MP: “ALE é uma casa de tolerância aos crimes”

O procurador-geral de Justiça de Alagoas, Sérgio Jucá, afirmou que a “Assembleia Legislativa é uma casa de tolerância aos crimes, fraudes e improbidades administrativas”. Declaração é referente às denúncias de depósitos extras na conta de funcionários da Casa de Tavares Bastos, reveladas à imprensa pelo deputado João Henrique Caldas e que ganharam repercussão nacional. Jucá revelou, ainda, que o MP tem provas suficientes de que vários parlamentares recebem parte dos salários dos servidores que nomeiam.

O procurador-geral de Justiça de Alagoas, Sérgio Jucá, afirmou que a “Assembleia Legislativa é uma casa de tolerância aos crimes, fraudes e improbidades administrativas”. Declaração é referente às denúncias de depósitos extras na conta de funcionários da Casa de Tavares Bastos, reveladas à imprensa pelo deputado João Henrique Caldas e que ganharam repercussão nacional. Jucá revelou, ainda, que o MP tem provas suficientes de que vários parlamentares recebem parte dos salários dos servidores que nomeiam.
O procurador-geral de Justiça de Alagoas, Sérgio Jucá, afirmou que a “Assembleia Legislativa é uma casa de tolerância aos crimes, fraudes e improbidades administrativas”. Declaração é referente às denúncias de depósitos extras na conta de funcionários da Casa de Tavares Bastos, reveladas à imprensa pelo deputado João Henrique Caldas e que ganharam repercussão nacional. Jucá revelou, ainda, que o MP tem provas suficientes de que vários parlamentares recebem parte dos salários dos servidores que nomeiam. (Foto: Voney Malta)


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Alagoas247 - Entre as inúmeras declarações fortes que deu durante entrevista à Rádio Gazeta, na manhã desta quinta-feira (3), o procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, afirmou que a “Assembleia Legislativa do Estado (ALE) é uma casa de tolerância aos crimes, fraudes e improbidades administrativas”. Ele respondeu a várias perguntas sobre um dos assuntos mais comentados no cenário político local: as denúncias de depósitos extras na conta de funcionários da Casa de Tavares Bastos, reveladas à imprensa pelo deputado João Henrique Caldas e que ganharam repercussão nacional.

Jucá fez questão de enfatizar que o Ministério Público Estadual (MPE) tem provas suficientes para provar que vários parlamentares recebem parte dos salários dos servidores que são nomeados pelos próprios. As provas seriam documentais e testemunhais. Procuradas pelo órgão, pessoas revelaram detalhes de como o procedimento é feito. “Entretanto, essas testemunhas estão sendo preservadas pelo Ministério Público das mãos assassinas”, comentou o procurador-geral de Justiça.

O procurador não revelou quantas pessoas foram ouvidas nas investigações, mas ressaltou que a maioria das testemunhas são servidores da ALE. Segundo Jucá, durante as oitivas foi possível perceber que algumas pessoas foram orientadas a não passar informações. São quinze promotores de Justiça trabalhando nas investigações. Sérgio Jucá disse que não há um prazo definido para encerrar as investigações, que à medida que avança apresenta novos fatos relevantes para o processo.

Para este inquérito, o Ministério Público conta com a parceria de diversos órgãos públicos estaduais e federais além de softwares que auxiliam nas pesquisas dos dados dos servidores da ALE. "Utilizamos de ferramentas tecnológicas para fazer o cruzamento da folha de pagamentos. Encaminhei ofícios à Mesa Diretora requisitando os números exatos de servidores comissionados e efetivos. Queremos descobrir se há enxertos nas folhas de pagamentos".

Ele garantiu que a apuração do MPE é segura, consistente e não está arraigada a prazos para conclusão. Assegura que a investigação deixa o Ministério Público vigilante no sentido de “apurar todos os fatos que chegaram ao conhecimento do órgão para que todos os processos de supostos desvios e outras irregularidades na Assembleia Legislativa tenham o desfecho satisfatório”.

E, para asseverar o que ele classifica ser um compromisso do MPE de checar todas as denúncias, o procurador-geral de Justiça citou como exemplo alguns processos relativos à conhecida Operação Taturana, desencadeada após investigação do órgão e com o suporte da Polícia Federal, que investigou desvio de mais de R$ 300 milhões da Casa de Tavares Bastos. Segundo Jucá, “personalidades, inclusive políticas”, já foram condenadas judicialmente, algumas com o dever de restituir ao erário todo o dinheiro desviado. Outras cinco sentenças devem sair até o final deste ano, como ele garante.

“Lamento muito algumas dessas personalidades ainda não terem sido afastadas do cargo, já que muitos processos estão em grau de recurso e as decisões superiores devem ser respeitadas. Por conta disso, ainda é grande a descrença da população com relação ao Poder Judiciário. A sensação de impunidade, por parte da sociedade, também é absurda. Mas, o povo deve confiar no trabalho do Ministério Público”, destaca Jucá.

Com gazetaweb.com

 

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