Serra: "Estou pronto para ser presidente do Brasil"
Ex-governador continua sendo um fantasma a assombrar os planos do senador mineiro; ele diz que mesmo após Aécio ter "antecipado" a candidatura, o PSDB só baterá o martelo em 2014; "Houve um entendimento de que O PSDB deve se definir, definitivamente, a respeito da eleição, a partir de março ou abril do ano que vem. E se você me perguntar: 'Você gostaria de ser um presidente da República?'. Eu gostaria. Eu me acho preparado para isso e saberia como me desempenhar. Mas isso não é uma escolha pessoal: é uma escolha da população, das circunstâncias. E as circunstâncias estão dadas"
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Bahia 247
O senador Aécio Neves continua tendo como principal adversário seu correligionário José Serra na corrida pré-eleitoral pela presidência da República. Embora seja presidente do PSDB e ter aval de praticamente todo o partido, o senador mineiro ainda precisa se livrar do fantasma que lhe assombra dentro do seu grupo político.
Serra diz que mesmo após Aécio ter "antecipado" a candidatura, o PSDB só baterá o martelo em 2014. "Houve um entendimento de que O PSDB deve se definir, definitivamente, a respeito da eleição, a partir de março ou abril do ano que vem. E se você me perguntar: 'Você gostaria de ser um presidente da República?'. Eu gostaria. Eu me acho preparado para isso e saberia como me desempenhar. Mas isso não é uma escolha pessoal: é uma escolha da população, das circunstâncias. E as circunstâncias estão dadas. Teremos novas. De maneira que vamos aguardar e vamos continuar trabalhando, discutindo, e é o que eu tenho feito", disse o ex-governador em entrevista à rádio Tudo FM, em Salvador, nesta tarde.
E no dia em que o Ibope divulgou pesquisa apontando reeleição da presidente Dilma Rousseff no primeiro turno em todos os cenários em 2014, o ex-governador de São Paulo José Serra, que ainda não desencarnou do papel de candidato pelo PSDB, disse que a chefe da nação e o PT serão "os maiores prejudicados com a antecipação do debate eleitoral".
"A questão eleitoral começou cedo demais. Isso não foi bom para o governo. A Dilma passou dois anos perplexa com a herança que recebeu do próprio governo Lula, do qual ela participou. Muitas dificuldades, porque Lula governou até quando estava tudo bem, mas os problemas foram acumulados e eclodiram já no mandato dela. E passou mais dois anos agora fazendo campanha. Governar que é bom, mesmo, não aconteceu. Essa é a realidade e isso não foi bom nem para o país e nem para eles, porque colocou todo mundo em evidência e tudo passa a ser julgado em função da eleição"
Mas Serra avalia, por outro lado, que a oposição também não tem nada a ganhar com o debate que ele julga prematuro. "Umas das consequências para ele foi a surpresa do fenômeno" de juntar a futura Rede, da Marina [Silva], com o PSB, partido do governador Eduardo Campos".
O tucano desembarcou em Salvador nesta quinta-feira (24) para participar de um encontro, organizado pela Associação Baiana de Supermercados (Abase), com empresários do ramo e de outros segmentos, além de profissionais liberais.
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