Presidente do PC do B: Não há apoio automático ao PT

Há quem diga até que o PCdoB esteja sofrendo de 'crise de identidade', mas o presidente do partido, Renato Rabelo, descarta a tese de alinhamento automático com o PT em 2014; "Por parte do PCdoB, nunca houve apoio automático a nenhum partido"; líder comunista faz análise também das manifestações populares e avalia que a insatisfação expressa nas ruas "com certeza" terá reflexo negativo para a presidente Dilma Rousseff nas eleições; "Antes a Dilma era favorita e tinha liderança em todos os cenários. Agora há muita indefinição"

Presidente do PC do B: Não há apoio automático ao PT
Presidente do PC do B: Não há apoio automático ao PT


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Bahia 247

Ao que tudo indica, não é só PMDB o com quem a presidente Dilma Rousseff poderá enfrentar dificuldade entre os partidos da base para sua campanha de reeleição. Há quem diga até que o PCdoB está sofrendo de 'crise de identidade', mas o presidente do partido, Renato Rabelo, assim como os peemedebistas 'rebeldes', a exemplo do baiano Geddel Vieira Lima, descarta a tese de alinhamento automático com o PT.

"Por parte do PCdoB, nunca houve apoio automático a nenhum partido", diz o líder comunista em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia. Rabelo faz análise também das manifestações populares que tomaram as ruas no último mês e dos anseios populares expressos através das passeatas e dos atos públicos.

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À frente de movimentos sindicais durante muitos anos, o comunista avalia que o Brasil vive um "novo patamar, uma espécie de revolvimento social importante", ao justificar as reivindicações das ruas. Abaixo a entrevista de Aldo Rabelo à Tribuna.

Presidente, a gente teve recentemente uma onda de protestos em todo o país. Como o senhor vê esse movimento das ruas?

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A gente nunca pode analisar essa questão das manifestações sem situar qual é o contexto. As manifestações estão sempre situadas num tempo e num lugar. Primeiro que eu acho que esses 10 anos de governo Lula e Dilma fizeram transformações no país e o país não é o mesmo de 10 anos atrás. O que eu tenho afirmado é que o Brasil alcançou um novo patamar, houve uma espécie de revolvimento social importante, tudo isso procurou-se analisar, já vinha se analisando antes das manifestações, de que se formou até uma chamada classe média C, produto exatamente de camadas que antes se encontravam na pobreza ou até abaixo da linha da pobreza e conseguiram certa mobilidade social. Além disso, o país também passou a viver em um clima mais democrático e tudo isso contribui para que as pessoas passassem também a se pronunciar. Além disso, a camada média tradicional sentiu o espaço dela invadido. Por exemplo, as universidades. As universidades eram uma reserva de mercado de camadas mais abastadas. Com essas cotas de pessoas que vêm das escolas públicas para essas universidades de ensino, de certa forma encurrala-se essas camadas médias. O que é que eles se queixam? Pagam impostos altos e ainda têm que pagar saúde, educação. Essas coisas se acumularam.

Como dirigente do PCdoB, como vê o repúdio da população aos partidos e aos políticos?

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Esse problema da crise da democracia representativa não é só do Brasil. O mundo ocidental vive numa crise que nós consideramos uma crise na base material dela. Essa crise atual já vai há mais de cinco anos sem perspectiva de saída. A Espanha é uma prova de que as pessoas não acreditam nos partidos, nos políticos, nas instituições. Portugal idem. Grécia idem. Porque ali chegou no nível de uma crise mais radical, mais profunda. Não é só um problema do Brasil. Agora, nós também já estávamos preocupados. Tanto que a gente já lutava por uma reforma política, para tentar compatibilizar essa representação política com os anseios da população. Acho que temos aí dois problemas fundamentais para resolver, que é essa crise da democracia representativa, que é o financiamento de campanha. E eu acho um absurdo o financiamento privado de campanha, aonde as empresas têm um papel maior, então você acaba ficando muito dependente das contribuições das empresas porque as campanhas se tornaram muito caras. E vão se tornar cada vez mais caras. Há uma concorrência de disputa de quem tem mais recursos para fazer campanha. É um contrassenso. Isso leva inclusive a abrir possibilidades como você utilizar o chamado caixa dois, porque é muito recurso que você tem pra uma campanha.

Mas abrir para o capital público não é a garantia de que não vai continuar existindo o caixa dois.

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Mas aí é muito mais difícil. Porque quem recebe o financiamento público são os partidos. É muito mais definido as coisas. Não são os candidatos. Imagina, você ter financiamento público para um número determinado de partidos, que o controle é feito em cima daqueles partidos, e você tem um financiamento privado e essas empresas e o capital privado financiam candidato por candidato. Como é que se vai controlar tudo isso? É muito difícil. Financiamento público não. Em torno de cada partido tem mais, porque o financiamento público é público o valor. Então todo mundo sabe o que cada um vai poder gastar naquele valor. Se começa a ter uma campanha maior do que aquilo, alguma coisa de errado está ali. Aí fica mais explícita, mais transparente.

