Haddad diz que governo avalia termos para entrada na OCDE e adia presidência dos BRICS para 2025
Segundo o ministro da Fazenda, “não existe impedimento que o Brasil pleiteie uma adesão em conformidade com seus interesses”
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 com Infomoney - O Brasil vai retomar avaliações sobre a possibilidade de integrar a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira (18), durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Segundo Haddad, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda estudará os termos de eventual adesão e podem ser apresentadas condicionantes para avanços no processo. O ingresso ao grupo, solicitado em 2017 por Michel Temer, era uma das prioridades no campo da política internacional da administração anterior, de Jair Bolsonaro.
“Temos um grupo de trabalho que vai apresentar os termos de uma eventual participação, para que a Fazenda possa subsidiar o presidente na decisão que ele (Lula) tomar”, disse. “Não existe nenhum impedimento que o Brasil pleiteie uma adesão em conformidade com seus interesses, não há uma rigidez que é tudo ou nada. Há espaço para discussão”.
O ministro disse que o Brasil “já participa muito da OCDE” e mencionou os esforços de integração de sua gestão à frende da pasta da Educação nos dois mandatos anteriores de Lula, como através da participação do Pisa – exame que avalia o nível de ensino em diversos países.
Segundo Haddad, os próximos passos da aproximação deverão ser avaliados pelo presidente e pelo Itamaraty, pasta sob o comando do chanceler Mauro Vieira. O ministro teve um encontro bilateral mais cedo com o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, e destacou que o governo brasileiro buscará uma reaproximação de seus parceiros e de blocos comerciais.
O movimento coincidirá com o fato de o país ocupar as presidências do G20 em 2024 e dos BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) a partir de 2025. Segundo o ministro, o exercício do comando do grupo emergente foi adiado a pedido do Brasil, para não coincidir com a outra missão.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: