"Rejeição ao Mais Médicos faz parte da democracia"

Em Salvador, onde participa de oficina de capacitação dos municípios baianos para adesão ao programa, o ministro Alexandre Padilha disse que rejeição por parte de profissionais brasileiros é natural e refutou discussão política; "Quando tomamos e decisão de enfrentar esse problema sabíamos que iríamos enfrentar resistências. Por muitos anos se consolidou a ideia de que sobram médicos no país, mas não é verdade e isso precisa ser solucionado"

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Bahia 247

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, minimizou as reações contrárias dos profissionais de da área e de políticos da oposição ao programa Mais Médicos, lançado pela presidente Dilma Rousseff na semana passada para reduzir o déficit de médicos em cidades do interior e em áreas carentes das metrópoles.

Em Salvador nesta sexta-feira, onde participa de oficina de capacitação dos municípios baianos para adesão ao programa, Padilha disse que a rejeição faz parte da democracia e reafirmou que o governo está "focado" em suprir a demanda de médicos nos locais mais afetados.

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"Quando tomamos essa decisão de enfrentar esse problema sabíamos que iríamos enfrentar resistências. Por muitos anos se consolidou a ideia de que sobram médicos no país, mas não é verdade e isso precisa ser solucionado".

Padilha argumentou ainda que nos últimos dez anos mais de 140 mil empregos para médicos foram disponibilizados, mas apenas 90 mil médicos se formaram e que o governo aumentou em 70% o número de equipamentos, 40% em unidades, 17% em leitos e apenas 14% em médicos. "Os que existem são mal distribuídos por diversos motivos como, infraestrutura".

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No próximo dia 25 de julho, termina o prazo para que os representantes estaduais e municipais divulguem a relação de médicos para o programa. Segundo o ministro, caso as inscrições não sejam suficientes para suprir a falta de médicos no Brasil, o governo buscará os profissionais em outros países. Sobre isso, ele justifica que os médicos cubanos entraram à baila porque o Brasil já tem uma relação comercial estabelecida com o país.

"O Ministério da Saúde não tem preconceito com relação a nenhum país. Mas há muitos anos temos parcerias com a saúde de Cuba. Temos 19 produtos que foram desenvolvidos lá, importamos a tecnologia deles, vacinas, remédios. É um país que a saúde pública nos ajudou muito. Se tivermos médicos bem formados em Cuba, com experiência em atendimento em regiões de difícil acesso, nos interessa".

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Em matéria publicada no site Bocão News, o ministro lembrou o salário oferecido no Mais Médicos, de R$ 10 mil mensais. Mas ponderou que, para quem trabalhar em localidades onde o acesso é mais difícil, haverá custo de R$ 20 mil para deslocamento.

E disse que o programa visa não só trazer os médicos, mas expandir os investimentos na área. "Vamos atacar todos os problemas. Os de infraestrutura, formar mais profissionais, dar mais oportunidades para o jovem do interior e da periferia fazer a escola de medicina, mais oportunidade de especialização e se faltarem médicos, vamos trazer do exterior".

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