Acredita que os políticos vão mudar a forma de fazer política?

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Evidente. Isso é óbvio. Porque a política é sempre produto, como eu te disse, historicamente, de uma época e de um tempo determinado. Se você for comparar a política do início do século passado é uma coisa, a política do meio do século passado outra. E hoje completamente diferente. Hoje você tem uma série de fatores objetivos, como o avanço tecnológico e, aliás, essa é uma base material importante, que influi na política e mais ainda hoje. A eletrônica transformou e fez uma revolução nas comunicações. A gente vive uma revolução em tempo muito curto e tudo isso aconteceu. A gente olha para trás, 20 anos atrás, não tinha esse papel que a internet tem hoje. Historicamente, isso é um pulo. Um minuto na história. Um revolvimento enorme. A comunicação influi diretamente na política, de como fazer a política. Então você tem que ter formas diferenciadas porque a política, em última instância, o que é que é: mesmo aqueles que têm interesses próprios e são muito pragmáticos, você tem sempre que levar os interesses populares, os interesses do povo. Não tem jeito. Essa forma de comunicação, essa interação com o povo muda substancialmente conforme o período histórico. Então, é claro que muda a política também.

Acredita que as respostas dadas pelo Planalto foram tímidas?

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Eu acho que foi uma resposta em tempo, e para as condições, porque você tem que dar resposta imediata e algumas respostas de médio e longo prazo. Como resposta imediata, eu acho que ela procurou responder aos anseios. Interpretar os anseios que vieram dessas manifestações. Aliás, ela tem dito isso, ouvir a voz do povo. Num pronunciamento que fez em cadeia nacional, ela disse que o Brasil amanheceu mais forte. Ela procurou exatamente se voltar para compreender o que estava acontecendo e entender quais eram as reivindicações. E aí foi que ela propôs aqueles cinco pactos. Como uma primeira medida, acho que foi uma resposta à altura e rápida. Porque muitas daquelas questões, como saúde, educação e transporte urbano, requer médio e longo prazo. Eu acho que a presidenta vive hoje uma contradição. Ela tem um certo ativismo com referência a um projeto de médio e longo prazo para o Brasil. Qual é a contradição? Mas a conjuntura impede e paga isso. Esse é um problema do Brasil. Nós não temos projetos de médio e longo prazo. E ela tenta isso. Ela busca isso. Mas a conjuntura é muito forte.

Não só a oposição, mas a própria base é contrária ao Planalto, inclusive sobre aspectos da reforma política. Como o senhor vê essa insatisfação?

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Foi uma reforma política para comprovar isso. Se tenta fazer reforma política há quase 30 anos. No âmbito do Congresso não sai. Por quê? Porque todo mundo que é eleito, nas condições atuais, nas condições vigentes, você mudar, ele já acha que aquilo cria uma instabilidade para a reeleição dele. Ele não quer mudar. Há uma tendência de autodefesa daqueles que se elegeram nas condições atuais em não mudar. Exatamente a proposta do plebiscito é a gente sair desse impasse. Já que o povo está se manifestando, já que essa nova situação em que o povo demonstra interesse em falar, em dizer, então convoca o povo para se pronunciar sobre uma questão que se tornou um impasse no âmbito do Congresso Nacional. Daí a razão e a necessidade do plebiscito. Pelo menos consultar o povo em questões fundamentais de uma reforma política que seja mais profunda. Por exemplo, isso que falei, do tipo de financiamento de campanha e do sistema eleitoral, que no Congresso não se resolve isso. Não sai do lugar. Então o povo tem que se pronunciar sobre isso. Essa é uma questão que ocupou o espaço político com essa proposta. Daí a reação da oposição, como também interesses na própria base governamental, que não tem interesse em fazer mudanças no sistema político.

Os protestos já impactaram na imagem da presidente Dilma. Teme que a situação econômica coloque ela numa situação complicada em 2014?

Primeiro, a questão econômica já vinha atravessando dificuldades e, no caso nosso, tem sim um impacto da crise que se prolongou. Naquele primeiro momento, não. Se enfrentou bem em 2008. Mas era o começo da crise. Agora, não. Afetou até a China, que antes não tinha afetado muito. Agora afeta a todos e o Brasil evidentemente. Desde que a presidente Dilma entrou, ela está enfrentando isso. De como buscar alternativas macroeconômicas para enfrentar a crise. Dentro dessa visão de médio e longo prazo, só que houve uma reação e uma resistência muito grande. Ela conseguiu baixar os juros de formas consecutivas durante um ano. Estabilizar mais o câmbio, porque nós vivemos uma realidade no Brasil que é exatamente essa relação terrível entre câmbio e juros, porque o juro é muito alto e o câmbio acaba se valorizando. Isso é um desastre para o país, porque com o juro muito alto, o investimento torna-se limitado, e uma moeda sobrevalorizada desindustrializa o país. Que, aliás, já vinha de um processo de desindustrialização. Então, ela procurou enfrentar esses problemas estruturais. Houve uma resistência grande e já vinham fazendo campanha contra ela.

