Gabrielli tem ajuda da União para mega ponte

O secretário do Planejamento da Bahia (Seplan) conseguiu garantia da União para incluir a construção da Ponte Salvador-Ilha de Itaparica na "lista vip" do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), segundo matéria do Valor Econômico; "É um projeto primordial para o nosso Estado. Estamos trabalhando para licitar a obra já no primeiro trimestre do ano que vem", afirma José Sérgio Gabrielli; ponte baiana será a segunda maior da América Latina e tem previsão de custo em R$ 7,3 bilhões; Gabrielli prevê que a licitação seja lançada no início de 2014 e que as obras tenham início de imediato após o resultado

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Bahia 247

Matéria do jornal Valor Econômico nesta quinta-feira dá destaque ao empreendimento ousado e desafiador do governo da Bahia chamado Ponte Salvador-Ilha de Itaparica, que será a maior da América Latina, com 12 quilômetros de extensão, e inferior apenas à Rio-Niterói, que tem vão de 13 quilômetros.

Segundo o Valor, está em negociação avançada no Ministério do Planejamento um aporte bilionário para ajudar o governo baiano a erguer a ponte e um pacote de obras complementares para que o aparelho se transforme em uma nova rota de acesso ao Estado incluiria mais 150 km de duplicação e construção de rodovias.

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À frente do projeto gigantesco está o secretário do Planejamento do Estado (Seplan) e ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli. Em entrevista ao Valor, ele confirmou as negociações com o governo federal e adiantou que pretende licitar a obra o mais rápido possível.

Na últimas semanas, o governo baiano lançou uma série de editais para contratação de estudos de engenharia, viabilidade econômica e ambiental. Parte das empresas que farão esses estudos já foi contratada. "É um projeto primordial para o nosso Estado. Estamos trabalhando para licitar a obra já no primeiro trimestre do ano que vem", afirma Gabrielli.

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O gigantismo do empreendimento reflete o investimento necessário para tirá-lo do papel. Só a estrutura da ponte está estimada em R$ 5,8 bilhões. Obras complementares de rodovias jogam mais R$ 1,5 bilhão na fatura, o que totaliza R$ 7,3 bilhões.

Para se ter uma ideia do que isso significa, é praticamente todo o orçamento que será usado para a construção dos 1.728 km de extensão da ferrovia Transnordestina, que vai cortar todo o Estado de Pernambuco, chegando ainda ao Piauí e ao Ceará.

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O projeto ousado do Governo da Bahia foi tema de reunião fechada ontem no Ministério do Planejamento. O secretário Sérgio Gabrielli pediu para que o empreendimento seja incluído na carteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O aporte do governo federal colocado na mesa de negociação varia entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões. O ministério deu sinal verde para que a transação avance.

"Nos próximos dias, o governo baiano pretende selar o acordo com o aval do Ministério dos Transportes, em um encontro com o ministro da pasta e ex-governador da Bahia, César Borges. Ao entrar para a lista vip do PAC, a ponte baiana passará a contar com repasses diretos de recursos federais. De quebra, ficará protegida de eventuais contingenciamentos de Orçamento da União, conforme matéria do Valor Econômico", diz a publicação do Valor.

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O aporte do governo federal, segundo Gabrielli, ajuda a viabilizar uma parte do empreendimento. Outra ação prevista é a assinatura de um contrato de concessão à iniciativa privada para operação do trecho, o que significa a cobrança de pedágio na nova travessia.

O plano é concluir toda a obra entre 48 e 60 meses. Em 2019, a ponte Salvador-Itaparica estaria pronta para operar, abrindo uma nova rota de chegada à capital da Bahia, pelo lado sul. Hoje, por conta do contorno obrigatório da Bahia de Todos os Santos, o acesso à Salvador só pode ser feito pelo lado norte, por meio da BR-324.

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Nos cálculos preliminares do governo baiano, há demanda mais do que suficiente para justificar a ligação bilionária entre o continente e a ilha. Hoje, quem segue de Salvador até Itaparica, tem que usar um serviço de ferryboat ou uma lancha. O custo de travessia para cada veículo varia entre R$ 33 e R$ 47. No caso do pedágio estimado para a ponte, o governo sinaliza que a tarifa seria inferior a R$ 10, a preços de hoje.

Para Gabrielli, a Ponte Salvador-Itaparica tem potencial de criar um "novo vetor de crescimento e desenvolvimento socioeconômico", favorecendo a ilha de Itaparica, o sul do Recôncavo e Baixo Sul do Estado. Essa região, diz Gabrielli, ficou esquecida pelo capital privado durante muitos anos e o litoral norte concentrou mais de 90% dos investimentos privados ligados ao turismo.

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A integração de Salvador com a ilha de Itaparica, diz o secretário, vai reduzir em até 200 km o percurso que os veículos fazem hoje na direção Sul-Norte, passando pela Baía de Todos os Santos. Gabrielli diz que os valores da obra passarão por uma revisão. Há uma expectativa de que o custo caia, não se sabe quanto.

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