Collor desafia Vilela a pacificar Alagoas e diz que governador é “omisso”

 Em entrevista publicada neste domingo (07-4) no jornal impresso Tribuna Independente – de propriedade da Cooperativa dos Jornalistas e Gráficos do estado de Alagoas -, o senador Fernando Collor (PTB) declarou que o Estado parou no tempo. Ele também desafia o governador Vilela (PSDB) a pacificar Alagoas e o chama de omisso pela demora em agir diante da seca que atinge o Estado. Candidato à reeleição, embora alguns aliados defendam que concorra ao governo, às ações de Collor deixam claro que o palanque que está construindo é o mesmo da base aliada da presidente Dilma Rousseff, em contraponto ao do governador tucano.

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Alagoas247 – Em algumas bancas o jornal Tribuna Independente simplesmente desapareceu, na manhã do domingo, porque todos foram vendidos. No alto da página, lá estava o desafio do senador Fernando Collor (PTB) ao governador Vilela (PSDB). É possível que os dois se enfrentem nas eleições do ano que vem na disputa pela única vaga ao senado. 

 Leia, abaixo, a entrevista:

 

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Tribuna Independente – Qual a avaliação que o senhor faz da situação do Estado de Alagoas, especialmente após sete anos de gestão do governador Teotônio Vilela Filho?

Fernando Collor – Minha análise é profundamente crítica. É como se Alagoas tivesse parado no tempo nesse período. A gestão é pífia e os alagoanos que mais precisam da mão solidária do governo do Estado sofrem com o imobilismo que contaminou áreas essenciais como a Saúde, a Educação e a Segurança Pública.

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T.I. – O senhor não vem sendo muito severo nas críticas?

Fernando Collor – Costumo me opor a quem assumiu responsabilidades públicas e não cumpre com o seu dever. Esta, aliás, é uma postura legítima e democrática de quem não concorda com esse marasmo governamental que tanto prejudica a sociedade alagoana.

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T.I – O senhor poderia ser mais preciso?

Fernando Collor – Houve perda de ano letivo na rede estadual, o serviço de saúde ofertado entrou em colapso e o HGE (Hospital geral do Estado) é um hospital de guerra que vive na penúria, na UTI, sem direito a respirador artificial. E o governador não dialoga com os médicos nem busca pacificar essa relação com os servidores. Quanta à violência, esta tomou conta da capital e do interior: os homicídios aumentam e o Estado não faz a sua parte do Plano Brasil Mais Seguro, porque faltam policiais nas ruas. No socorro aos sertanejos, o governador, em seus costumeiros passos de tartaruga, passou sete meses com R$ milhões em conta, sem repassar aos municípios em estado de emergência. É muito descaso que gera indignação. A cobrança tem que ser feita e a crítica deve ser exercitada para o bem de todos.

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T.I – Sobre a seca, o governador Teotônio Vilela reagiu transferindo a sede do Governo para o sertão. Ele ainda desafiou o senhor para uma comparação entre seus feitos e os dele. O senhor topa?

Fernando Collor – Transferiu depois de muita cobrança e, mesmo assim, passou seis anos sem tomar atitude semelhante. Sobre o desafio, é até hilariante. O governador quer comparar as minhas ações governamentais de 1987 com o atual trabalho do governo federal em Alagoas? Sim, porque as obras que acontecem aqui são resultados de dinheiro mandado de Brasília por Lula e Dilma. A marca que o tucano vai deixar é a de campeão de endividamento. Os empréstimos são gigantescos e os benefícios não são visíveis à sociedade. Falta transparência nessa prestação de contas. Eu é que desafio o governador a pacificar o Estado, a chamar as categorias ao diálogo, a resolver o problema dos médicos, a dar celeridade na emissão de óbitos de 180 pessoas que foram sepultadas nessa situação, a dignificar o ensino estadual e a colocar mais policiais nas ruas para garantir segurança aos alagoanos.

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T.I – O senhor é acusado de antecipar a agenda eleitoral. O senhor está em campanha?

Fernando Collor – Na verdade estou em pleno exercício do meu mandato de senador. Tenho trabalhado para ajudar o Estado. Apresentei emendas ao orçamento da União destinando recursos para cerca de 60 municípios, dos quais 40 cidades já se beneficiaram o u e beneficiam de obras decorrentes desses recursos. Na primeira oportunidade, sugeri ao então presidente Lula que incluísse o canal do sertão no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento, do governo Federal), o que acelerou a obra. Tenho me colocado à disposição dos prefeitos para ajudar, como puder, em Brasília. Assim também vem ocorrendo na questão do desenvolvimento e na geração de empregos, quando participei de reunião, ao lado de outros colegas de bancada, com a ministra do Meio-Ambiente, a fim de acelerar o processo de viabilização do estaleiro Eisa. Agora, de novo na presidência da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, tenho me dedicado a contribuir na aceleração das principais obras estruturantes do Brasil e do Nordeste e trabalhando para a retomada das obras da BR 101 que, aliás, também estão sendo realizadas com recurso do governo federal. Muito me honra, inclusive, a recente manifestação da presidenta Dilma de reconhecimento desse meu trabalho parlamentar.

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