Mais do que Eduardo, menos que em 2010

Candidata, Marina dificilmente será vitoriosa, mas deve confirmar Aécio no segundo turno



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A morte trágica e precoce de Eduardo Campos reabriu a temporada de especulações e apostas sobre a sucessão presidencial. Uma delas, a de que Aécio Neves será atropelado pela provável candidata Marina Silva, deixando o PSDB de fora do segundo turno. Outra, a de que até a presidenta Dilma correria o risco de não participar da etapa decisiva da disputa.

A essa altura, enquanto ainda se chora a morte do líder do PSB, e não se sabe nem se Marina será mesmo candidata, toda e qualquer previsão pertence ao mundo da "chutometria". Mas, aos analistas políticos, não cabe escolha e é inevitável tentar antecipar cenários.

Primeira questão: Marina será ou não candidata pelo PSB? Tudo indica que sim, a menos que ela própria não queira. Mesmo com todas as dificuldades de convivência entre membros da Rede e do PSB, que alternativa resta ao partido que foi comandado por Campos? Se desistir da disputa, transmitirá ao público a imagem de que se deixou cooptar pelo PT – o que seria o caminho para a ruína. Lançando candidato, não há nome de peso disponível na legenda, a não ser Marina. O que havia, Ciro Gomes, se bandeou para o Pros, em protesto contra a candidatura de Eduardo.

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A segunda questão é: que força terá a candidatura da ex-senadora? Menor do que se imagina. Apesar de candidata, ela provavelmente será sabotada por alas do PSB mais próximas ao PT ou ao PSDB. Governadores, como Renato Casagrande, do Espírito Santo, e Camilo Capiberibe, do Amapá, preferem Dilma Rousseff. O principal prefeito socialista, Marcio Lacerda, de Belo Horizonte, é aecista.

Isso significa que Marina terá força eleitoral, mas pouca capacidade de articulação política. O mais provável é que tenha mais votos do que Eduardo Campos, que havia estacionado nos 10% nas pesquisas, e menos do que os 19,6 milhões (19,33% dos válidos) obtidos por ela em 2010. Ou seja, algo no meio do caminho, que talvez seja o bastante para garantir a presença de Aécio no segundo turno.

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A aposta numa avalanche de votos em Marina, que terá pouquíssimo tempo de televisão, parece precipitada. Apesar da comoção, Campos ainda era desconhecido de 40% dos brasileiros. E tanto PT quanto PSDB têm eleitores cativos. Não será dessa vez que a polarização será quebrada.

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