Eliana e Barbosa surgem da "carência" de líderes

Afirmativa consta de auto avaliação da ministra do STJ sobre o assédio de partidos da oposição e "do povo" para que ela seja candidata ao Governo da Bahia em 2014; “O nome do ministro Joaquim Barbosa (para presidente da República) e o meu surgem porque nós dizemos o que pensamos e isso está ficando raro no Brasil. Nós fazemos e dizemos e isto se chama ética"; Eliana Calmon, contudo, garante que não disputará o cargo e que seguirá seu "compromisso com a magistratura" até sua aposentadoria, em setembro do ano que vem

Eliana e Barbosa surgem da "carência" de líderes
Eliana e Barbosa surgem da "carência" de líderes


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Bahia 247

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon negou com veemência sua candidatura ao Governo da Bahia em 2014 e disse em entrevista à rádio CBN Salvador que os nomes dela e do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, são cotados para as eleições (Barbosa para presidente da República) por que o Brasil está "carente" de lideranças.

A ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também voltou a tecer duras críticas ao Tribunal da Bahia (TJ-BA) e chegou a aconselhar que a corte "feche as portas". Abaixo os principais textos da entrevista.

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Assédio

Esse afã de querer candidatar pessoas que tenham comportamento republicano é [devido] a falta de nomes na política. O nome do ministro Joaquim Barbosa e o meu surgem porque nós dizemos o que pensamos e isso está ficando raro no Brasil. Nós fazemos e dizemos e isto se chama ética. Qual foi o meu grande feito? Foi ser corregedora atuante. Tradicionalmente o corregedor é para não fazer nada e quando faz atrapalha. A prova disso é que quando eu comecei a atuar eu comecei a incomodar. O que eu digo não é mentira. Faz a diferença quem toma conta das suas competências. É uma sociedade muito carente de nomes e aí é que eu fico preocupada porque há uma interpretação de que todo mundo que faz isso pode ir para a vida política. Não, para ir para a vida política precisa ter vocação. Precisa saber ser político. Eu sou magistrada por vocação, me preparei a vida inteira. Tenho 34 anos nisso e conheço a vida política do Judiciário. Será que eu seria eficiente da mesma forma sendo governadora? Não sei responder.

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"Fechar" o Tribunal de Justiça da Bahia

Como instituição é preciso que haja uma melhora no Tribunal de Justiça da Bahia. Tem muita gente boa, muito desembargador corretíssimo que quer puxar para frente, mas tem grandes dificuldades, junto com o Tribunal de Justiça do Paraná, porque não aceitam orientações do Conselho Nacional de Justiça e continuam nessa inação. Qual é a resposta que se dá a qualquer pergunta? Não tem dinheiro, não tem recurso. E é assim. Os poucos servidores que tem não são qualificados, é uma situação caótica nos dois estados. Privatizamos os cartórios e não se fez concurso até hoje. A privatização tem dois anos e quando nós perguntamos eles respondem: porque não tem dinheiro. Não pode [ser assim]. Qualquer jeito precisa dar. Se o presidente do Tribunal de Justiça não tem como resolver os problemas feche o Tribunal e entregue a chave a quem possa resolver. Agora não é possível que não funcione".

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Falta de posicionamento do TJ-BA sobre crise

O Poder Judiciário não fala, se cala, se omite e não dá resposta para que não haja interlocução. É ainda o sistema de que 'eu sou poder e presto a jurisdição que eu quiser e que eu posso prestar. Não tenho que dar satisfação nem ao CNJ e muito menos a uma ex-corregedora'. A segunda posição é que nas minhas críticas eu não direcionei contra ninguém. Nem posicionei coisas que sejam pontuais e que possam levar a identificar que tenham sido praticadas por alguém. Vários processos estão tramitando contra dirigentes dos Tribunais de Justiça, mas sobre esses eu me omiti. O que eu falei foi sobre política de administração e essas são irrespondíveis.

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