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Florestan Fernandes Jr

Florestan Fernandes Júnior é jornalista, escritor e Diretor de Redação do Brasil 247

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Moro: o Batman da corrupção agora é o Coringa da malversação

O juiz que comandava a “maior operação” contra corrupção, pode terminar como investigado criminalmente do maior desvio de dinheiro público em processo judicial

Sergio Moro (Foto: Lula Marques/Agência PT)
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Os últimos acontecimentos têm escancarado as verdadeiras, inconfessáveis e nada republicanas intenções da Operação Jato. O que se vê é abissalmente distante do propagado combate à corrupção e nem mesmo se pode associar a instrumento jurídico de propagação da ideologia de extrema-direita do ex-presidente, ao qual Moro e Dalagnol serviram tão docilmente. Não, caríssimo leitor. O que se tem aqui é a velha operação "rachid". O que propulsava a sanha persecutória que deu motivo ao maior case de lawfare no Brasil, era o bom e velho "faz-me-rir". 

Aquilo que antes era uma espécie de dogma, e os jornalistas que ousamos criticar bem sabemos, trata-se de um projeto pessoal, uma maneira de dar outro rumo a parte do dinheiro levantado nos acordos de leniência da Lava Jato. E era muito dinheiro mesmo, valor mil vezes maior do que o do preço do triplex do Guarujá, que levou Lula, injustamente a prisão.  

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No relatório do ministro do STJ, Luís Felipe Salomão, corregedor do CNJ, fica claro que parte da multa de US$ 853,2 milhões, aplicada pela Justiça dos Estados Unidos à Petrobras, teria um destino inacreditável no mundo jurídico brasileiro. O dinheiro, 2,5 bilhões de reais, seria direcionado aos integrantes da Lava Jato, através de uma ONG criada pela força tarefa da operação. 

Segundo uma fonte ligada a justiça do Paraná, a Fundação Lava Jato chegou a ter até CNPJ. Só não foi para frente porque o ministro Alexandre de Moraes suspendeu, em 2019, a intenção da ONG de Moro e Dalagnol em gerir os recursos que por direito pertenciam ao país. 

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Se todas os indícios de crimes apontados no relatório de Luís Felipe Salomão se comprovarem, ficará evidente que Moro trabalhava para os norte-americanos. Simples assim. E a questão aí envolve um problema ainda maior: o da soberania nacional. A guerra comercial ameaçando a sobrevivência de nossas empresas. Situação essa que mostra o quanto é contraditória a extrema-direita. Cadê o nacionalismo? Cadê o Brasil acima de todos? Entreguismo maior, não há. 

Em tempo, achei estranho a Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) se manifestar contrária à decisão do corregedor Luís Felipe Salomão de afastar a juíza Gabriela Hardt e três outros magistrados que atuaram em processos da Operação Lava Jato. Por que não fizeram o mesmo quando o juiz Eduardo Appio foi punido?

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O Brasil é mesmo um país surrealista, digno de um romance de Gabriel García Márquez e muito bem contado pelo nosso genial Jorge Amado. O juiz que comandava a “maior operação” contra corrupção, pode, em breve, terminar como investigado criminalmente do maior desvio de dinheiro público em processo judicial.  Moro foi do Batman, vingador de corruptos e corruptores, para Coringa, super vilão da pseudo-honestidade falaciosa.

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