Collor: Marina e Serra serão os candidatos

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Alagoas247 – Antes de proferir palestra na II Convenção Alagoana de Contabilidade, o senador Fernando Collor (PTB-AL) concedeu entrevista pela qual falou sobre as eleições presidenciais de 2014. Ao jornalista e blogueiro Roberto Villanova, Collor disse acreditar que Marina Silva será candidata a presidente da República pelo PSB do governador Eduardo Campos, que saíra candidato a vice ou ao senado. Ele também declarou que o senador Aécio Neves não vai concorrer à Presidência da República. Collor também avaliou o quadro político alagoano, falou sobre o PT e candidaturas e acusou o governador Vilela (PSDB) de maquiar as contas para endividar o Estado.

Leia, abaixo, a entrevista do senador ao blogueiro Roberto Villanova e, em seguida, a reportagem sobre a maquiagem feita nas contas do Estado:

Collor denuncia maquiagem nas contas do estado e fala sobre 2014 - Roberto Villanova

O senador Fernando Collor advertiu sobre os riscos do uso da “maquiagem financeira” nas contas do Estado, e que é feita para se tentar enganar os bancos.

- O governador pediu ao secretário da Fazenda que maquiasse os números e o secretário maquiou, mas o banco descobriu a maquiagem e negou o empréstimo. Aí, sabe o que o governador fez? Entrou na Justiça e obteve uma liminar para conseguir o empréstimo.

- E se a liminar for cassada?

- Pois é. O governador disse que o Ronaldo (Lessa) deixou um rombo de 500 milhões de reais, mas sabe qual é o rombo que o governo Téo já promoveu até agora? Só para você ter ideia em dezembro deste ano o rombo do governo Téo chegará a 4 bilhões de reais com esse empréstimo obtido mediante liminar. É impagável!

- O próximo governador, então, vai receber uma herança maldita?

- Sem dúvida. O próximo governador vai administrar uma massa falida. Como o Estado não pode falir será preciso muito trabalho, muito esforço e muito conhecimento em Brasília para amenizar a crise.

- E o governo federal não tem ajudado?

- É incrível! O governador é do PSDB, mas eu nunca vi o governo federal, que é do PT, mandar tanto dinheiro. É muito dinheiro que tem vindo, e o pior é que o Estado acaba perdendo parte desse dinheiro por falta de projeto, por incompetência e por irresponsabilidade.

- Como o senhor vê o quadro eleitoral em 2014?

- Em nível nacional, a ex-senadora Marina Silva será candidata a presidente da República pelo PSB…

- E o governador Eduardo Campos?

- Pode ser o vice ou disputar a vaga no Senado. Mas a candidata a presidente é a Marina. Do mesmo modo, o senador Aécio Neves não será candidato; o candidato a presidente pelo PSDB será o José Serra.

- E em Alagoas?

- Em Alagoas, para o governo do Estado, é o Renan, mas o Renan pode lançar o Renanzinho e aí terá de haver outra definição em torno do nome do Renanzinho. Tem ainda o Benedito de Lira, que é candidato, eu mesmo já perguntei a ele várias vezes e na última vez ele não entendeu bem o que eu perguntei e reagiu como quem diz assim: eu não já disse que era candidato! Então, temos aí o Benedito de Lira, o Renan e o Nonô.

- E o PT como fica nessa composição.

- O PT fará eleição este ano para o diretório e tudo indica que o Paulão ( deputado federal ) será eleito presidente. Mas o PT não vai se coligar com o PMDB. Acho até que o PT poderá também lançar candidato próprio ao governo, em Alagoas.

- E a economia? Qual a previsão que o senhor faz para a economia alagoana?

- Infelizmente vamos enfrentar um período muito duro. O setor sucro-alcooleiro está passando por uma crise sem precedente e essa crise é causada por fatores como a queda da produtividade, o esgotamento das áreas de plantio fora das encosta, a falta de investimento e a corrida por novas áreas planas no Centro-Oeste. Quando a lei que proíbe as queimadas de canaviais entrar em vigor, aí os problemas vão se agravar. Usinas tradicionais que  chegavam a moer 1 milhão de toneladas de cana viram a produção cair para 600 mil toneladas

Collor acusa Vilela de maquiar contas para endividar o Estado

Segundo o senador governo forja números para driblar Lei de Responsabilidade Fiscal

O senador Fernando Collor acusou o governador Teotonio Vilela de maquiar os números das contas do governo para endividar ainda mais o Estado, com novos empréstimos, driblando, dessa forma, os limites da Lei e Responsabilidade Fiscal (LRF). Ele conversou com a imprensa depois de participar, como conferencista, da solenidade de abertura da II Convenção Alagoana de Contabilidade, na noite desta quinta-feira, no Hotel Jatiúca.

Segundo Collor, o governo vem se endividando com base em liminares da Justiça, embasadas em informações falsas repassadas pela administração estadual. “Basta uma olhada mais cuidadosa. Se entrar com afinco nessa questão, vai verificar que a Lei de Responsabilidade Fiscal vem sendo infringida pelo governo de Alagoas. Os relatórios estão sendo maquiados. Isso é muito grave. Os dados estão sendo manipulados para que o Estado continue aumentando sua dívida, contraindo novos empréstimos, além da sua real capacidade”, denunciou o senador.

De acordo com ele, em sete anos – desde que assumiu - Vilela já aumentou a dívida do Estado em cerca de 800% - saindo dos R$ 500 milhões encontrados, para cerca de R$ 4 bilhões, atualmente.

Collor disse ainda que é preciso investigar o destino dos recursos que chegam a Alagoas, seja por via de empréstimos; seja por meio de liberações do governo federal. “Alagoas é o Estado da Federação que recebe o maior volume de recursos federais – per capita – em programas sociais como o Brasil Mais Seguro. No entanto, enquanto os outros estados conseguiram reduzir os índices de violência, em Alagoas eles só aumentam. O governador tem que acordar e assumir o comando essa situação”, disse ele.

A Convenção

Em sua palestra, na II Convenção Alagoana de Contabilidade, Collor falou para um auditório lotado – com cerca de 500 pessoas – sobre importância cada vez mais imprescindível do profissional de contabilidade na economia brasileira. E começou anunciando boas novas: Um projeto de lei de sua autoria (PL 424/2013), apresentado esta semana, no Senado, regulamentando um artigo da Lei de Responsabilidade Fiscal, que cria o Conselho de Gestão Fiscal, e garantindo à categoria dos contadores participação na indicação de representante nesse Conselho, junto com os profissionais de Economia e Administração.

“Este é o nosso reconhecimento ao valor e à importância daqueles que se dedicam à ciência da contabilidade. É a nossa homenagem a essa importante categoria profissional, neste, que é considerado o Ano da Contabilidade”, destacou o senador.

Segundo o presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Alagoas, Carlos Henrique do Nascimento, atualmente existem, em Alagoas, cerca de quatro mil contadores registrados. No Brasil são aproximadamente 500 mil profissionais.

O evento,que acontece no Hotel Jatiúca, prossegue até o próximo sábado, com uma série de palestras voltadas para a atualização e valorização profissional dos contadores e da Contabilidade.

Com assessoria

 

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