Bahia, um dos estados difíceis na rota do PT
É árdua a tarefa do PT nos quatro estados que governa; dois problemas em comum na Bahia, no DF e no RS: popularidade baixa e adversários fortes; estratégia do PT baiano, agora, não será a mesma de 2012 com o deputado Nelson Pelegrino na disputa pela Prefeitura de Salvador; slogan era o de candidato do 'time' de Lula e de Dilma; não deu certo; ao marketing petista cabe a missão de renovar o discurso, que desta feita será o de 'continuidade com inovação' para alavancar o desconhecido Rui Costa diante do ex-governador Paulo Souto do DEM ou do peemedebista Geddel Vieira Lima; entre os dois, o escolhido será embalado pela alta popularidade de ACM Neto
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Romulo Faro, do Bahia 247 - É árdua a tarefa do PT para eleger sucessor nos quatro estados que governa. Matéria do jornal Folha de São Paulo nesta segunda-feira (27) ressalta dois problemas em comum para os governadores do PT na Bahia, no Distrito Federal e no Rio Grande do Sul: popularidade baixa ou mediana e adversários fortes.
Com exceção de Tião Viana, no Acre, que tem 70% de aprovação popular, os outros três petistas têm pela frente tarefa difícil. Além de Jaques Wagner, terão dor de cabeça os governadores Agnelo Queiroz (DF) e Tarso Genro (RS).
Ainda no quesito força da oposição, um fato que, contudo, pode ser visto como positivo para o PT baiano. Primeiro colocado em todos os cenários de todas as pesquisas de intenção de voto, o prefeito ACM Neto não aceita nem que seja mencionada hipótese de ele ser candidato a governador em outubro próximo.
Contudo, isso não impede que o jovem democrata exerça sua força na sucessão baiana. Às vésperas de anunciar o cabeça da possível chapa única, os partidos de oposição se dividem entre o peemedebista Geddel Vieira Lima e o ex-governador Paulo Souto. Ambos empatam na preferência dos baianos nas entrevistas que não têm o nome de ACM Neto incluso.
Estratégia do PT, agora, não será a mesma de 2012 com o deputado Nelson Pelegrino na disputa pela Prefeitura de Salvador. Núcleo de campanha teve como slogan o candidato do 'time' de Lula e de Dilma.
Mas não foi suficiente e Pelegrino saiu derrotado pela quarta vez. Desta, pelo solitário ACM Neto, que, além do 'quase extinto' DEM, tinha apenas o 'fraco' PSDB e o importante PMDB de Geddel.
Ao marketing petista, que mais uma vez será comandado por Sidônio palmeira, cabe a missão de renovar o discurso, que desta feita será o de 'continuidade com inovação' para alavancar o desconhecido Rui Costa, chefe da Casa Civil de Jaques Wagner. Membros do PT local afirmam que nem mesmo a militância tem familiaridade com o candidato escolhido em decisão que, embora abafada, é vista como unilateral do governador.
Além da 'fraqueza' de Rui Costa, a oposição vai cair em cima de uma das principais deficiências do governo Wagner, aquela que lhe acompanha desde o início do seu primeiro mandato: o crescimento desenfreado da violência em todo o estado.
Uma das armas da oposição na campanha de ACM Neto em 2012 ainda será usada novamente neste ano, a greve da Polícia Militar de 2011. Com 11 dias de paralisação, saldo foi de mais de 140 homicídios na conta de Jaques Wagner.
Outra carta na manga de Geddel, Paulo Souto e dos tucanos será a baixa adoção de medidas afetivas do governo Wagner contra a seca que castiga a Bahia e o Nordeste.
Já a principal arma do PT contra os opositores segue como incógnita. De certo, não será a de que votar neles será 'voltar ao atraso' e à 'política de chicote'. Assim os governistas falavam no palanque de Pelegrino em referência ao então deputado ACM Neto, que, se eleito, segundo os do time de Wagner, traria de volta o carlismo, cujo líder era seu avô. Não colou.
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