Não há nada decidido

A sorte da candidata é a falta de adversários de peso capazes de preencher o vazio das tendências eleitorais. Pelo menos até agora



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Não adianta o Lula repetir pela milésima vez que não disputará a presidência da República em outubro, pois sua candidata é Dilma Rousseff. O problema é que pelo menos a metade das bancadas e dos dirigentes do PT continuam alimentando as especulações sobre a substituição da sucessora pelo antecessor como penhor da vitória certa e garantida. Sustentam que se a presidente continuar caindo nas pesquisas e a economia continuar apresentando resultados pífios, a mudança de candidatos será inexorável.

Junte-se a esse coro de companheiros a posição ostensiva adotada por parte do empresariado e se terá a receita de nada estar decidido pelo menos até julho. De preferência, depois da copa do mundo, com destaque para o resultado do evento esportivo. Caso a seleção brasileira conquiste a taça, haverá euforia ampla, geral e irrestrita, com reflexos positivos na campanha de Dilma. Na hipótese inversa, não serão poucos a atribuir a ela a derrota.

Duas paralelas se cruzam nesse quadro ainda indefinido, mesmo contrariando as leis da física. Os companheiros temem perder o poder, onde se aboletaram há dez anos, com sensíveis vantagens para o todo e as partes. O PT não se imagina indo para a oposição, obrigado a exigir a formação de CPIs, a denunciar mal-feitos de um pretenso governo tucano e a voltar a criticar privatizações que praticou desde a posse do Lula. Gostariam os petistas de permanecer ocupando postos e funções de toda ordem, transitando pelos ministérios e auferindo vantagens que todo governo distribui para seus apaniguados e acólitos.

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Já a parte do empresariado que critica a ação de Dilma está de olhos nos tempos felizes do Lula, quando as dificuldades eram superadas por favores e benesses do palácio do Planalto. Ressentem-se todos do período em que bastava pedir para receber.

Em suma, se a curva da popularidade da presidente continuar em curva descendente, a troca acontecerá, tanto faz o pretexto que venha a ser apresentado, desde uma suposta doença dela até um gesto de submissão há muito reconhecido por todos.

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A sorte da candidata é a falta de adversários de peso capazes de preencher o vazio das tendências eleitorais. Pelo menos até agora.

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