Médico português leva esperança a comunidade carente em Salvador
"Ele Conversou bastante comigo e isso me fez bem. É, sem dúvida, uma boa pessoa"; disse a dona de casa Maria do Socorro sobre atendimento do português Raul Ramalho; ela lamentou a falta de médicos na Unidade de Saúde da Família de Nova Constituinte; "Só espero que ele não seja vítima da maldição que atinge esse posto. Os médicos daqui ficavam dois meses e iam embora"; mas se depender de dr. Raul, que deixou seu país e sua família para participar do Mais Médicos, a "maldição" terá fim; "Era minha hora de me dedicar a um trabalho como esse, contribuir com meu conhecimento para a melhoria de vida de pessoas necessitadas"
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Bahia 247
Raul Ramalho, primeiro estrangeiro do Mais Médicos a chegar a Salvador há um mês, foi também o primeiro médico a chegar para trabalhar ontem na Unidade de Saúde da Família de Nova Constituinte, área carente do bairro de Periperi, no subúrbio ferroviário de Salvador. Ele chegou às 7h30 desta quarta-feira (25), antes mesmo dos primeiros pacientes.
Tão logo o posto ficou lotado, por volta das 8h30, dr. Raul pôde dar seu diagnóstico sobre a comunidade. "Eles estão carentes de atenção".
A presteza do português foi refletida no atendimento aos pacientes. "Ele é legal, bastante prestativo e inteligente. Conversou bastante comigo e isso me fez bem. É, sem dúvida, uma boa pessoa", disse a dona de casa Maria do Socorro, de 52 anos.
Ela lamentou a constante falta de médicos no posto de saúde. "Só espero que ele não seja vítima da maldição que atinge esse posto. Os médicos daqui ficavam dois meses e iam embora".
Mas dona Maria do Socorro pode ficar esperançosa. Se depender do médico português, que deixou seu país, sua família e sua aposentadoria para participar do programa do governo brasileiro, a "maldição" terá fim.
"Era minha hora de me dedicar a um trabalho como esse, contribuir com o meu conhecimento para a melhoria de vida de pessoas necessitadas", disse o médico em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia.
Essa é sua primeira atuação em comunidades de baixa renda, mas a impressão deixada pelos primeiros pacientes, segundo ele, foi muito boa. "São pessoas humildes e muito simpáticas, mas percebe-se que eles querem ser escutados e eu vou escutá-los".
Segundo o assistente administrativo da unidade de saúde, Alexandre Cunha, em seu segundo dia de trabalho, o médico português vai atender apenas dez pessoas. "É para ele pegar o ritmo", explica Cunha. Ele informa ainda que à medida que o médico for se adaptando o atendimento será regularizado. "O funcionamento do posto é de 8h às 17h e serão atendidos de 20 a 30 pacientes por turno".
Mais um estrangeiro
Falta pouco para os moradores de Nova Constituinte se sentirem assistidos em suas necessidades de saúde. Eles ainda esperam a chegada do segundo médico, o angolano Francisco Pegado, que, segundo a administração da unidade de saúde, deve comparecer nos próximos dias. A unidade passou por uma reforma e foi reinaugurada pela Prefeitura de Salvador na terça-feira (24).
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