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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

629 artigos

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Washington usa Israel para desgastar Lula

Israel vai virando, no desenrolar político de 2024, fator de interferências direta nos assuntos econômicos e políticos brasileiros

Benjamin Netanyahu, Joe Biden e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reuters)
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A decisão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, carrasco genocida dos palestinos, na faixa de Gaza, de convidar os governadores bolsonaristas de São Paulo e Goiás, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ronaldo Caiado(União Brasil), respectivamente, para visitar Israel, representa clara tentativa de desgastar, politicamente, o presidente Lula, considerado persona non grata pelo sionismo por condenar a política colonialista racista judaica, apoiada por Washington.

Tarcísio, de malas prontas para ir ao PL, e Caiado, protagonista num partido fraturado, ambos aliados da direita e ultradireita, potenciais candidatos às eleições presidenciais em 2026, para tentar derrotar Lula, cotado para a reeleição de um quarto mandato, pediram perdão a Netanyahu pelo comportamento do presidente brasileiro; cacifam apoio dos judeus sionistas radicais, tendo como âncora política o bolsonarismo fascista de ultradireita, aliado de Israel.

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Ligados, umbilicalmente, aos setores financeiros especulativos internacionais, os fundos de investimentos, que, atualmente, dominam o agronegócio brasileiro, ponta de lança do crescimento do PIB, como ocorreu, no ano passado, dispõem de vastos recursos financeiros da comunidade judaica que poderiam ser colocados a serviço de candidaturas anti-Lula. 

BIODIESEL PARA SALVAR AGRONEGÓCIO -  O agronegócio está no centro de uma crise financeira; o presidente tenta amenizar as agruras econômicas dos agricultores, especialmente, plantadores de soja, com possibilidade de ampliar mistura do biodiesel, fabricado a partir dessa leguminosa, no diesel, a ser adquirido pela Petrobrás em regime de monopólio.

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Na verdade, essa alternativa não forma consenso na área econômica, visto que a Petrobrás está insatisfeita com ela; segundo a Petrobras, haveria aumento de custo e redução relativa das importações de diesel e de gasolina, fontes financeiras da empresa, dominada por acionistas minoritários ligados às petroleiras internacionais.

Se se salva agricultores, financeiramente em dificuldades, para vender soja a ser transformada em biodiesel, destinado a misturar nos derivados de petróleo, o resultado é redução relativa das importações da Petrobras e das refinarias privadas.

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Chiadeira geral na Petrobrás para essa alternativa lulista que visa salvar agricultores de soja da bancarrota, para que eles não sejam atraídos pelo discurso anti-lulista de Caiado, defensor maior dos interesses do agronegócio que agora se aproxima de Israel, inimigo de Lula.

Os judeus têm dinheiro para salvar os agricultores, mas querem apoio deles contra Lula, adversário do sionismo na guerra contra palestinos.

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 DINHEIRO JUDAICO NO AGRONEGÓCIO - O fato é que a ingerência de Israel no cenário político brasileiro, arregimentando apoio a favor de sua política de extermínio dos palestinos, colocando ao seu lado adversário de Lula, como é o caso de Caiado, nessa guerra política, prometendo-lhe apoio financeiro, que pode se materializar na próxima campanha eleitoral, é fato novo, politicamente, explosivo.

Israel, braço direito dos Estados Unidos, para ampliar influência geopolítica e econômico-financeira americana, no mundo, entra em cena como protagonista político no Brasil, desde já, para criar ambiente de polarização contra o PT x bolsonarismo fascista, apoiado por governadores conservadores de direita e ultradireita.

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O agronegócio, que Lula tenta atrair por meio de manobras econômicas, envolvendo compras de biodiesel pela Petrobras, pode apoiar Caiado como contraponto de pressão política sobre o governo, tendo por trás o apoio de Israel e seu poderoso fator financeiro que move a economia mundial por meio dos fundos internacionais de investimentos.

Ao lado de Israel e, por tabela, dos candidatos adversários de Lula, em 2026, estará, certamente, a mídia conservadora brasileira, especialmente, o tripé midiático Globo-Folha-Estadão, pró-Israel e pró-Washington.

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O poder midiático tupiniquim é ponta de lança para manipulação das informações voltadas à demonstração de que a economia vai bem, mas Lula vai mal, como retrata, hoje, a pesquisa Genial Quaest; contribui para essa manipulação, justamente, a posição lulista antagônica à Israel e, por tabela, aos Estados Unidos, maior esteio do estado judaico sionista. 

CONGRESSO JUDAICO -  No Congresso, o fator Israel dispõe de apoio majoritário da direita e ultradireita que até agora estão inconformadas com Lula por ele não ter feito o que elas recomendaram, ou seja, pedir desculpa a Israel por ter taxado de holocausto o que Netanyahu está fazendo com os palestinos, matando-os de fome como política de guerra, para tomar-lhes o território de Gaza, na base do terrorismo militarista, indisfarçavelmente apoiado por Washington.

Se, por um lado, Lula levanta o ódio sionista contra ele, por outro, não angaria apoio dos Estados Unidos para sua posição contrária ao genocídio, já que Washington, cinicamente, carrega Netanyahu nas costas.

O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco(PSD-MG), que, também, poderá receber apoio de Israel para disputar governo de Minas Gerais, tal como poderá acontecer com Caiado e Freitas, foi o primeiro a defender pedido de retratação de Lula pela crítica que fez a Netanyahu; sequer Lula teve a seu favor, até agora, discurso de apoio do líder do seu partido, na Câmara Alta, senador Jacques Wagner(PT-BA), judeu, que se nega a se expor na discussão sobre o assunto.

Israel vai virando, no desenrolar político de 2024, fator de interferências direta nos assuntos econômicos e políticos brasileiros, para atrapalhar a governabilidade lulista.

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