Morrem mais militares em AL do que em SP, diz Assmal

Um levantamento feito pela Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (Assmal) revela que, proporcionalmente, os policiais e bombeiros são mais vítimas da criminalidade do que os integrantes da PM paulista. Somente neste ano cinco militares foram assassinados. Associação cobra ações do governo tucano por conta do crescimento da violência. Comando da PM diz que o momento é de reflexão para que a situação seja contornada.

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Alagoas247 - Com a morte do sargento Luis Borges da Silva, após assalto dentro de um micro-ônibus, subiu para cinco o número de militares que foram assassinados em Alagoas somente este ano. O levantamento foi feito pela Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (Assmal). A entidade encaminhou uma nota à imprensa, nesta sexta-feira (19), em que lamenta a violência contra policiais e bombeiros e cobra mais políticas públicas voltadas ao bem-estar das corporações.

De acordo com os dados obtidos pela associação, foram executados, de janeiro até agora, dois cabos, dois sargentos da Polícia Militar e um integrante do Corpo de Bombeiros.

O primeiro caso, segundo a Assmal, teve como vítima o bombeiro militar Elenilton Tenório de Melo, de 40 anos, encontrado morto, em janeiro, em um canavial que fica no conjunto Village Campestre. O corpo dele foi encontrado por policiais militares em rondas pela região do canavial. O militar foi morto a tiros. O graduado servia à corporação alagoana desde 1994, e pertencia ao quadro especialista músico, exercendo a função de corneteiro do Quartel do Comando Geral do CBMAL.

Já o sargento Manoel Alves Ferreira Júnior, que era lotado no 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM), foi morto em fevereiro após ficar internado alguns dias quando foi baleado dentro de um bar, durante uma discussão com um suposto colega de farda. Ele foi atingido por quatro tiros na região do abdome e perna. O caso aconteceu em Santana do Mundaú. O principal suspeito dos disparos seria o sargento da reserva remunerada da Polícia Militar de Alagoas, Diogenes Batista de Lima.

Em 16 de março, o cabo da PM Carlos Pereira de Barros, de 50 anos, foi assassinado e, de acordo com a investigação, pai e filho teriam assassinado o militar. O crime aconteceu numa praça do complexo Benedito Bentes, em Maceió. O militar assassinado era lotado no Batalhão de Polícia de Radiopatrulha (BPRp), mas estava à disposição do CPC, onde atuava como motorista.

No dia 5 de junho, o cabo PM José Wellington da Silva foi executado, durante viagem que fazia numa van de transporte alternativo, que fazia a linha Maceió-Arapiraca. Os acusados seriam um homem e uma mulher que anunciaram o assalto quando o veículo passava numa estrada vicinal na Barra de São Miguel.

Já o sargento Borges foi atingido quando voltava para casa após o trabalho em um micro-ônibus de transporte alternativo que fazia a linha Maceió – Massagueira. Outro passageiro ficou ferido com um tiro na coxa. Testemunhas disseram que ele reagiu e atirou contra uma mulher que auxiliava os bandidos. O tiro pegou de raspão na cabeça dela. Um dos bandidos revidou atirando também contra a cabeça do PM. Logo em seguida, ele fugiu juntamente com um dos comparsas.

"Proporcionalmente, em Alagoas, os policiais e bombeiros são mais vítimas da criminalidade do que os integrantes da PM de São Paulo. Não podemos deixar a criminalidade tomar conta de Alagoas. O governo deve ter respeito com os militares e com o povo alagoano, pois a violência continua crescendo. Além da população, precisamos que o Ministério Público, os deputados estaduais e a Justiça também cobrem do Estado providências", afirmou o sargento Teobaldo de Almeida, presidente da Assmal.

 

O subcomandante-geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Mário da Hora, também lamentou novos casos de violência envolvendo militares de Alagoas. “Encaramos de forma extremamente lamentável o que aconteceu com o sargento Borges, assim como com qualquer elemento da sociedade. Entendemos que é um momento para reflexão do que está faltando e o que os entes públicos podem fazer para que essa situação pode ser contornada”, comentou.

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Com Gazetaweb.com

 

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