Geddel vê aliança incerta: "Tudo pode acontecer"

Vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa e 1º secretário do PMDB, Geddel Vieira Lima continua sem levar em consideração a convenção do seu partido neste ano, na qual a presidente Dilma Rousseff disse que estava selada a aliança para 2014; "Existem muitas insatisfações em função das realidades estaduais, que são muito fortes. Há, efetivamente, uma insatisfação grande na relação PT-PMDB e que tudo pode acontecer"; leia entrevista

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Bahia 247

O vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa e 1º secretário do PMDB, Geddel Vieira Lima, continua a expor a situação delicada entre seu partido e o PT em vários estados para a eleição de 2014 e deixa claro que apesar do discurso da presidente Dilma Rousseff e do vice, Michel Temer, de que a aliança está sacramentada, o caminho ainda é árduo e pode ter desvios até lá.

Em entrevista ao Valor, o ex-ministro ressaltou que alguns dos principais delegados do PMDB que decidirão o rumo do partido na convenção de 2014 são de estados onde a aliança com o PT já está rompida ou, no mínimo, abalada.

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"Não dá para subestimar os conflitos entre o PT e o PMDB nos estados. O quadro está confuso em função das disputas regionais". Os estados resistentes ao apoio são os que mais têm delegados com direito a voto na convenção e são eles Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Pernambuco, além da Bahia, onde Geddel disputará o governo contra um candidato do PT de Jaques Wagner.

E o peemedebista renovou as críticas e voltou a falar das dificuldades de unidade entre PT e PMDB em entrevista a jornal Tribuna da Bahia publicada nesta segunda-feira. "Existem muitas insatisfações em função das realidades estaduais, que são muito fortes. Há, efetivamente, uma insatisfação grande na relação PT-PMDB e que tudo pode acontecer".

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Abaixo trechos de destaque e aqui a entrevista completa no site da Tribuna.

Tribuna – O PMDB nacional já sinalizou insatisfação com o Planalto. Inclusive você admitiu a possibilidade de estarem em campos opostos em 2014. O cenário mais próximo já deu um rompimento, uma deliberação das alianças?

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Geddel – Olha, esse quadro está muito confuso dentro do PMDB. Existem muitas insatisfações em função das realidades estaduais, que são muito fortes. Você não tem partidos nacionais verticalizados, sobretudo, com essa confusão da política, onde caíram muros ideológicos. Quem é contra uma eleição termina aderindo logo depois. Uma triste mistura. Sou contra essa posição, prefiro maior nitidez. Acho que o momento de fazer rearranjos não é logo depois da eleição, é quando vai haver eleição, para que a sociedade possa julgar seus argumentos e aceitar ou não eventuais mudanças. Mudar-se logo depois das eleições, quando você defendeu no palanque uma postura, na minha ótica é oportunismo e é rejeitado pela opinião pública. Digo-lhe isso para dizer que há, efetivamente, uma insatisfação grande na relação PT-PMDB e que tudo pode acontecer. Vamos ver como isso vai correr daqui para frente e a capacidade que as lideranças possam ter de diálogo, de busca de entendimento, de convergência, e isso será fundamental para saber se vai haver uma manutenção ou não, uma repetição ou não da aliança nacional.

Existe uma possibilidade, uma afinidade de Aécio com Eduardo Campos? É um cenário possível no PMDB nacional?

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Por enquanto o que existem são insatisfações nos estados em função da dificuldade de convergência entre PT e PMDB e das disputas e do convencimento que o PMDB tem, até pela experiência que vivi aqui em 2010 de que essa possibilidade de dois palanques é algo absolutamente inexistente, porque, na hora da bola dividida, fala mais alto a coloração partidária, e você termina tendo um desequilíbrio. Como essas divergências serão tratadas é que vai dizer se elas vão se avolumar ou se reduzir, e que vão ser definidoras na conversão do PMDB 2014. Eu acho que isso hoje está em aberto, inclusive, à eventual liberação de uma participação nacional para que os estados definam suas posições. Eu não tenho dúvida que o quadro hoje ainda é muito confuso.

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