E o impacto disso sobre a eleição de 2014?

Rabelo – Evidente que tem impacto. O que eu digo é o seguinte: essa nova realidade que acaba levando um agravamento na disputa política, porque se aproxima de 2014, acaba gerando, no plano político, uma instabilidade e não só uma instabilidade, mas uma resultante indefinida, que é 2014. Se você considera, digamos assim, um mês e pouco atrás, tinha sempre instabilidade política, mas tudo é relativo. Mas hoje você tem uma instabilidade política maior e 2014 estava mais ou menos definido, a presidente era candidata favorita. Hoje, 2014 fica numa situação de certa indefinição. Há sim uma mudança no plano político, que é importante. Daí a resposta que a presidenta procura dar diante desses novos acontecimentos. É exatamente uma busca de se sintonizar com essa nova realidade. É assim que eu vejo.

Como o senhor vê a pressão do PMDB em cima da presidente Dilma?

No Brasil nós temos uma particularidade que você elege o presidente ou a presidenta, e esse presidente ou presidenta, o partido dele ou o partido mais bem próximo ou aliado a ele, não tem maioria no Congresso Nacional. Diferente da América Latina, onde o Chávez (Hugo Chávez), só o partido dele, tem maioria na Assembleia. Evo Morales, só o partido dele tem maioria na Assembleia. Mesmo a Cristina (Kirchner), pode estar havendo mudanças na Argentina, mas ela conseguiu ter maioria dos partidos daquelas pessoas ou daqueles partidos mais próximos. No caso do Brasil, não tem. Para você governar, numa realidade como essa, você tem que fazer alianças, senão você não governa.

Qual o cenário que o senhor vê para 2014? Quais candidaturas estarão postas: Marina Silva, Eduardo Campos, Aécio Neves e Dilma?

Não posso lhe dizer com certeza, porque quando eu afirmo que começamos a viver uma realidade política mais instável, de resultante indefinida, eu não posso dizer com segurança quais serão os candidatos em 2014. Evidente que se você analisa a partir de hoje, pode ser. Mas eu não sei. Isso não está definido ainda.

Na eleição passada, o PCdoB ameaçou romper com o PT caso os petistas insistissem na busca pela hegemonia. Como o partido irá se posicionar no próximo pleito nacional?

Evidente que cabe aos partidos buscar a hegemonia. Não somos contra a busca da hegemonia com os partidos. Porque o partido tem um preceito essencial, a busca do poder. Senão não é partido. E a busca do poder requer exatamente, também, a busca ou a consolidação da hegemonia. E numa realidade como essa, como a gente vive, em que você tem que fazer alianças heterogêneas, não é fácil a consolidação da hegemonia. Aí, evidentemente, tem métodos também que o PT usa, que nós podemos até ser crítico a eles. Mas isso é uma questão do PT. Nós não queremos intrometer nessa questão do PT. O mais importante para mim, nós estamos propondo, evidentemente que é uma discussão, um debate, o que nós estamos chamando de um movimento, um bloco de afinidade de esquerda. O que é isso? Nós estamos propondo o seguinte: que esse bloco de afinidade de esquerda deve incluir partidos, setores de partido – porque às vezes você tem setores de partido que não são de esquerda, mas tem setores que podem apoiar uma plataforma de esquerda –, movimentos sociais que possam apoiar uma plataforma de esquerda, lideranças e intelectuais. Eles formariam um movimento com uma plataforma de esquerda candente, atualizada, que é uma tentativa de você formar uma espécie de um movimento de afinidade, para dar uma identidade de esquerda. Então, nós achamos que o momento atual exige isso, para que a gente dê mais consequência às reformas que são necessárias a partir de agora.

Os protestos que tiveram recentemente no Rio de Janeiro atiçaram os militares e foi falado, inclusive, que isso era a direita querendo se movimentar. Como o PCdoB vê isso?

Eu não tenho visto da parte dos militares da ativa nenhum movimento no sentido de se manifestar com referência a esses acontecimentos recentes. Pode existir, sim, militares da reserva, que estão mais disponíveis – o clube militar, que sempre teve um certo papel político e nessas horas sempre se manifesta –, mas a cúpula militar da ativa não. E hoje esses militares da reserva têm um papel político muito reduzido, a influência deles.

