CPI da Petrobras: tucano mira dono da Itaipava
Vice-presidente da CPI da Petrobras na Câmara, Antônio Imbassahy, do PSDB, vai solicitar ao colegiado a convocação do presidente do Grupo Petrópolis, Walter Faria, dono da Cervejaria Itaipava; o tucano sustenta que na delação premiada que fez na Operação Lava Jato, o lobista Júlio Camargo informou que repassou para Faria cerca de US$ 3 milhões por meio de um banco na Suíça; segundo Imbassahy, "o dinheiro pode ter sido usado para abastecer campanhas do PT em todo o Brasil"
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Bahia 247 - Vice-presidente da CPI da Petrobras na Câmara, o deputado baiano Antônio Imbassahy, do PSDB, vai solicitar ao colegiado a convocação do presidente do Grupo Petrópolis, Walter Faria, dono da Cervejaria Itaipava.
O tucano sustenta que na delação premiada que fez na Operação Lava Jato, o lobista Júlio Camargo informou que repassou para Faria cerca de US$ 3 milhões por meio de um banco na Suíça. Segundo Imbassahy, o dinheiro pode ter sido usado para abastecer campanhas do PT em todo o Brasil.
Júlio Camargo foi quem acusou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e o ex-ministro José Dirceu (PT) de receber dinheiro desviado da Petrobras. Camargo informou que ter pago R$ 137 milhões em propina para o PMDB e para o PT.
"É uma denúncia grave feita por um delator [Júlio Camargo]. É bom esclarecer isso. Não tem porque esconder", disse Imbassahy em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia.
A Cervejaria Itaipava recebeu do governo federal, por meio do Banco do Nordeste, um empréstimo de R$ 375 milhões, dinheiro utilizado para construir uma fábrica Alagoinhas, no Recôncavo baiano.
Quando era líder do PSDB na Câmara, Imbassahy protocolou representação no Ministério Público Federal (MPF) e um pedido de auditoria especial ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que fossem investigados todos os empréstimos ao grupo paulista, que somaram R$ 830 milhões.
Inaugurada em novembro de 2011, a fábrica da Itaipava em Alagoinhas foi a primeira a produzir cerveja do Grupo Petrópolis na região Nordeste. A expectativa era gerar 3,6 mil postos de trabalho. Alagoinhas foi escolhida pela localização estratégica e qualidade da água.
Desta vez, o tucano pediu à Operação Lava Jato acesso aos dados sobre transações realizadas em contas do empresário em bancos da Suíça; de Mônaco e do Valle Frondoso, no Uruguai.
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