiz Inácio Lula da Silva e Marielle Franco (Foto: REUTERS/Washington Alves | Mídia NINJA)
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A primeira observação a se fazer sobre o assassinato de Marielle Franco é política. Ao apontar os responsáveis pelo crime, um ano e três meses da posse de Luiz Inácio Lula da Silva no Planalto, a Polícia Federal deixou uma mensagem clara.

Crimes políticos se resolvem quando há vontade política, que precisa se manifestar nos gabinetes de poder real do Estado, a começar pela presidência da República.

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Comprovou-se, mais uma vez, que ninguém tinha o direito de iludir-se com as encenações exibidas pelos guarda-costas de Jair Bolsonaro, que passaram os quatro anos de seu mandato encenando uma investigação destinada a proteger mandantes e executores, na esperança de que o tempo se encarregasse de apagar a memória de uma lutadora das causas do povo pobre e preto do país. Da mesma forma, ninguém tem o direito de se mostrar surpreso com os resultados anunciados pelo ministro da Justiça Ricardo Lewandowski e pelo diretor-geral da Polícia Federal, André Mendonça.

Ambos mostraram que encarnam uma disposição política indispensável às funções que aceitaram cumprir. Ao fazer justiça e punir os responsáveis por um crime que indignou brasileiros e brasileiras, além de escandalizar o planeta inteiro, ambos mostraram que encarnam uma disposição política indispensável a um país cansado de viver num ambiente onde o andar debaixo está condenado a sobreviver numa cidadania de segunda classe, as vezes sem cidadania nenhuma.

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Num Brasil onde o massacre contra os direitos da população pobre não tem vergonha nem conhece limites, e há muito tempo atravessou todas as fronteiras civilizadas, desde ontem se assiste a uma reconfortante demonstração de que é possível enfrentar adversidades de cunho histórico, que pareciam sedimentadas por uma herança de prolongada impunidade, para fazer Justiça a quem não reside em condomínios de luxo nem possui fortunas milionárias na conta bancária.

Cabe reconhecer um fator decisivo, derivado do sistema político em vigor no país. Nada disso teria sido possível sem a determinação do gabinete presidencial, onde se encontra o coração das grandes decisões do Estado brasileiro. Dali, o presidente Luis Inácio Lula da Silva deixou clara, desde o início, a disposição de fazer justiça à memória de uma lutadora chamada Marielle Franco e seu passado de militante corajosa contra quadrilhas especializadas em enriquecer com a miséria da maioria da população.

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Com uma biografia coerente que não é preciso recordar aqui, Lula enfrentou e venceu um submundo de violência infiltrado em fatias inteiras da máquina do Estado. Demonstrou uma clareza de princípios fundamentais para o exercício de seu mandato, num país que enfrenta uma herança catastrófica deixada pelo antecessor, que hoje se soma a desafios econômicos, sociais e políticos, que apontam no horizonte.

Lula demonstrou que é um presidente que não tem compromisso com o erro -- e esta é uma ótima notícia para brasileiros e brasileiras. Alguma dúvida?

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