Alagoas: 62% das cidades estão virando deserto
Pesquisa elaborada pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) constatou que 62% dos municípios alagoanos passam por processo de desertificação; em algumas áreas identificadas pelos pesquisadores, localizadas no Sertão, o processo já e irreversível; situação pode ser encontrada em uma região de limites entre Santana do Ipanema, Olho d'Água das Flores e Olivença, onde, com ou sem chuva, o solo permanece do mesmo jeito, sem resposta da vegetação
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Alagoas 247 - Pesquisa elaborada pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) constatou que 62% dos municípios alagoanos passam por processo de desertificação. Em algumas áreas identificadas pelos pesquisadores, localizadas no Sertão, o processo já e irreversível.
Essa situação pode ser encontrada em uma região de limites entre Santana do Ipanema, Olho d'Água das Flores e Olivença, onde, com ou sem chuva, o solo permanece do mesmo jeito, sem resposta da vegetação.
Série Expedição Alagoas, produzida pelo UOL fez viagem até Olivença com o pesquisador Anselmo Santos, integrante do Lapis. Segundo ele no monitoramento por satélite fica evidente que as áreas onde o solo e a vegetação não respondem mais às chuvas estão mais extensas.
"Se sem água já é ruim para o sertanejo, que sobrevive da agricultura de subsistência, imagina vivendo em um lugar que além de seco é tem um solo infértil".
O pesquisador aponta que a degradação vem do desmatamento indiscriminado para abrir espaço para agricultura e pecuária, além da retirada de lenha. Com isso fica evidente que o processo de degradação ambiental é grave e continua aumentando.
Se nenhuma medida efetiva for tomada, diz Anselmo, as pessoas dos municípios atingidos pela desertificação vão migrar para grandes centros, gerando outros problemas sociais.
"É complicado pensar em uma solução para um problema tão complexo, mas, a criação de subestações nas proximidades do Canal do Sertão poderia tratar e distribuir a água para resolver ao menos o problema da falta de água potável para o povo sertanejo".
O agricultor Erlam Pereira, 22, resume sua opinião sobre a desertificação na região. "A cada ano que passa desmatam mais ainda. A mata virgem que tinha antes não existe mais Eu acho que no futuro isso aqui vai virar é um deserto mesmo".
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