MPEduc encontra irregularidades na merenda

O projeto Ministério Público Pela Educação (MPEduc), uma ação em defesa da educação feita por membros do Ministério Público Federal e estaduais, desembarcou no município de Cajueiro. Sete escolas foram visitadas. Todas apresentaram irregularidades como, merenda fora do prazo de validade, problemas estruturais e telha de material cancerígeno

O projeto Ministério Público Pela Educação (MPEduc), uma ação em defesa da educação feita por membros do Ministério Público Federal e estaduais, desembarcou no município de Cajueiro. Sete escolas foram visitadas. Todas apresentaram irregularidades como, merenda fora do prazo de validade, problemas estruturais e telha de material cancerígeno
O projeto Ministério Público Pela Educação (MPEduc), uma ação em defesa da educação feita por membros do Ministério Público Federal e estaduais, desembarcou no município de Cajueiro. Sete escolas foram visitadas. Todas apresentaram irregularidades como, merenda fora do prazo de validade, problemas estruturais e telha de material cancerígeno (Foto: Voney Malta)


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Alagoas247 - O município de Cajueiro, distante 70 quilômetros de Maceió, recebeu, nessa segunda-feira (12), a visita do projeto Ministério Público Pela Educação (MPEduc). Ao longo do dia, sete escolas públicas municipais e estaduais foram inspecionadas. E todas elas apresentaram algum tipo de inadequação, como merenda fora do prazo de validade e problemas estruturais, como corredores improvisados como sala de aula, além de banheiros inadequados. Numa das unidades de ensino, por exemplo, a telha é de amianto, material cancerígeno.

Os trabalhos foram conduzidos pela procuradora da República Raquel Teixeira e pelo promotor de Justiça Anderson Almeida. As situações mais graves foram verificadas nas escolas municipais Antônio Soriano Palmery Melo e José Febrônio Costa, de educação básica. Na primeira, a visita do MPEduc, que ocorreu num período chuvoso, constatou a evidente carência estrutural, com os estudantes se espremendo em salas improvisadas em corredores sem janelas e, portanto, sem nenhuma condição adequada para o aprendizado.

A mesma situação foi verificada na escola Febrônio Costa - que ofertava, no dia da inspeção, apenas suco e bolachas como merenda -, onde as crianças sofrem com o calor excessivo, fruto da ventilação inadequada. Já na escola municipal Manoel Toledo, a estrutura física é menos grave em comparação ao observado nas duas últimas, mas as salas são cobertas por telhas de amianto, material cancerígeno e que também tende a favorecer o calor.

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Salas de informática funcionando inadequadamente, além de bibliotecas que mais parecem depósitos e banheiros sem condições de uso, foram outras irregularidades detectadas na inspeção fotográfica do MPEduc em Cajueiro. Há ainda ausência de cardápio nutricional adequado, além de produtos com prazo de validade expirado.

Todas as deficiências serão apresentadas à sociedade numa audiência pública cuja data será divulgada em breve. Nela, os gestores públicos serão convocados para tomar ciência do projeto, bem como das medidas necessárias para a solução dos problemas descritos.

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De acordo com a procuradora da República Raquel Teixeira, algumas medidas são de fácil solução e deverão ser resolvidas imediatamente. "O intuito do projeto não é buscar culpados, nem punição, nesse primeiro momento, mas estabelecer parcerias para a solução dos problemas de forma rápida e eficaz, de forma que o estudante, que é o principal beneficiário do projeto, seja atendido com condições dignas para o aprendizado", afirma a procuradora.

"Nosso objetivo é melhorar os índices da educação nesses municípios. Mas não faremos isso sozinhos. Por isso, é fundamental a participação dos professores, diretores e pais de alunos. Ou seja, toda a comunidade escolar precisa estar envolvida", ressalta Raquel Teixeira.

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Durante a visita, no entanto, também foram verificadas escolas com boa estrutura física de funcionamento, como na Escola Municipal Eustáquio Toledo Machado, na zona rural de Cajueiro, onde a implantação de uma horta chamou a atenção da equipe do MPEduc.

O projeto

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O MPEduc é um projeto nacional que teve início em agosto de 2013 e vem sendo executado em caráter prioritário pelo Ministério Público Federal e Ministérios Públicos Estaduais. Em Alagoas, o projeto já está sendo executado em oito municípios: Cacimbinhas, Cajueiro, Joaquim Gomes, São Luís do Quitunde, Monteirópolis, Maragogi, Novo Lino e Santana do Mundaú, que foi escolhido para o projeto piloto no estado.

Em comum, os municípios têm baixa classificação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), além de baixo índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

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Com gazetaweb.com

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