"A Justiça é certa, a Justiça é errada. Sempre"

Frase é resposta poética de Gilberto Gil sobre questionamento da sua opinião acerca do julgamento da Ação Penal 470, o chamado mensalão; Gil e Caetano Veloso se encontraram em show histórico que entrou para a galeria dos grandes momentos dos seus 50 anos de carreira; evento aconteceu em Brasília para lembrar a passagem dos 20 anos do desaparecimento do deputado Ulysses Guimarães, vítima de acidente de helicóptero sobre o mar de Angra dos Reis

"A Justiça é certa, a Justiça é errada. Sempre"
"A Justiça é certa, a Justiça é errada. Sempre" (Foto: Divulgação)


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Talvez não fosse esta a ideia, mas o show em homenagem a Dr. Ulysses Guimarães, na passagem dos 20 anos do desparecimento do deputado em acidente de helicóptero em Angra dos Reis, entrou para a galeria dos grandes feitos dos incomparáveis Caetano Veloso e Gilberto Gil. Por uma hora e meia, os dois baianos que tanto contribuíram para o bom gosto da música brasileira interpretaram, muitas vezes em duo, clássicos que marcaram seus 50 anos de carreira.

E, como não poderiam deixar de fazer, Caetano e Gil comentaram, ainda que de forma sutil desta vez, o julgamento da Ação Penal 470, o chamado 'mensalão', que é considerado o maior escândalo da política brasileira e é assistido de pé pelos cidadãos.

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Além de dizerem que não sentem o clima de 'justiça sendo feita', Gil foi indagado pela imprensa e fez poesia, com sua arte inquestionável do improviso.

"Os tribunais estão em ação. Os tribunais estão certos e estão errados, igual a todo mundo. Os tribunais acertam, os tribunais erram, eu acerto, eu erro. A Justiça é certa, a Justiça é errada. Sempre. Você que quer saber? Eu não quero saber. Tudo é certo e errado. Você quer saber se a Justiça está somente certa? Problema seu. Não é possível ser apenas certo ou errado. Não é humano. Você quer a Justiça dos super-homens?", disse o baiano.

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E o show, no teatro que leva o nome do homenageado, na Unip, na 913 Sul, foi aberto com Desde que o samba é samba (do álbum Tropicália Dois). Depois, Caetano foi de Sampa. Interpretou ainda grandes canções como Menino do rio, Leãozinho. Gil cantou, dentre outras, Refazenda, Super-homem, a canção, Domingo no parque.

Juntos, Gil e Caetano fizeram Saudade da Bahia (Dorival Caymmi), Cajuína (C. Veloso). E encerraram com o hino tropicalista Soy loco por ti America (José Carlos Capinan e G. Gil). Nos bis, aplaudidíssimos, interpretaram Esotérico, do espetáculo Os doces bárbaros, que, em turnê, foi apresentado em Brasília em 1976.

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Pouco mais de 500 privilegiados assistiram ao espetáculo a convite do reitor João Carlos Di Gênio, da Unip. O show acústico - voz e violão - foi batizado de Navegar é preciso, verso da canção Argonauta. Caetano Veloso compôs a música com base em poema do Fernando Pessoa. A expressão foi tomada como mote de Dr. Ulysses na ante candidatura dele à Presidência da República. A mestre de cerimônias foi a atriz Mariana Ximenes.

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