João Paulo pode ser hoje o 1º condenado da AP 470

Decisão, no entanto, não impede que o ex-presidente da Câmara dos Deputados, que contratou a agência de Marcos Valério, tome posse como prefeito de Osasco (SP), caso seja eleito; Joaquim Barbosa já votou por sua condenação e a posição dos demais ministros pode sair nesta segunda-feira

João Paulo pode ser hoje o 1º condenado da AP 470
João Paulo pode ser hoje o 1º condenado da AP 470 (Foto: Ze Carlos Barretta/Folhapress)


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247 – Pode sair, nesta segunda-feira, a primeira condenação da Ação Penal 470, que trata do mensalão. O réu é João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, que concorre, pelo PT, à prefeitura de Osasco (SP). Quando foi presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo contratou a agência DNA, do empresário Marcos Valério. Como sua esposa fez um saque de R$ 50 mil no Banco Rural, o ministro Joaquim Barbosa viu uma relação de causa e efeito entre os dois fatos e o acusa de peculato. Mesmo que seja condenado, João Paulo poderá tomar posse na prefeitura de Osasco, caso seja eleito. Isso porque a perda dos direitos políticos só ocorre após o trânsito em julgado das sentenças – e a defesa de João Paulo ainda poderá apresentar embargos após uma eventual condenação.

Leia, abaixo, o noticiário da Agência Brasil sobre o julgamento de João Paulo Cunha:

Mensalão: primeiras decisões podem sair nesta segunda-feira

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Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O julgamento do mensalão será retomado hoje à tarde (20), no Supremo Tribunal Federal (STF), com a expectativa das primeiras decisões de absolvição ou condenação dos réus. Conforme divulgado pelo presidente do STF, Carlos Ayres Britto, o julgamento será fatiado por situações criminosas, e o primeiro grupo deve ser colocado em votação logo no início da sessão.

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Os ministros devem decidir se o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha deve ser condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e duas vezes pelo crime de peculato. Também analisarão se Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, ex-sócios da SMP&B Comunicação, devem ser condenados pelos crimes de corrupção ativa e peculato.

O primeiro a votar, na última quinta-feira (16), foi o relator Joaquim Barbosa. Ele anunciou que votaria por capítulos, seguindo o modelo da denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal. Seu voto começou pelo primeiro item do terceiro capítulo, que trata das acusações de desvios de dinheiro na Câmara dos Deputados.

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Para Barbosa, ficou provado que João Paulo Cunha recebeu propina de Valério e dos sócios dele para favorecer a SMP&B em uma licitação na Câmara. Na visão do relator, a SMP&B subcontratou todos os serviços e ainda recebeu honorários por isso. Barbosa também entendeu que João Paulo Cunha usou a Câmara para contratar uma empresa de assessoria para uso próprio.

De acordo com o gabinete do relator, o julgamento deve ser retomado nesta segunda com a votação desse mesmo item pelos demais ministros, começando pelo revisor, Ricardo Lewandowski. Na semana passada, Lewandowski teve uma discussão com Barbosa, pois queria que cada ministro lesse o voto por inteiro, e não de forma fatiada. Seu ponto de vista acabou vencido após interferência de Ayres Britto.

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Apesar de o presidente ter informado, na última sexta-feira (17), que a questão estava decidida, ainda há dúvidas de como os ministros procederão de fato na hora de votar. A sessão da última quinta foi encerrada sem um ponto final na discussão, e a questão só foi resolvida, informalmente, em um bate-papo entre os ministros antes de deixar o plenário.  

Ainda que parte dos réus seja condenada neste início de julgamento, o relator adiantou aos colegas que a dosimetria das penas – definição da punição aplicada após ponderação entre mínimo e máximo - só será decidida no fim do julgamento.

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O próximo tema abordado por Barbosa deve ser o fechamento de contratos entre a DNA Propaganda e o Banco do Brasil. Os réus desse segmento são o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e novamente os sócios Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach.

 

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