Na Bahia, o PT dá sinais de que não vai abrir mão de indicar o sucessor de Jaques Wagner. E o PCdoB vai se colocar no páreo ou o apoio é automático?

Por parte do PCdoB, nunca houve apoio automático a nenhum partido. Nem ao PT, que a gente tem aliança histórica, desde a primeira campanha de Lula. Nunca houve nada automático, porque, para o PCdoB, toda aliança tem que ter sempre uma plataforma e um programa. Por isso que nas campanhas de Lula, nós fomos sempre um partido que contribuiu e teve protagonismo na definição dos programas. Aí sim, nós podemos dizer para os amigos e ao próprio partido qual é a nossa plataforma. Sem isso, a gente fica sem bússola, sem norte.

O PCdoB vai apresentar candidato ao governo na Bahia?

Isso é uma questão que o partido na Bahia vai ter que decidir. Eu acredito que o PCdoB nessa questão sempre leva em conta qual é o acúmulo que ele conseguiu. Nós sempre raciocinamos o processo político como uma acumulação de forças, no caso nosso do PCdoB. Para você ter uma ideia, até praticamente 2004, nós não tínhamos candidatos majoritários. Nós participávamos parcialmente dos pleitos. De 2004 em diante, a gente começou a investir nas eleições majoritárias. Então, estabelecemos um processo de acumulação político-eleitoral. E temos tido êxito. Sobretudo nas eleições municipais, se você quer acumular pela base, as eleições municipais são fundamentais. Ou seja, em 2008 e 2012, nós tivemos muitos candidatos importantes nas capitais e em cidades grandes. Estamos acumulando. Surgindo mais lideranças, inclusive mulheres, que é uma característica do PCdoB, que valoriza muito as mulheres, lideranças jovens, que é outra particularidade do PCdoB. Essa acumulação vem sendo feita. E aqui na Bahia, como todo o país, nós temos que analisar qual é o nosso acúmulo aqui. Esse acúmulo já é possível ter um candidato ao governo da Bahia? O partido, junto com a direção nacional, vai ter que resolver isso.

Não há um apoio automático ao PT baiano?

De jeito nenhum. E acho até o seguinte, que aqui na Bahia, para o governo, não é automático ser candidato do PT. Aqui o governador tem uma aliança grande, uma aliança ampla, e tem muitas lideranças que surgiram como fruto, como produto dessa aliança desse governo Jaques Wagner. Então, por que tem que ser automaticamente um candidato do PT? Até isso o PCdoB pensa que é necessário ver isso também na base do governo.

Até porque existem muitas críticas de que o PCdoB sempre está a reboque dos planos do PT. Como o senhor vê isso?

Não vejo dessa maneira, porque tem lugares e tem momentos em que a gente tem alianças com o PT e às vezes os críticos que ficaram, digamos assim, descontentes com a aliança, que o PCdoB tem sempre aliança automática. Mas não é assim. Nós começamos a disputar com o PT, na medida em que a gente tem candidaturas majoritárias. Vamos pegar o último pleito. Em Contagem, que é uma cidade importante de Minas Gerais, nós elegemos o prefeito Carlin Moura. Com quem a gente disputou no segundo turno? Com o PT. E derrotamos o PT. Evidentemente que o PT disse que a gente foi para a direita. Nada disso. Enfrentamos e derrotamos. Ou seja, no Rio também, você pega Belfort Roxo, que é uma cidade importante, dois turnos, nós derrotamos o PT. Se você for considerar o seguinte, o PCdoB sempre atuou em forma de coabitação dentro da CUT. Mas nós chegamos à conclusão que não dava para coabitar na CUT, a nossa influência sindical foi formar outra central sindical e essa outra central sindical em pouco tempo, cinco anos, já cumpriu todas as exigências do Ministério do Trabalho, é uma central em crescimento e nessa fase, quando a gente decidiu criar uma central, o Lula fez um apelo para que o partido pensasse efetivamente sobre isso, considerando pela boa relação que tem. Mas o partido decidiu em ajudar a formar essa nova central. Se eu for contar episódios um atrás do outro, nós temos muito.

O PCdoB sempre foi um partido de rua, de luta. Como foi ver o repúdio da população?

Eu compreendo da seguinte forma: são setores dessas manifestações, que foram grandes, que chegaram a repudiar o partido. Precisamente, o PCdoB pode ter alguns manifestantes para repudiar o partido. Mas direcionado ao PCdoB, isso não existiu nas manifestações. Porque, por exemplo, muitas dessas manifestações repudiaram também o PSOL. Era partido, repudiou o PSOL. Até PSTU, que não tem nem expressão nas assembleias. Aí vem ao encontro dessa questão que você levantou. Essa crise da democracia representativa, que é um problema mais profundo.

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